'E a Vida Continua..- Excelente Texto de Osvaldo Magro Filho*
'E a Vida Continua...'
Osvaldo Magro Filho*
A "Folha de S.Paulo" lançou uma campanha publicitária muito
interessante que diz mais ou menos assim: "Durante a guerra mundial, ele fez as
pessoas sorrirem. Durante a ação nazista, ele fez o povo sorrir. Coleção de
filmes Charles Chaplin. Ele vai te fazer sorrir".
Achei muito persuasiva a técnica publicitária utilizada, porque ela me fez refletir sobre o quanto precisamos do cinema para encontrar uma válvula de escape no nosso dia a dia nem sempre fácil. Eu sou daqueles que entram na história de cabeça. Se o roteiro é bom, eu choro, sorrio, fico nervoso, com medo e, assim, muita pipoca e refrigerante são consumidos...
O Brasil ocupa o 10° lugar no mercado para cinema, vídeo e televisão. A Ancine pretende que seja o 5° até 2020. Nesse contexto, um gênero de filme muito bem aceito pelo público brasileiro é o de temática espiritualista e, mais recentemente, os filmes espíritas.
Quando a biografia de Bezerra de Menezes foi lançada em filme, em 2008, o diretor não tinha ideia de que os cinéfilos prestigiariam tanto. A produção foi apresentada em 44 salas e houve 500 mil pagantes, o que estimulou muitos empresários do ramo para essa possibilidade de mercado.
Em 2010, o megadiretor global Daniel Filho lançou o filme "Chico Xavier" e conseguiu recorde de público, com 3,5 milhões de espectadores. Por sinal, a película não focou o médium e os fenômenos espirituais, mas o homem Chico: mineiro, simples, batalhador; o idealista que superou muitas adversidades na vida.
Quando o título "Nosso Lar" veio a público, 445 salas exibiram um trabalho inovador em vários aspectos para o cinema brasileiro: efeitos especiais nunca vistos em uma produção nacional; parcerias inéditas, como a feita com o ilustre compositor Philip Glass, responsável pela trilha sonora, e ainda Ueli Steiger (de "O Dia Depois de Amanhã"), na direção de fotografia. O investimento de 20 milhões de reais, que parecia arriscado, foi rapidamente recuperado pelos 4 milhões de espectadores.
Porém, faltava uma obra que falasse de ternura, cotidiano e amor: o filme "As Mães de Chico Xavier". Uma história que toca profundamente. Nela, evidencia-se a narração do episódio da mãe que perdera o filho único por causa de um tumor cerebral.
Na trama, a babá desse garoto descuidou-se por um momento, e ele sofrera uma queda da bicicleta. Algum tempo depois, o menino relatou dores de cabeça, e a família culpou a ajudante por isso. Um tumor cerebral surgiu em seguida, e a criança faleceu.
No auge da depressão que ocorrera ao casal, a mãe encontrou Chico Xavier, que lhe falou: “Você agradeceu a sua babá?”. Assustada com a pergunta, ela refletiu: “Como agradecer à mulher que causara mal ao meu filho?”. E Chico prosseguiu: “Seu filho tinha um plano de vida curto aqui na Terra. Já pensou se ele falecesse em suas mãos ou no seu colo? Você jamais se perdoaria”.
Recentemente, em 2011, conheci essa mãe protagonizada no filme. Ela é encantadora e dinâmica. Superou completamente as dores narradas no episódio. É claro que houve uma ajudazinha da mediunidade de Chico Xavier.
Agora é a vez do filme "E a Vida Continua…", lançado em 14 de setembro. Essa produção alcançou a segunda melhor média de público por cópia entre as estreias naquele final de semana, perdendo somente para o blockbuster "Resident Evil: Retribuição". Nos três dias do lançamento, 79.600 pessoas foram aos cinemas.
O diretor Oceano Vieira de Melo declarou em um blog que o público para filmes sobre a Doutrina Espírita só aumenta, no Brasil. Ele atribui esse fato "à pluralidade de credos do brasileiro, que recebe os mais diversos filmes sem preconceito".
Tenho convicção de que Oceano também gosta de Chaplin, o ator que tornou suportável, pelo menos por um período, a vida das pessoas numa época tão conturbada da nossa civilização. E agora, numa era de realidade virtual, os novos diretores nos estão "colocando" em outra dimensão: a do espírito imortal!
Eu já assisti e recomendo, emocionado, o filme "E a Vida Continua...", em exibição em Araçatuba até amanhã. Mais um lançamento a me instigar a ser uma pessoa melhor. E faço o convite num dia muito especial: data de nascimento de Allan Kardec - codificador do Espiritismo - há 208 anos (03/10/1804), em Lyon, na França.
