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A VOCÊ , MEU ANJO, O ETERNO AMOR DE SUA
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QUE OS AMIGOS BENFEITORES POSSAM
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RECONHECER A PÁTRIA DE ONDE PARTISTES,
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MUITA PAZ, MUITA LUZ, MUITO AMOR, MUITA ALEGRIA,
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MUITA GRATIDÃO À DEUS, NOSSO PAI !!!!
MUITA PAZ !!!
TU, MEU FILHO
POEMA - ACRÓSTICO QUE ESCREVI
AO MEU FILHO QUANDO
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18/04/2012

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domingo, 24 de agosto de 2014

QUANDO MÃE E FILHA NÃO SE ENTENDEM



Quando filha e mãe não se entendem

Por Redação Viva! 

“Meu irmão tem duas filhas: Aline, 9 anos, e Amanda, 11. Ambas com gênio muito forte, sobretudo a caçula. Fico indignada pelo modo como ela trata a mãe quando não é feito o que ela quer. Diz barbaridades, como “eu te odeio”, “não queria ter nascido da sua barriga”, “não sou sua filha”. Parece que, quanto mais explicamos o quanto isso é ruim, mais ela faz! A ponto de acharmos que se trata de uma intervenção de espíritos. Pensamos em procurar um centro espírita, mas não conhecemos nenhum confiável. Gostaria de ajudar minha cunhada e meu irmão, mas não sei como!”
Fátima Gimenez, por carta
Ilusão acreditar que você pode mudar as pessoas… Elas só mudam quando querem. Por isso, o que pode fazer é mandar para Aline energias de luz e confiar que a sabedoria da vida tem meios para ensinar o que cada um precisa aprender. Não há como saber ao certo o que está atrás das atitudes da menina nem as variáveis que podem estar interferindo, provocando nela essas reações negativas.
Sim, elas são mesmo capazes de atrair a presença de espíritos perturbadores. Mas são as atitudes inadequadas da criança que permitem esse envolvimento. Em matéria de educação, cabe aos pais observar, desde cedo, os pontos fracos dos filhos e agir adequadamente para auxiliá-los a vencê-los. O sim e o não precisam ser utilizados com firmeza, sempre que necessário. Já muito novinhas as crianças têm facilidade de manipular os pais – mas atenção: quando eles deixam!
A superproteção corta a ousadia, leva ao comodismo, distorce a realidade, traz insegurança. No íntimo, o espírito da garota, que veio a mundo para progredir, sente raiva dos pais por eles não estarem fazendo o que deveriam. Só que não há consciência disso, é uma manifestação do inconsciente. Muito importante analisar bem esse lado, uma vez que ambas as irmãs agem do mesmo jeito.
As atitudes de Aline podem, ainda, vir de vidas passadas. Talvez ela tenha sido mimada, daí irritar-se quando não lhe fazem a vontade. Ou seja: se os pais a estão educando de maneira adequada, ela nasceu com eles para aprender a vencer essa dificuldade.
A raiva que nutre pela mãe talvez também esteja ligada a assuntos mal resolvidos de outra vida. Se foi isso o que aconteceu, deve ter havido, antes de a pequena nascer, uma preliminar de entendimento entre ela e a mãe.
No astral, é mais fácil enxergar como as coisas são e perdoar. Encarnado na Terra, o espírito esquece o passado e revela o que de fato vai no coração. É a hora da verdade! Nesse caso, os genitores precisam ter a humildade de deixar de lado o papel de pai e mãe, que os faz responder com agressividade. Devem não se importar com o que as filhas dizem; enfrentar a situação, olhando nos olhos delas, falando firme com voz baixa, sem perder a calma! Ao perceber que não estão conseguindo irritá-los, as filhas perderão o prazer de brigar. Sentirão que os pais são pessoas fortes e passarão a respeitá-los.
Paralelamente, vale externar as qualidades das meninas. Valorizá-las ajudará a estabelecer uma ligação de admiração e cumplicidade que, com o tempo, virará confiança e afeto. Pois são nossas atitudes que atraem os fatos em nossa vida. Somos responsáveis por tudo o que nos acontece.
Para ser respeitado, há que respeitar. Para ter paz, é necessário deixar a guerra. Para ser amado, é preciso amar sem apego e com inteligência. Em qualquer situação é preciso SER para TER.

