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segunda-feira, 30 de junho de 2014
CASAMENTO ESPIRITA
CASAMENTO
ESPIRITA
1. “Periodicamente, vem à tona a questão do casamento espírita. Alguns defendem ardorosamente a sua introdução nas Casas Espíritas, argumentando, entre outras coisas, que o Espiritismo deve ser visto no mesmo pé de igualdade das demais religiões. Sustentam, ainda, que a sua aceitação não traria malefícios doutrinários, implicando, pelo contrário, uma inestimável forma de divulgá-lo, tarefa que se inclui entre aquelas cometidas ao Movimento. (...).
2. Do ponto de vista do Espiritismo, parece-nos, não obstante o respeito devido aos que defendem o contrário, que não é crível nem admissível a celebração de casamento em qualquer de suas instituições. Tal acontecimento implica uma incontestável distorção doutrinária, caracterizando um indesejável apêndice, que não pode prosperar e que, definitiva e antecipadamente, deve ser extirpado, como autêntica medida preventiva para resguardar a integridade dos verdadeiros postulados da Doutrina.
A questão envolve, preliminarmente, a retomada da discussão a respeito de o Espiritismo ser, ou não uma religião. Tudo gira em torno da confusão que se estabeleceu entre religiosidade e religião, entre o aspecto ou lado religioso da Doutrina com uma Religião Espírita.
Entendemos que se verifica, na espécie, a mesma equivocada identidade que se observa entre Cristianismo e Catolicismo. O primeiro, obra do Cristo, conseqüência de seus ensinamentos e exemplos. O segundo, mera criação humana, visando atender muitos mais aos interesses mundanos e imediatistas de mando, poder e glória. No primeiro, prevalece a imorredoura lição que Jesus nos legou no seu diálogo com a samaritana, quando afirmou expressamente: “Deus é espírito e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” – Jô: 4, 24.
No segundo, predomina o dedo do homem, sua preocupação de sobrepor-se aos demais, sua ânsia de dominação, seu apego às manifestações exteriores de pompa, enfim todas as mazelas típicas de qualquer obra de sua autoria.
3. Além dos inúmeros pronunciamentos de Kardec constantes da Codificação, ele na Revista Espírita, por mais de uma vez se posicionou abertamente contra a ideia de o Espiritismo ser uma religião, exatamente em virtude dos vícios e distorções que, ao longo dos tempos, essa palavra tem propiciado. Sobretudo no eu tange ao sacerdócio profissional (organização eclesiástica), ao objectos de culto, aos sacramentos, e aos rituais preconcebidos (liturgia), há uma total incompatibilidade com os princípios doutrinários. Isso, não obstante possa parecer paradoxal e contraditório, não exclui o seu caráter religioso, em virtude, principalmente, de esse caráter ser inerente à própria natureza do ser humano, que, em nenhuma etapa de sua romagem terrena, dele prescindiu. A religião é, pois, um fato natural ínsito ao homem, ensejando, consequentemente, a distinção que costumeiramente se faz entre religião moral ou filosófica e religião social. sob o primeiro aspecto, é que se admite a natureza ou o lado religioso do Espiritismo, mas daí a dizer que ele é uma religião, semelhante, por exemplo, às muitas que de desenvolveram a partir do Cristianismo, há uma grande distância.
Na Revista Espírita de Dezembro de 18682, Allan Kardec esclarece a questão de forma clara e incontestável, a saber:”O laço estabelecido por uma religião, seja qual for seu objetivo, é, pois, um laço essencialmente moral, que liga os corações, que identifica os pensamentos, as aspirações, e não somente o fato de compromissos materiais, que se rompem à vontade, ou da realização de fórmulas que falam mais aos olhos do que ao espírito”.
