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quinta-feira, 10 de abril de 2014

O VERDADEIRO PERDÃO CONSISTE EM SE LIBERTAR DA DOR

O VERDADEIRO PERDÃO CONSISTE EM SE LIBERTAR DA DOR
 
Você nunca estará livre da amargura enquanto continuar a ter pensamentos de rancor. Como poderá ser feliz se continuar a escolher guardar raiva e ressentimento? Pensamentos amargos não criam alegria. Não importa o quanto você possa achar que tem razões para amágoa, não importa o dano que os outros lhe causaram. Se Você insistir em ficar preso ao passado, nunca será livre. Perdoar a si mesmo e aos outros libertará Você da prisão do passado. Se Você se sente preso a uma determinada situação, ou se suas afirmações não estão funcionando, geralmente isso significa que ainda há trabalho a ser feito em relação ao perdão. Quando Você não flui de modo livre com a vida, normalmente é porque está aprisionado a um acontecimento passado. Pode ser arrependimento, tristeza, mágoa, medo, culpa, acusação, raiva, ressentimento, ou às vezes até desejo de vingança. Cada um desses estados de espírito resulta da ausência de perdão, da recusa em desapegar-se do que passou e viver plenamente o momento presente. Desta forma, Você compromete seu futuro, pois ele só pode ser criado no agora.

Se Você permanece ligado ao passado, não consegue usufruir o presente. É somente nele que os pensamentos e palavras têm poder. Se o presente está contaminado pelas mágoas antigas, você estará criando seu futuro a partir do lixo do passado.
Quando você acusa outra pessoa, abre mão do seu próprio poder, pois está deslocando a responsabilidade para o outro.
As pessoas que fazem parte da sua vida podem se comportar de maneira que provoquem reações incômodas em você. No entanto, se elas passam a ocupar sua mente, é você quem as deixa permanecer lá, produzindo sofrimento e drenando sua energia. Assumir a responsabilidade pelos próprios sentimentos e reações equivale a assumir as rédeas da sua vida. Esta é uma escolha que você faz a cada momento: dominar o processo e dar à sua vida a direção que você deseja ou simplesmente reagir aos acontecimentos externos.
A maioria das pessoas não entende direito o que é o perdão nem sabe que existe diferença entre perdão e aceitação.
Perdoar alguém não significa justificar o seu comportamento! O ato de perdoar se dá na sua mente. Não tem absolutamente nada a ver com a outra pessoa. O verdadeiro perdão consiste em se libertar da dor. É apenas um ato de libertação da energia negativa à qual você escolheu ficar ligado.
E também o perdão não significa permitir que comportamentos e ações dos outros que causam sofrimento continuem a ocorrer. Às vezes o perdão significa desapegar-se, você perdoa a pessoa e a libera. Assumir uma posição de recusa à agressão alheia e estabelecer limites saudáveis é geralmente a atitude mais amorosa que você pode ter, não apenas em relação a si mesmo como também ao outro.
Sejam quais forem suas razões para ter sentimentos de amargura e rancor, você pode superá-los. Você tem essa escolha. Pode escolher permanecer prisioneiro e ressentido, ou pode fazer um favor a si mesmo perdoando o que aconteceu no passado, desapegando-se, e passando a criar uma vida de alegria e realizações. Você tem a liberdade de fazer da sua vida o que quiser, porque tem a liberdade de escolha.

Louise Hay

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Luciano dos Anjos "Peço a Deus que tenha muita pena das almas dos que destruíram a democracia, torturaram e mataram ... (L. dos Anjos me enviou por e-mail - Compartilho)

Luciano dos Anjos "Peço a Deus que tenha muita pena das almas dos que destruíram a democracia, torturaram e mataram os que resistiram ao golpe, marcando a história do Brasil com o ferrete do ódio e do terror, durante um quarto de século "... (L. dos Anjos me enviou por e-mail - Compartilho)