O VEREDITO

O VEREDITO
Fui almoçar noutro dia com uns quanto colegas de trabalho, e, não me lembro bem porquê, a conversa derivou para a religião de cada um. Entre agnósticos e "católicos não-praticantes", a mesa estava composta de forma que possivelmente reproduz o panorama nacional. E estava eu...
Um deles perguntou "qual era a minha religião".Respondi que não tenho religião, que sou cristão, e mais precisamente que sou espírita.
"Não praticas, portanto" - foi o entendimento do meu amigo. É uma pessoa encantadora, de carácter nobre, muito inteligente e muito qualificada em termos académicos e profissionais. Mas verifiquei que não valia a pena esforçar-me, pois o "veredicto" estava pronunciado: eu sou uma pessoa que fala com os Espíritos (porque sou espírita) e sou católico não-praticante (porque sou cristão mas não tenho religião).
Este homem é advogado. Podia ser juiz. A sua opinião podia ser mesmo um veredicto. Mas não lhe cabe na cabeça a concepção de que sou cristão sem praticar uma religião. Muito menos a de que um espírita é um adepto de uma filosofia e não alguém que se entretém a conversar com os Espíritos.
Porquê esta superficialidade, esta falta de paciência de gente inteligente para assimilar conceitos que crianças em tenra idade entendem perfeitamente?
Em termos filosóficos, dois sistemas se defrontam - o materialismo e o espiritualismo. E para muito boa gente, as coisas põem-se assim:
O materialismo é associado à inteligência, ao esclarecimento, à cultura. Apresenta-se a Ciência como sua aliada imbatível.
O espiritualismo é associado à superstição, ao obscurantismo, à ignorância. É visto como um resquício de primitivismo, uma espécie de defeito genético que ainda persiste em alguns exemplares da espécie humana. Apresentam-se as religiões como únicas partidárias do espiritualismo.
É compreensível que assim seja. Dizia Jesus de Nazaré aos seus discípulos, que ninguém podia chegar ao Pai senão através dele. Ou seja: que Deus está ainda muito fora do alcance do nosso entendimento, e que por isso nos é mais fácil procurá-lo no testemunho dos seus enviados. Jesus foi enviado por Deus. Jesus é um ser que partilha da nossa natureza, não é um "favorito" de Deus, pois Deus, sendo infinitamente perfeito, não preterir uns filhos em detrimento de outros. Mas Jesus ainda é visto não como um enviado de Deus, mas como o Deus mesmo. E as religiões que se ergueram inspiradas por Jesus, são vistas ainda como as "legítimas" representantes de Deus, em regime de rigorosa exclusividade. Logo, para o vulgo, os erros das religiões, são erros de Deus. E por isso, quando se fala de Deus aos agnósticos ou aos ateus, é raro que não apareçam como objecções à ideia de Deus, os erros grosseiros cometidos, ontem e hoje, pelas religiões.
Quando o assunto é Deus, o interlocutor é a religião de maior expressão. No mundo Ocidental, Deus será o Cristianismo, nas expressões do Catolicismo ou do Protestantismo. No mundo Árabe será o Islamismo, Sunita, Xiita, ou Kharijita. No Oriente será o Budismo, tibetano, japonês ou do sudeste asiático. Em Israel será o Judaísmo. Na Índia o Hinduísmo, nas suas diferentes expressões. Etc....
O "espírito forte", consoante a cultura em que esteja inserido, enquadra os espiritualistas na religião que lhe parece ser a "representante de Deus na Terra", e arruma tudo o que geográfica ou culturalmente lhe fica mais longe, na categoria do exotismo.
O homem de espírito (o que julga tudo saber), desdenha de analisar os ensinamentos de um modesto Nazareno. Já o pobre em espírito (o humilde), esse com mais facilidade admite que tem alguma coisa a aprender. Por isso Jesus elegeu os simples para companheiros e colaboradores.
Jesus de Nazaré "que não sabia nada de finanças, nem consta que tivesse biblioteca", segundo a doce ironia do poeta, não é um interlocutor válido para o "espírito forte", que não lhe descortina qualquer valor. Tão pouco o são Moisés, Zoroastro, Buda, Confúcio, Mohamed, e tantos outros que pelo mundo trouxeram a mensagem do Bem, da imortalidade, e de Deus, ainda que sob matizes diferentes, adaptados a cada circunstância.
O mundo vive ainda em pleno materialismo. As religiões, com os seus erros e abusos, ferem ainda muitas sensibilidades impreparadas para separar o trigo do joio. Jesus de Nazaré permanece um ilustre desconhecido, que ainda põe muitos na defensiva, aferrados a preconceitos que lhes impede abeirarem-se da doutrina simples mas profunda que mudou a face do mundo, e que ainda pode mudar muito mais. Porque não é criação de um homem, nem de um Deus parcial e cheio dos defeitos que os homens lhe têm atribuído... e que são afinal os defeitos humanos!
A mensagem de Jesus é da lei divina, universal e eterna. Vem de Deus. Pescadores simples da Galileia, então Império Romano, tornaram-se companheiros da mais extraordinária criatura que pisou o nosso planeta. Não tinham veredictos fáceis na ponta da língua. Não eram "espíritos fortes".
fonte - Blog de Espiritismo