1. “Periodicamente, vem à tona a questão do casamento espírita. Alguns defendem ardorosamente a sua introdução nas Casas Espíritas, argumentando, entre outras coisas, que o Espiritismo deve ser visto no mesmo pé de igualdade das demais religiões. Sustentam, ainda, que a sua aceitação não traria malefícios doutrinários, implicando, pelo contrário, uma inestimável forma de divulgá-lo, tarefa que se inclui entre aquelas cometidas ao Movimento. (...).
2. Do ponto de vista do Espiritismo, parece-nos, não obstante o respeito devido aos que defendem o contrário, que não é crível nem admissível a celebração de casamento em qualquer de suas instituições. Tal acontecimento implica uma incontestável distorção doutrinária, caracterizando um indesejável apêndice, que não pode prosperar e que, definitiva e antecipadamente, deve ser extirpado, como autêntica medida preventiva para resguardar a integridade dos verdadeiros postulados da Doutrina.
A questão envolve, preliminarmente, a retomada da discussão a respeito de o Espiritismo ser, ou não uma religião. Tudo gira em torno da confusão que se estabeleceu entre religiosidade e religião, entre o aspecto ou lado religioso da Doutrina com uma Religião Espírita.
Entendemos que se verifica, na espécie, a mesma equivocada identidade que se observa entre Cristianismo e Catolicismo. O primeiro, obra do Cristo, conseqüência de seus ensinamentos e exemplos. O segundo, mera criação humana, visando atender muitos mais aos interesses mundanos e imediatistas de mando, poder e glória. No primeiro, prevalece a imorredoura lição que Jesus nos legou no seu diálogo com a samaritana, quando afirmou expressamente: “Deus é espírito e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” – Jô: 4, 24.
No segundo, predomina o dedo do homem, sua preocupação de sobrepor-se aos demais, sua ânsia de dominação, seu apego às manifestações exteriores de pompa, enfim todas as mazelas típicas de qualquer obra de sua autoria.
3. Além dos inúmeros pronunciamentos de Kardec constantes da Codificação, ele na Revista Espírita, por mais de uma vez se posicionou abertamente contra a ideia de o Espiritismo ser uma religião, exatamente em virtude dos vícios e distorções que, ao longo dos tempos, essa palavra tem propiciado. Sobretudo no eu tange ao sacerdócio profissional (organização eclesiástica), ao objectos de culto, aos sacramentos, e aos rituais preconcebidos (liturgia), há uma total incompatibilidade com os princípios doutrinários. Isso, não obstante possa parecer paradoxal e contraditório, não exclui o seu caráter religioso, em virtude, principalmente, de esse caráter ser inerente à própria natureza do ser humano, que, em nenhuma etapa de sua romagem terrena, dele prescindiu. A religião é, pois, um fato natural ínsito ao homem, ensejando, consequentemente, a distinção que costumeiramente se faz entre religião moral ou filosófica e religião social. sob o primeiro aspecto, é que se admite a natureza ou o lado religioso do Espiritismo, mas daí a dizer que ele é uma religião, semelhante, por exemplo, às muitas que de desenvolveram a partir do Cristianismo, há uma grande distância.
Na Revista Espírita de Dezembro de 18682, Allan Kardec esclarece a questão de forma clara e incontestável, a saber:”O laço estabelecido por uma religião, seja qual for seu objetivo, é, pois, um laço essencialmente moral, que liga os corações, que identifica os pensamentos, as aspirações, e não somente o fato de compromissos materiais, que se rompem à vontade, ou da realização de fórmulas que falam mais aos olhos do que ao espírito”.
Depois
de acentuar a importância que tais laços acarretam em relação à fraternidade e
solidariedade, prossegue dizendo: “Se assim é perguntarão: Então o Espiritismo é
uma religião? Ora, sim, sem dúvida, senhores. No sentido filosófico, o
Espiritismo é uma religião, e nós nos glorificamos por isto, porque é a doutrina
que funda os elos de fraternidade e de comunhão de pensamentos, mas sobre bases
mais sólidas: as mesmas leis da natureza. Por que, então, declaramos que o
Espiritismo não é uma religião? Porque não há uma palavra para exprimir duas
idéias diferentes, e que, na opinião geral, a palavra religião é inseparável de
culto, desperta exclusivamente uma ideia de formas, que o Espiritismo não tem.