31 de março de 1º de abril e 1964
Sobrevivente de muitos anos pelas hostes políticas, como jornalista profissional pude acompanhar de perto os grandes eventos, bons e maus, da história do meu país e do mundo. Como disse, porém, em meu livro Eu Sou Camille Desmoullins, gostava do que fazia, ora recolhendo alegrias e prazeres, ora participando de situações tão perigosas quanto nefastas nos diferentes enfartes do Coração do Mundo.
Nada obstante, consegui sempre evitar a mistura da política partidária com a minha atuação no movimento espírita. Explico claramente meu entendimento nessa questão em meu livro O Atalho, no capítulo V, tópico “9. Espiritismo e Política”, que posso sintetizar assim:
O espiritismo não é contra a política nem contra os políticos. Mas ele em si não é político nem admite que dele se aproveitem politicamente.
Em artigo que fiz publicar no Diário de Notícias de 20.5.70, p. 5, fui muito taxativo:
Espiritismo e Política são incompatíveis. É inútil tentar um paralelo entre ambos. Ou a criatura faz política ou faz espiritismo, o que não invalida, é lógico, a hipótese de o político ser espírita. E é até bom que o seja. Mas saberá sempre, com mais razão, que não se pode servir a dois senhores ao mesmo tempo, tal como prescrevem os Evangelhos. Recordemos, a propósito, a tentativa farisaica no sentido de envolver Jesus politicamente nos acontecimentos da sua época. Quiseram mesmo fazê-lo o líder do movimento de libertação material dos judeus. O Mestre não apenas se furtou à manobra, mas situou clara e explicitamente a sua presença entre nós, alheando-se da política de César e tão somente preparando os homens para a redenção espiritual. A alusão ao seu Reino, que não era nem é deste mundo, desestimularia qualquer jogada política, de quem quer que fosse.
No entanto, o atalho é um feitiço que atrai os incautos e... os sabidos. Daqui do Rio de Janeiro, tenho arquivada documentação pegajosa como um deplorável petitório, distribuído aos espíritas. Eis um trecho:
Se eleito, darei à (...) maior ajuda material e a ela não serei digno de continuar a pertencer, se me esquecer desse compromisso.
Espero contar com seu apoio, com o apoio de seus familiares e de seus amigos.
Por isso, peço a união de todos os irmãos em torno de meu nome.
Posso contar com seu apoio? É da mais alta importância para mim, saber de sua decisão e caso positivo peço seja deixada sua resposta com o irmão (...) ou então diretamente para minha residência.
Certa postulante à curul legislativa enviou correspondência aos “irmãos em fé” das suas bases políticas, ressaltando a condição de espírita e pedindo-lhes o voto. Sublinhava:“Todos nós, espíritas, que desejamos nossa crença unida, forte, organizada e respeitada, continuamos unidos” (...) com a “convicção nos espíritos de luz”. E terminava, exortando: “A luz é eterna para quem tem fé!”
Porém, um dos maiores embustes religiosos eu o encontrei no prospecto de dois candidatos respectivamente às Câmaras federal e estadual, conclamando os espíritas a votarem em seus nomes. Grifavam: “Aceitamos a missão de lutar na política pela defesa dos ideais do Espiritismo (...) Assim, pedimos seu voto pois esta luta é toda nossa.” Aí, então, aparece o trecho mais velhaco: “Sua sinceridade ou não à nossa causa está sendo anotada no mundo espiritual.(...) Pedimos o seu voto e de sua família e de todos os irmãos espíritas.”
Após estes comentários, só uma expressão cabe: Iter criminis... E antes que me entendam mal (o que já não me surpreende), volto ao texto do meu artigo escrito para o Diário de Notícias:
Não se infira disso tudo que a Política é um mal. Claro que não. Encarada apenasmente como a arte de governar ela tem a sua razão de ser e há inúmeros políticos de ilibada moral e imaculado comportamento. Contudo, a cada um o seu mister. Isto porque, a Política obriga às vezes a tomadas de posição que não são imorais nem ilegais, mas acabam fazendo gerar incompreensões, intolerâncias, radicalismos, extremismos, para não dizer vaidades e presunções. Ela exige, não raro, atitudes em bloco de bancadas, nem sempre capazes, nos seus fins, de reunir o endosso consciencial da unanimidade. No entanto, é preciso votar. E votar partidariamente, não individualmente. Mas, seria isso um crime? Não, claro que não. O sistema partidário implica essas nuanças. Todavia, a Religião (ipso facto, o espiritismo) não pode subjugar-se a compromissos de qualquer outra natureza que não seja o da aproximação da criatura com o seu Criador. Qualquer sistema que vise mais às vantagens humanas do que ao progresso espiritual extrapola da doutrina de Allan Kardec. Por isso tudo é que o espiritismo não é contra a política, mas prefere que ela seja feita pelos políticos. Aos espíritas, pois, cabe fazer espiritismo e nada mais.
A questão política terá que ser, para nós, plotada em duas coordenadas fundamentais: lº – o espiritismo; 2º – o movimento espírita. Este último, por sua vez, implica um triplo papel: a) o das instituições espíritas; b) o dos que exercem cargos de direção, dos que promovem a divulgação doutrinária, e dos que são médiuns missionários; c) o dos espíritas em geral.