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

SER CHIQUE É UMA QUESTÃO DE ATITUDE...Gilka Aria





SER CHIQUE É UMA QUESTÃO DE ATITUDE...
Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas como atualmente. A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão a venda. Elegância é uma delas. Assim, para ser chique é preciso muito mais que uns guarda-roupas recheados de grifes importadas. Muito mais que um belo carro Alemão. O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem, mas a forma como ela se comporta. Chique mesmo é quem fala baixo. Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes. Mas que, sem querer, atrai todos os olhares, porque tem brilho próprio.
Chique mesmo é quem é discreto, não faz perguntas inoportunas, nem procura saber o que não é da sua conta. Chique mesmo é parar na faixa de pedestre e abominar a mania de jogar lixo na rua. Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e as pessoas que estão no elevador. É lembrar do aniversário dos amigos. Chique mesmo é não se exceder nunca. Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir. Chique mesmo é olhar no olho do seu interlocutor. É "desligar o radar" quando estiverem sentados a mesa do restaurante, e prestar verdadeira atenção à sua companhia. Chique mesmo é honrar a sua palavra. É ser grato a quem lhe ajuda, correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios.
Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer, mas ficar feliz ao ser prestigiado. Mas para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo, de se lembrar sempre do quanto que a vida é breve e de que vamos todos para o mesmo lugar. Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes com quem se cruzar e não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não lhe faça bem. Porque, no final das contas, chique mesmo é ser feliz!
Texto do livro "A quem interessar possa", de Gilka Aria.
Enviado pela velha amiga Cristina

