OS ATENTADOS TERRORISTAS EM PARIS
Estamos começando mais um período de 365 dias que convencionamos chamar de Ano.
Um Ano novinho em folha esperando que o preenchamos com coisas novas e boas , mas os homens insistem em práticas antigas. E este novo ciclo da humanidade já começa mais uma vez, com a marca da intolerância.
Os atentados terroristas em Paris, infelizmente dão a verdadeira dimensão do estágio evolutivo de grande parte dos habitantes deste Planeta.
Quando acontecem fatos como estes, e geralmente é nesta época do ano… Como que, para marcar cada período, nos apavoramos e indignados vamos às redes sociais e às ruas em grandes manifestações.
Nos sentimos todos vítimas da intolerância, tememos pelo fim da liberdade de expressão, no entanto se pararmos um pouquinho para refletir sobre a nossa vida em sociedade, constataremos que todos os dias crimes hediondos são cometidos em nome dos nossos tabus, preconceitos e interesses, mas é muito cômodo para todos achar que só os muçulmanos levam a cabo o seu fanatismo.
Todos os dias pessoas inescrupulosas ocupam microfones das rádios, redes sociais, redações de jornais, disseminando a intolerância através de artigos e discursos que antes de esclarecer e orientar, provocam e incitam a violência.
Todos os dias dirigentes sem nenhuma noção de ética e humanidade, com apenas uma assinatura, jogam ao relento e à morte, milhares de outros seres humanos. Todos os dias o “Mercado” comete crimes inomináveis.
Não é correto cercear a liberdade de expressão, mas é necessário evitar que uma só empresa tenha mil concessões de rádio, televisão e jornal, porque esta empresa não vai informar corretamente a população e sim defender seus interesses corporativos e financeiros.
Não é correto impedir as pessoas de manifestarem seu livre pensamento, não é correto regular o conteúdo do que sai na mídia, mas é preciso bom senso daqueles que o geram, pois do contrário, aqueles que escrevem, desenham, falam, e mesmo os humoristas, não serão diferentes daqueles que empunham um fuzil e matam indiscriminadamente.
Silvia Gomes