Esse tema está amplamente desenvolvido no meu já citado livro O Atalho, ao qual o leitor deve se reportar.
A Federação Espírita Brasileira nunca pensou diferente, tendo em vista as ocasiões em que se manifestou a respeito. Vejamos. Pouco antes de ser fechada, pela segunda vez, em 1937, ela fez um pronunciamento através do Reformador de 3.10.1937, pp. 445/446, assinado pelo grande presidente Luiz Olímpio Guillon Ribeiro e por toda a diretoria. Sob o título “Reafirmando e aclarando”, a Casa de Ismael acentuou que não se envolvia com política:
(...) impróprias e nunca justificáveis se revelam, adentro do espiritismo, as atividades coletivas com caráter de partidarismo político, visto somente poderem ocasionar fracionamento e desarmonia, extremando o proselitismo espírita em grupos e correntes antagônicos.
E, em outro trecho:
Assim sendo e havendo Jesus dito que todo reino que se divide está condenado por si próprio a perecer; o Espiritismo, como confirmação e desenvolvimento do cristianismo do Cristo, precisa, pode e deve sobrepairar a todas as lutas e competições partidárias e desautoriza qualquer de seus membros a engajar-se na política.
Diante dessa atitude, o governo da época, como já falei, mandou fechar a Federação Espírita Brasileira, única e exclusivamente porque ela não se permitiu envolver em campanha política, naquele período difícil da ditadura. E essa mesma posição é a recomendada pelo inolvidável Bezerra de Menezes:
É indispensável manter o espiritismo qual foi entregue pelos mensageiros divinos a Allan Kardec, sem compromissos políticos, sem profissionalismos deprimentes, sem pruridos de conquista a poderes terrestres transitórios. (Trecho de mensagem recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, às vésperas do golpe de estado de 64, na reunião pública da Comunhão Espírita Cristã, em 20.4.63, em Uberaba, MG, e transcrito do Reformador de dezembro de 1970, p. 287.”
Só restaria lembrar que Bezerra de Menezes, quando se integrou no movimento espírita, abandonou a política.
E, para consubstanciar, convido o leitor a recordar comigo alguns trechos preciosos de Conduta Espírita, do espírito André Luiz, cap. 10:
Repelir acordos políticos que, com o empenho da consciência individual, pretextem defender os princípios doutrinários ou aliciar prestígio social para a Doutrina, em troca de votos ou solidariedade a partidos e candidatos.
O espiritismo não pactua com interesses puramente terrenos.
Não comerciar com o voto dos companheiros de Ideal, sobre quem a sua palavra ou cooperação possam exercer alguma influência.
“Nenhum servo pode servir a dois senhores.” – Jesus. (Lucas, l6:l3.)
Muito bem. Agora explico melhor: em consequência, fiz uma divisão importante em minha caixa de e-mails. Os destinatários espíritas são identificados com um E anteposto ao nome. Isso para evitar encaminhar textos de temas políticos, principalmente de minha autoria, para quem prefiro destinar os assuntos de natureza doutrinária. Salvo exceções a título de réplica ou resposta. Este texto de hoje, cuja leitura se estendeu até aqui, está enquadrado na exceção; mas bastante compreensível, como se verá. Meu foco é a História e o humanismo dos dirigentes civis e militares. Quero reportar-me ao golpe militar de 1º de abril de 1964, o evento mais estúpido, mais ultrajante da trajetória social do Brasil e a implicação com o espiritismo.
O processo foi disparado por um perturbado de Juiz de Fora que, em repente que surpreendeu os próprios chefes da conspiração, botou a tropa na rua e, à frente dela, marchou sobre o Rio de Janeiro a fim de assaltar o poder, depor o presidente da República legitimamente eleito (presidente que, reconheço, estava de fato completamente dissociado do bom senso) e, ao mesmo tempo, assumir o Ministério da Guerra (houve outra opção menos gloriosa: assumir a presidência da Petrobrás). Só que, nesse projeto de inspiração megalomaníaca, faltou combinar com os colegas de farda, líderes da conspiração. Não virou ministro, nem presidente da estatal. Sua bravata lhe proporcionou apenas o prêmio do ridículo e do tumulto mental. Mesmo porque os golpistas principais queriam para si o butim da tomada do poder.
         Então, o estamento fardado usurpou o comando da nação e implantou uma dolorosa ditadura que durou 25 anos. Quando largaram a presa, deixaram um legado de perseguições, cassações, exílios, censura à imprensa, torturas, mortes, além de uma hiperinflação de 142,68 % a/a, uma economia em recessão, obras de exibição suspeitas, corrupção, uma juventude sem perspectivas, cassação dos melhores cérebros intelectuais, a cultura esmagada, órgãos da imprensa fechados, reservas cambiais inexpressivas, dívidas gigantescas com o Fundo Monetário Internacional, ameaça de moratória mundial e, enfim, famílias de civis e militares completamente destroçadas.