Achei muito persuasiva a técnica publicitária utilizada, porque ela me fez refletir sobre o quanto precisamos do cinema para encontrar uma válvula de escape no nosso dia a dia nem sempre fácil. Eu sou daqueles que entram na história de cabeça. Se o roteiro é bom, eu choro, sorrio, fico nervoso, com medo e, assim, muita pipoca e refrigerante são consumidos...
O Brasil ocupa o 10° lugar no mercado para cinema, vídeo e televisão. A Ancine pretende que seja o 5° até 2020. Nesse contexto, um gênero de filme muito bem aceito pelo público brasileiro é o de temática espiritualista e, mais recentemente, os filmes espíritas.
Quando a biografia de Bezerra de Menezes foi lançada em filme, em 2008, o diretor não tinha ideia de que os cinéfilos prestigiariam tanto. A produção foi apresentada em 44 salas e houve 500 mil pagantes, o que estimulou muitos empresários do ramo para essa possibilidade de mercado.
Em 2010, o megadiretor global Daniel Filho lançou o filme "Chico Xavier" e conseguiu recorde de público, com 3,5 milhões de espectadores. Por sinal, a película não focou o médium e os fenômenos espirituais, mas o homem Chico: mineiro, simples, batalhador; o idealista que superou muitas adversidades na vida.
Quando o título "Nosso Lar" veio a público, 445 salas exibiram um trabalho inovador em vários aspectos para o cinema brasileiro: efeitos especiais nunca vistos em uma produção nacional; parcerias inéditas, como a feita com o ilustre compositor Philip Glass, responsável pela trilha sonora, e ainda Ueli Steiger (de "O Dia Depois de Amanhã"), na direção de fotografia. O investimento de 20 milhões de reais, que parecia arriscado, foi rapidamente recuperado pelos 4 milhões de espectadores.
Porém, faltava uma obra que falasse de ternura, cotidiano e amor: o filme "As Mães de Chico Xavier". Uma história que toca profundamente. Nela, evidencia-se a narração do episódio da mãe que perdera o filho único por causa de um tumor cerebral.
Na trama, a babá desse garoto descuidou-se por um momento, e ele sofrera uma queda da bicicleta. Algum tempo depois, o menino relatou dores de cabeça, e a família culpou a ajudante por isso. Um tumor cerebral surgiu em seguida, e a criança faleceu.
No auge da depressão que ocorrera ao casal, a mãe encontrou Chico Xavier, que lhe falou: “Você agradeceu a sua babá?”. Assustada com a pergunta, ela refletiu: “Como agradecer à mulher que causara mal ao meu filho?”. E Chico prosseguiu: “Seu filho tinha um plano de vida curto aqui na Terra. Já pensou se ele falecesse em suas mãos ou no seu colo? Você jamais se perdoaria”.
Recentemente, em 2011, conheci essa mãe protagonizada no filme. Ela é encantadora e dinâmica. Superou completamente as dores narradas no episódio. É claro que houve uma ajudazinha da mediunidade de Chico Xavier.
Agora é a vez do filme "E a Vida Continua…", lançado em 14 de setembro. Essa produção alcançou a segunda melhor média de público por cópia entre as estreias naquele final de semana, perdendo somente para o blockbuster "Resident Evil: Retribuição". Nos três dias do lançamento, 79.600 pessoas foram aos cinemas.
O diretor Oceano Vieira de Melo declarou em um blog que o público para filmes sobre a Doutrina Espírita só aumenta, no Brasil. Ele atribui esse fato "à pluralidade de credos do brasileiro, que recebe os mais diversos filmes sem preconceito".
Tenho convicção de que Oceano também gosta de Chaplin, o ator que tornou suportável, pelo menos por um período, a vida das pessoas numa época tão conturbada da nossa civilização. E agora, numa era de realidade virtual, os novos diretores nos estão "colocando" em outra dimensão: a do espírito imortal!
Eu já assisti e recomendo, emocionado, o filme "E a Vida Continua...", em exibição em Araçatuba até amanhã. Mais um lançamento a me instigar a ser uma pessoa melhor. E faço o convite num dia muito especial: data de nascimento de Allan Kardec - codificador do Espiritismo - há 208 anos (03/10/1804), em Lyon, na França.
Artigo publicado no Jornal "Folha da Região" de Quarta-Feira
- 03/10/2012
Araçatuba/SP
*Osvaldo Magro Filho é coordenador da ONG Dentista do Bem e voluntário na
Instituição Nosso Lar, em Araçatuba/SP. Descreve
esta Face Espírita para publicação exclusiva na Folha da
Região
OSVALDO MAGRO