TENTE OUTRA VEZ - Autor: Célio Furtado Jornalista e Artista Plástico




TENTE OUTRA VEZ


Até que ponto se busca algo? Qual o limite? Até enquanto a vontade existir e encorajar?
Até alcançar o que se busca? Ou pelo momento que a esperança perder sua força, num alerta sobre nossa impotência em face do objetivo? Ou ainda até o ponto em que a massa física, impulsionada pelos estímulos mentais, suportarem o peso de todos os impasses?
O tempo cuida de encontrar as respostas para as dúvidas que afligem a existência. Ocorre que algumas respostas suscitam novas perguntas e dúvidas. Contudo, temos retirado das conclusões anteriores algumas lições importantes e proveitosas, que acabam enriquecendo o conhecimento do mundo e da sua complexa engrenagem. É a experiência.
Parece que a experiência nos deixa mais ricos em opções. Se a ignorância é a causa do sofrimento, o conhecimento é o seu atenuador. Conhecendo o caminho, sabemos como chegar. Entendendo-o, chegamos com menos sofrimento. Um preceito básico.
Inexperiência deixa o espírito tão vulnerável quanto a maturidade apurada. Na primeira não temos as respostas exatas, mas como a juventude desconhece o perigo a impetuosidade afasta o medo, e leva o corpo a agir. Por outro lado a maturidade proporciona sabedoria e domínio, mas cria medos.
Medos como o da solidão, da velhice e da morte aterrorizam, na grande maioria, aqueles que alcançaram a maturidade mental. Sociável por natureza, o homem se apavora frente à possibilidade de conviver com a solidão. Esta, com mais freqüência, ocorre na fase da velhice.
A morte não se torna uma preocupação da juventude porque o ser humano espera contar com a velhice. Mas não custa lembrar: esta, por mais chata que seja sempre é melhor que aquela. Razão: estatísticas mostram que a maioria dos suicidas se arrepende do ato precipitado.
Voltando ao início do questionamento, pergunto-me: ´´ Até onde somos capazes de insistir em determinado rumo ou projeto? ´´ Até onde provarmos que ele valerá o esforço. Esta é uma resposta convincente, talvez. E se provarmos somente depois de anos ou décadas de envolvimento que não valeu a pena? Tudo vale enquanto não se prove o contrário.
O correto certamente é campear a antecipação do conhecimento, reduzindo a ignorância ao mínimo. Não importa se vai aprender com o erro, o que importa é aprender. E se possível, com o mínimo de erros, claro!
Numa canção Tim Maia diz que precisa contar suas agruras ao mundo inteiro, que não pode ouvi-lo. E ele acaba por aceitar que na vida uns nascem para sofrer enquanto outros riem. Prefiro seguir o caminho de Raul quando ensina algo mais animador ao cantar que a canção e a vitória não estão perdidas. E que é de batalhas que se vive. A lição é simples: Se errar, tente outra.
Autor: Célio Furtado
Jornalista e Artista Plástico

