“Os Espíritos influenciam aos encarnados a tal ponto que, de ordinário, são aqueles que dirigem estes.”
Assim não fica difícil compreender onde está o fulcro gerador de toda essa onda de permissividade : tal gênese encontra-se nas regiões trevosas do Mundo Espiritual, obedecendo a esmerada planificação.
A ação cuidadosamente planejada pelos agentes das trevas baseia-se em quatro pontos capitais, aos quais o seu mentor intelectual chamou ironicamente:
AS QUATRO LEGÍTIMAS VERDADES (1)
“Em reunião privada com os chefes dos grupos, o Soberano das Trevas explicitou o programa que elabora para ser aplicado em todas as suas diretrizes e com pormenorizado zelo, dividindo-se em quatro pontos fundamentais:
Primeira Verdade: – O homem é um animal sexual que se compraz no prazer. Deve ser estimulado, ao máximo, até à exaustão, aproveitando-se-lhe as tendências, e, quando ocorrer o cansaço, levá-lo aos abusos, às aberrações. Direcionar esse projeto aos que lutam pelo equilíbrio das forças genésicas, é o empenho dos perturbadores, propondo encontros, reeencontros e facilidades com pessoas dependentes dos seus comandos, que se acercarão das futuras vítimas, enleando-as nos seus jogos e envolvimentos enganosos. Atraindo o animal que existe na criatura, a sua dominação será questão de pouco tempo. Se advier o despertamento tardio, as conseqüências do compromisso já serão inevitáveis, gerando decepções e problemas, sobretudo causando profundas lesões na Alma. O plasma do sexo impregna os seus usuários de tal forma que ocasiona rude vinculação, somente interrompida com dolorosos lances passionais de complexa e difícil correção.
Segunda Verdade: – O narcisismo é filho predileto do egoísmo e pai do orgulho, da vaidade, inerentes ao ser humano. Fomentar o campeonato da presunção nas modernas escolas do Espiritualismo, ensejando a fascinação, é item de alta relevância para a queda desastrosa de quem deseja a preservação do ideal de crescimento e de libertação. O orgulho entorpece os sentimentos e intoxica o indivíduo, cegando-o e enlouquecendo-o. Exige coorte, e suas correntes de ambição impõem tributários de sustentação. Pavoneando-se, exibindo-se, o indivíduo desestrutura-se e morre nos objetivos maiores, para cuidar apenas do exterior, do faustoso – a mentira de que se insufla.
Terceira Verdade: – O poder tem prevalência em a natureza humana. Remanescente dos instintos agressivos, dominadores e arbitrários, ele se expressa de várias formas, sem disfarce ou escamoteado, explorando aqueles que se lhe submetem e desprezando-os ao mesmo tempo, pela subserviência de que se fazem objeto, e aos competidores e indomáveis detestando, por projetar-lhe sombra. O poder é alçapão que não poupa quem quer que lhe caia na trampa. Ademais, a morte advém, e a fragilidade diante de outras forças aniquila o iludido.
Quarta Verdade: – O dinheiro, que compra vidas e escraviza Almas, será outro excelente recurso decisivo. A ambição da riqueza, mesmo que mascarada, supera a falsa humildade, e o conforto amolenta o caráter, desestimulando os sacrifícios. Sabe-se que o Cristianismo começou a morrer, quando o martirológio foi substituído pelo destaque social, e o dinheiro comprou coisas, pessoas e até o reino dos céus, aliciando mercenários para manter a hegemonia da fé.
“Quem poderá resistir a essas quatro legítimas verdades?” – interrogou – “Certamente, aquele que vencer uma ou mais de uma, tombará noutra ou em várias ao mesmo tempo.”
“Gargalhadas estrepitosas sacudiram as furnas. E, a partir de então, os técnicos em obsessão, além dos métodos habituais, tornaram-se especialistas no novo e complexo programa, que em todos os tempos sempre constituiu veículo de desgraça, agora mais bem aplicado, redundando em penosas derrotas. Não será necessário que detalhemos casos a fim de analisarmos resultados.”
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Orientação do Benfeitor Espiritual
PROFILAXIA
“Precatem-se, os servidores do Bem, das ciladas ultrizes do mal que tem raízes no coração, e sejam advertidos. Suportem o cerco das tentações com estoicismo e paciência, certos de que o Pai não lhes negará socorro nem proteção, propiciando-lhes o que seja mais importante e oportuno.
Ademais, não receiem as calúnias dos injuriadores que os não consigam derrubar. Quando influenciados pelos assessores dos Gênios do mal, mantenham-se intimoratos nos ideais abraçados. A vitória tem a grandeza da dimensão da luta travada.”
Jesus, que já previa todos esses acontecimentos, com toda razão, há dois milênios nos ensinou a suplicar ao Pai Celestial:
“Não nos deixeis cair em tentação, mas livra-nos do mal.”
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1 – Manoel P. de Miranda, Franco, D. P. in “Trilhas da Libertação”