Se o Espiritismo se dissesse uma religião, o público não veria aí senão uma nova
edição, uma variante, se se quiser, dos princípios absolutos em matéria de fé;
uma casta sacerdotal com seu cortejo de hierarquias, de cerimónias e de
privilégios; não o separaria das idéias de misticismo e dos abusos contra os
quais tantas vezes se levantou a opinião pública. Não tendo o Espiritismo nenhum
dos caracteres de uma religião, na acepção usual do vocábulo, não podia nem
devia enfeitar-se com um título sobre cujo valor inevitavelmente se teria
equivocado. Eis porque se diz: doutrina filosófica e moral”. Isso não desmerece
em nada o Espiritismo. Pelo contrário, somente o engrandece porque o aproxima
muito mais da verdadeira doutrina do Cristo, que dispensou templos e sacerdotes,
rituais e formalismos e que, apesar de toda a maléfica ação do homem nos dois
mil anos de sua existência, permanece, no que diz respeito à sua faceta ética e
moral, extremamente actual e insuperável. (...)
4. (...)
5. O casamento é um contrato, regido pelo Direito Civil e sujeito, por isso mesmo, às mesmas exigências de validade de qualquer ato jurídico. Diante da inexistência de clero organizado e hierarquicamente constituído, a única conseqüência jurídica decorrente de um matrimónio celebrado em um Centro Espírita é a sua nulidade, porquanto oficiado por quem não detinha autoridade para tal. (...) O casamento religioso deve limitar-se, única e exclusivamente, ao âmbito da profissão religiosa dos nubentes, e nunca extrapolar esses limites.
No particular caso dos espíritas, é indiscutível o direito de os nubentes desejarem que a vida em comum que iniciam seja abençoada pela Espiritualidade. Nada há, pois, que impeça ou desautorize, do ponto de vista doutrinário, a realização de uma prece ou de uma cerimonia familiar para esse fim. Transportá-la, contudo, para o recinto de uma Instituição Espírita, revesti-la de aspectos formais e ritualísticos, submetê-la a algumas palavras de ordem, dar-lhe uma conotação social e religiosa semelhante às pomposas cerimónias dos templos que se dizem cristãos, implica, a nosso ver, uma incontestável subversão dos objetivos do Espiritismo.”
4. (...)
5. O casamento é um contrato, regido pelo Direito Civil e sujeito, por isso mesmo, às mesmas exigências de validade de qualquer ato jurídico. Diante da inexistência de clero organizado e hierarquicamente constituído, a única conseqüência jurídica decorrente de um matrimónio celebrado em um Centro Espírita é a sua nulidade, porquanto oficiado por quem não detinha autoridade para tal. (...) O casamento religioso deve limitar-se, única e exclusivamente, ao âmbito da profissão religiosa dos nubentes, e nunca extrapolar esses limites.
No particular caso dos espíritas, é indiscutível o direito de os nubentes desejarem que a vida em comum que iniciam seja abençoada pela Espiritualidade. Nada há, pois, que impeça ou desautorize, do ponto de vista doutrinário, a realização de uma prece ou de uma cerimonia familiar para esse fim. Transportá-la, contudo, para o recinto de uma Instituição Espírita, revesti-la de aspectos formais e ritualísticos, submetê-la a algumas palavras de ordem, dar-lhe uma conotação social e religiosa semelhante às pomposas cerimónias dos templos que se dizem cristãos, implica, a nosso ver, uma incontestável subversão dos objetivos do Espiritismo.”
FONTE - FORUM ESPÍRITA
OS PRINCÍPIOS ESPÍRITAS
OS PRINCÍPIOS
ESPÍRITAS
O Espiritismo ensina, sustenta e comprova que
Deus existe e “é a inteligência suprema, causa primária de todas as
coisas”.