         Então, para consolidar a ditadura e perpetuá-la, as forças da repressão catavam todos os que se manifestavam contrários ao regime (ainda que apenas assim considerados) exigiam, por bem ou por mal, a unanimidade do apoio público. As ameaças psicológicas eram, de início, o instrumento predileto, precedendo a prisão e a tortura, regra geral terminada na morte, no esquartejamento e na ocultação do cadáver.
O episódio seguinte fiz questão de retirar dos meus arquivos, na data de hoje, para que espíritas e não espíritas, conheçam o comportamento dos que, a pretexto de acabar com o comunismo, agiram contra a democracia e institucionalizaram as ações mais degradantes. Foi um período vergonhoso para os brasileiros e desolador para quem é espírita, cuja maioria nem sempre soube como agiam os usurpadores. Não obstante – asseguro – nenhum torturador, apesar da anistia concertada, deixou ou deixará de estar diante da sua própria consciência, ainda encarnado ou no plano espiritual, e arrostará as consequências da barbárie que praticou ou ordenou ou silenciou.
Comecemos por aclarar que as religiões, pela influência e ascendência que têm (esta, a rigor, indevida) sobre seus fieis mereciam especial monitoramento dos órgãos de segurança e informações do poder constituído. E, agora, os fatos.
No início da década de 70, o Brasil já estava empantanado na mais infecta e mais cruel ditadura. É o clímax da maldição. Há dor em todos os lares, a tortura é uma rotina. Vivíamos o período atrabiliário do covarde regime de exceção e o medo era a compulsão maior da sociedade. Naquele ano, recebêramos informação do Antônio Soares, representante da FEB em Brasília, no sentido de que a Federação Espírita Brasileira estava na mira dos serviços de inteligência. Assim foi que o silêncio político da FEB, durante reuniões públicas aqui no Rio, no segundo pavimento da avenida Passos, virou alvo de arapongas que anotavam, ostensivamente, no fundo do auditório (para intimidar, é claro!), abordagens dos conferencistas. Ao término, aproximavam-se para perguntas despropositadas ao dirigente dos trabalhos. A FEB estava sendo vista como instituição muito leniente em face das idéias “subversivas”, pois que não se posicionava abertamente contra o comunismo e contra os adversários do regime. Muito justamente preocupado, o presidente Wantuil de Freitas me chamou. Debatemos a situação e, para esvaziar a pressão, encomendou-me artigo contemporizador, mas sem entrar nos aspectos da política em voga. Escrevi-o, conquanto bastante constrangido e até hesitante. Não fiz,nem faria, nenhuma apologia direta à ditadura. Sem me afastar da doutrina espírita, fiz o que pude. Agradaram-se.
Tempos depois, meu Deus! que terrível arrependimento. O governo da época foi o mais aterrador, o mais vil, o mais sanguinolento de todo o nauseabundo período. É bem verdade que ainda não sabíamos de tudo o que estava acontecendo nos porões do inferno da ditadura.  Nem nós, os jornalistas, sabíamos de tudo. Porém, ante o cenário que acabou sendo descortinado, me deixei abater pelo mais profundo arrependimento. Até hoje me sinto amargurado sempre que releio aquele artigo, conquanto, em tese, não renegue o que escrevi. Afinal, escrevi-o de indústria, com vistas a evitar danos à FEB, à divulgação da doutrina espírita e à potencial possibilidade de começarmos a ver espíritas desaparecerem.
(Este episódio eu já o contei em meu livro A Anti-História das Mensagens Co-Piadas, pp. 67/68, lançado em 2005. Obviamente, não poderia contar antes.)
Estou abordando estes dolorosos acontecimentos para registrar a investida contra os espíritas e a tentativa de implicá-los no roteiro golpista. E, já passado um quarto de século, depois de tudo provado e comprovado, fico agora no aguardo de que nossas Forças Armadas (que inclui tanta gente de bem) divulguem manifesto à nação reconhecendo o erro do passado (provado e comprovado pelos fatos e depoimentos) e condenando essa mancha de 50 anos atrás. E que deixem bem claro que nossas Forças Armadas de hoje, verdadeiramente democráticas e guardiãs da Constituição, não endossam esse episódio tenebroso da História do Brasil, desidratado da pureza de intenções.
Li, recentemente, da jornalista Miriam Leitão – destacada analista do que aconteceu naquele período – crônica em O Globo de 28.3.2014, p. 28 (O Globo que, honradamente, já divulgou matéria reconhecendo o erro do seu apoio ao golpe e pedindo desculpas aos seus leitores e ao povo), em cujo arremate, escreve:
Não se quer vingança contra as Forças Armadas. Mas precisam repudiar esse passado porque é assim que se constrói um país e se fortalecem a democracia, as instituições. No silêncio, uma geração vira cúmplice da outra.  O silêncio nos condena e nos ameaça.
Enfim, neste 31 de março de 1º de abril, peço a Deus que tenha muita pena das almas dos que destruíram a democracia, torturaram e mataram os que resistiram ao golpe, marcando a história do Brasil com o ferrete do ódio e do terror, durante um quarto de século...
                                                                     
LUCIANO DOS ANJOS
Rio, 31 de março de 2014

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