VIAGEM SENTIMENTAL A SANTOS - Autor: Rubens Ewald Filho




VIAGEM SENTIMENTAL A SANTOS
Sempre achei que nascer de frente para o mar faz uma diferença. A gente é mais aberto, mais livre, acostumado desde criança a furar onda, respeitar o oceano, conviver com o sol aberto. A gente tem cheiro de maresia, de iodo, de areia molhada.
Santista, pisciano, eu fui jogado numa piscina mal aprendi a ser gente. Meu pai era presidente do Clube Saldanha da Gama que ficava na Ponta da Praia, diante do Canal da Barra e em sua gestão construiu a piscina que ainda hoje leva o nome dele. Todas as minhas lembranças se referem a mar, água, o sacrifício de acordar cedo todas manhãs para treinar, faça sol ou chuva (não havia aquecimento de piscina na época). Mais tarde, nadar no oceano, pular do trampolim velho (hoje demolido), atravessar o canal a nado (por vezes fugindo dos navios que passavam), indo explorar do outro lado (lá ficava o lado pouco conhecido de Guarujá), ou pegar a baleeira para ir até as praias da Pouca Farinha, do Góes, ou o fechadíssimo Clube de Pesca.
E também participar de travessias muitas vezes nadando com os botos ou se desviando das águas vivas. E não do lixo e entulhos como atualmente. Santos ainda hoje é uma cidade muito especial, muito boa para se viver. Na minha época de garoto ainda era melhor. Rica por causa do café e do porto, cosmopolita (muitos estrangeiros), repleta de clubes sociais ou esportivos tinha também uma inesperada vida cultural (não é a toa que de lá estava Patricia Galvão e de lá saíram Cacilda Becker, Plínio Marcos, e mais tarde Bete Mendes, Ney Latorraca, Jandira Martini, Nuno Leal Maia e etc).
Era possível se andar de bicicleta por toda a cidade, plana, sem colinas era perfeita para se andar, caminhar, mesmo que fosse pela areia (santista tem orgulho de poder caminhar a beira mar, nem se ofende quando invejosos dizem que ela é cimentada!). Minha família morava ao lado do trilho do trem da Sorocabana e de fronte ao ponto do Bonde Dez. Quase todos eles eram abertos, com estribos (o fechado estilo Camarão seria mais tarde importado de São Paulo), arejados e confortáveis. Tínhamos fazenda de bananas no litoral sul (parte em Mongaguá, parte em Itanhaém), um lugar repleto de córregos e cachoeiras, onde para consumo próprio tínhamos algum gado, criação de porcos, galinhas. De tempos em tempos, chegavam latas de gordura animal, de água fresca de nascente e naturalmente bananas.
Acho que devo a saúde à natação e às bananas. De tudo que é tipo e jeito, mas principalmente nanica ou branca (a banana maçã vinha sempre empedrada), amassada com aveia, transformada em bananada ou torta ou cozida ou assada. Cresci à custa de tanto potássio. Como boa família brasileira éramos descendentes de portugueses, italianos, alemães, russos (e por mãe espanhol e belga). A mesa sempre foi farta. No Natal, o avô exigia Pernil de Porco, mas o forte era o polvo (a provençal/vinagrete e/ou como risoto) e o macarrão da família (um raviolone recheado de ricota ralada , passas sem caroço, salsa picada, ovo inteiro para dar liga e um pouco de sal ) com massa feita em casa o que arregimenta até hoje um esforço coletivo.
Para uma criança, Santos era uma cidade de mil delícias. Lembro ainda do sorvete de São Vicente, a bananinha seca da Leoneza, a queijadinha e o biscoito de polvinho da fábrica Praiano, o frappé de Coco do Yara, a torta Napoleão e o chantilly da primeira confeitaria de frente para a Praia, a Joinville. E também da primeira lanchonete de cachorro quente que se instalou na Praça Independência (chamava-se apenas Hot Dog's) e marcou época. Do mate que tomávamos com o Paraná na praia do Canal 3 (tudo por lá e referenciado pelos números do Canais). E para refrescar as raspadinhas (gelo picado com dose de groselha ou outro tipo de licor). Meu pai era um bom garfo e desde cedo íamos ao Jangadeiro na Ponta da Praia (que era o máximo em peixes e fruto do mar, até mesmo a sopa de tartaruga hoje nada ecológica), na primeira cantina da cidade (que foi a Liliana), na famosa Caldeirada de Peixes no Marreiro, no filé Chateaubriand do Atlântico (do Hotel do mesmo nome), o filé até hoje famoso do Chopp Gonzaga onde você come no balcão.
Só mais tarde é que fui descobrir o centro da cidade e seus restaurantes e bares tradicionais: O Chope do Nicanor e seu pãozinho com aliche. O Café Carioca, ao lado da Prefeitura e seus famosos pasteis, o Café Paulista, na Rua XV, centro de negócios e que inventou um creme batido de abacate com vinho do porto. O tradicional Almeida que fica até hoje no fim da Ana Costa, perto do terminal dos bondes, o único que fica aberto a noite toda e é conhecida por seu caldo verde. E saudades do requintado Chave de Ouro, em plena Boca, com madeira de Mogno e seus reservados a "la francesa".
Mas o maior impacto foi mesmo causado por uma revolução gastronômica na cidade, quando chegou o Don Fabrizio da Família Tattini que ficava no Edifício Lutécia, ao lado da escola que frequentava: o Ateneu Progresso Brasileiro. Foi ali que eduquei meu gosto, desenvolvi meu paladar e criei as bases para toda minha experiência culinária. Foi revolucionário na introdução dos "réchauds" (os garçons é que concluíam o prato na sua frente) e me cativou para sempre com a sobremesa favorita até pelo nome, que me fazia quebrar a cabeça, o chamado sorvete Quente! Como era possível isso?? Acho que qualquer um, é plasmado pela infância e juventude. Passamos a vida muitas vezes correndo atrás daquilo que nunca tivemos ou perdemos ou gostaríamos de ter.
Quando sinto o cheiro de maresia, o perfume da compota de goiaba de minha mãe, o show da comida em chamas do Don Fabrizio, as lembranças todas voltam e me aquecem. E parto em busca não do tempo perdido, mas do tempo vivido. Quando nem sabia que eu era feliz.
Autor: Rubens Ewald Filho

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