PARASITOSE
MENTAL
Na reunião da noite de 28 de outubro de 1954, fomos novamente felicitados com a palavra do nosso Instrutor Espiritual Doutor Francisco de Menezes Dias da Cruz, que nos enriqueceu os estudos, palestrando em torno do tema que ele próprio definiu por “parasitose mental”.
Na reunião da noite de 28 de outubro de 1954, fomos novamente felicitados com a palavra do nosso Instrutor Espiritual Doutor Francisco de Menezes Dias da Cruz, que nos enriqueceu os estudos, palestrando em torno do tema que ele próprio definiu por “parasitose mental”.
Observações
claras e precisas, estabelecendo um paralelo entre o parasitismo no campo físico
e o vampirismo no campo espiritual, o Doutor Dias da Cruz, na condição de médico
que é, no-las fornece, aconselhando-nos os elementos curativos do Divino Médico,
através do Evangelho, a fim de que estejamos em guarda contra a exploração da
sombra.
Avançando em nossos ligeiros apontamentos acerca da obsessão, cremos seja de nosso interesse apreciar o vampirismo, ainda mesmo superficialmente, para figurá-lo como sendo inquietante fenômeno de parasitose mental.
Avançando em nossos ligeiros apontamentos acerca da obsessão, cremos seja de nosso interesse apreciar o vampirismo, ainda mesmo superficialmente, para figurá-lo como sendo inquietante fenômeno de parasitose mental.
Sabemos
que a parasitogenia abarca em si todas as ocorrências fisiopatológicas, dentro
das quais os organismos vivos, quando negligenciados ou desnutridos, se
habilitam à hospedagem e à reprodução dos helmintos e dos ácaros que escravizam
homens e animais.
Não
ignoramos também que o parasitismo pode ser externo ou interno.
Nas manifestações do primeiro, temos o assalto de elementos carnívoros, como por exemplo as variadas espécies do aracnídeo acarino sobre o campo epidérmico e, nas expressões do segundo, encontramos a infestação de elementos saprófagos, como, por exemplo, as diversas classes de platielmíntios, em que se destacam os cestóides no equipamento intestinal.
Nas manifestações do primeiro, temos o assalto de elementos carnívoros, como por exemplo as variadas espécies do aracnídeo acarino sobre o campo epidérmico e, nas expressões do segundo, encontramos a infestação de elementos saprófagos, como, por exemplo, as diversas classes de platielmíntios, em que se destacam os cestóides no equipamento intestinal.
E,
para evitar as múltiplas formas de degradação orgânica, que o parasitismo impõe
às suas vítimas, mobiliza o homem largamente os vermífugos, as pastas
sulfuradas, as loções mercuriais, o pó de estafiságria e recursos outros,
suscetíveis de atenuar-lhe os efeitos e extinguir-lhe as causas.
No
vampirismo, devemos considerar igualmente os fatores externos e internos,
compreendendo, porém, que, na esfera da alma, os primeiros dependem dos
segundos, porquanto não há influenciação exterior deprimente para a criatura,
quando a própria criatura não se deprime.
É
que pelo ímã do pensamento doentio e descontrolado, o homem provoca sobre si a
contaminação fluídica de entidades em desequilíbrio, capazes de conduzi-lo à
escabiose e à ulceração, à dipsomania e à loucura, à cirrose e aos tumores
benignos ou malignos de variada procedência, tanto quanto aos vícios que corroem
a vida moral, e, através do próprio pensamento desgovernado, pode fabricar para
si mesmo as mais graves eclosões de alienação mental, como sejam as psicoses de
angústia e ódio, vaidade e orgulho, usura e delinquência, desânimo e
egocentrismo, impondo ao veículo orgânico processos patogênicos indefiníveis,
que lhe favorecem a derrocada ou a morte.
Imprescindível,
assim, viver em guarda contra as ideias fixas, opressivas ou aviltantes, que
estabelecem, ao redor de nós, maiores ou menores perturbações, sentenciando-nos
à vala comum da frustração.
Toda forma de vampirismo está vinculada à mente deficitária, ociosa ou inerte, que se rende, desajustada, às sugestões inferiores que a exploram sem defensiva.
Toda forma de vampirismo está vinculada à mente deficitária, ociosa ou inerte, que se rende, desajustada, às sugestões inferiores que a exploram sem defensiva.
Usemos,
desse modo, na garantia de nossa higiene mento-psíquica, os antissépticos do
Evangelho.
Bondade para com todos, trabalho incansável no bem, otimismo operante, dever irrepreensivelmente cumprido, sinceridade, boa-vontade, esquecimento integral das ofensas recebidas e fraternidade simples e pura, constituem sustentáculo de nossa saúde espiritual.
Bondade para com todos, trabalho incansável no bem, otimismo operante, dever irrepreensivelmente cumprido, sinceridade, boa-vontade, esquecimento integral das ofensas recebidas e fraternidade simples e pura, constituem sustentáculo de nossa saúde espiritual.
—
«Amai-vos uns aos outros como eu vos amei» recomendou o Divino Mestre.
—
«Caminhai como filhos da luz» — ensinou o apóstolo da gentilidade.
Procurando,
pois, o Senhor e aqueles que o seguem valorosamente, pela reta conduta de
cristãos leais ao Cristo, vacinemos nossas almas contra as flagelações externas
ou internas da parasitose mental. (Instruções Psicofônicas, FCXavier - 28 de
outubro de 1954 - pelo Doutor Francisco de Menezes Dias
da Cruz,
médico e trabalhador espírita, desencarnado em 1937, Presidente da Federação
Espírita Brasileira no período de 1889 a 1895)