Deus, espírito e matéria são os elementos gerais do Universo.
A natureza íntima do Criador é, ainda, para nós, nos atuais estágios evolutivos, inacessível à nossa compreensão. Sabemos, apenas, que sobrepaira sobre tudo que existe em toda parte e que Suas leis são soberanas, muitas delas desconhecidas da Humanidade terrena.
Deus, espírito e matéria são os elementos gerais do Universo.
A natureza íntima do Criador é, ainda, para nós, nos atuais estágios evolutivos, inacessível à nossa compreensão. Sabemos, apenas, que sobrepaira sobre tudo que existe em toda parte e que Suas leis são soberanas, muitas delas desconhecidas da Humanidade terrena.
Outro
componente da trintade universal é o espírito, do qual também pouco sabemos.
Comanda os pensamentos e ações do ser humano quando individualizado, por meio de
sua vontade e livre-arbítrio, dirigindo os fluidos provindos do fluido universal
de onde promanam todas as coisas.
O terceiro elemento universal é a matéria, mais ou menos densa, da qual faz parte nosso corpo físico, morada provisória da alma imortal.
O terceiro elemento universal é a matéria, mais ou menos densa, da qual faz parte nosso corpo físico, morada provisória da alma imortal.
A
Ciência, nos rumos da evolução, desbrava o desconhecido e muitas noções são
alcançadas para auxiliar a alma na caminhada para sua destinação: a
perfeição.
O Espírito, a fim de que possa atuar sobre a matéria mais grosseira, se serve de outra menos densa, a fluídica, a qual, no que se refere ao ser humano, recebeu na Codificação Kardequiana a denominação de “perispírito”, ligado ao corpo físico molécula a molécula por ocasião da concepçãono ventre materno, no majestoso processo divino da formação da vida, exclusivamente originária da Suprema Sabedoria.
Procede da Doutrina Espírita a lição de que o Espírito, também denominado alma, é criado “simples e ignorante”, mas as suas origens se perdem nas noites do passado distante. “É o ser inteligente da criação”… “Uma chama, um clarão, uma centelha”.
O Espírito, a fim de que possa atuar sobre a matéria mais grosseira, se serve de outra menos densa, a fluídica, a qual, no que se refere ao ser humano, recebeu na Codificação Kardequiana a denominação de “perispírito”, ligado ao corpo físico molécula a molécula por ocasião da concepçãono ventre materno, no majestoso processo divino da formação da vida, exclusivamente originária da Suprema Sabedoria.
Procede da Doutrina Espírita a lição de que o Espírito, também denominado alma, é criado “simples e ignorante”, mas as suas origens se perdem nas noites do passado distante. “É o ser inteligente da criação”… “Uma chama, um clarão, uma centelha”.
O
princípio inteligente existente no Universo é inegável. O Espírito é a
“individualização” desse princípio conforme esclarece a Doutrina, mas a sua
criação pertence aos domínios de Deus e está fora dos limites da nossa atual
compreensão, podendo-se, apenas, formular teorias para explicá-la. A que parece
estar mais concorde com a razão é a que expõe que o princípio inteligente inicia
sua jornada nos reinos inferiores da Natureza, progredindo até atingir o reino
humano, quando se individualiza e adquire o
livre-arbítrio.
A
própria Doutrina Espírita enfatiza que há certos mistérios ainda inacessíveis à
nossa precária compreensão. A natureza íntima do Criador, as origens da matéria
e do Espírito, o infinito do Universo, são exemplos típicos. As vaidades, muitas
vezes, se insurgem contra tal realidade e buscam criar sistemas individuais,
sem, contudo, contarem com a aprovação dos Espíritos encarregados da Terceira
Revelação. Impõe-se, pois, a separação das opiniões pessoais das verdades já
reveladas a fim de se manter resguardada a responsabilidade doutrinária, a
pureza e autenticidade do que por ora nos é concedido
entender.
O
Espiritismo não consagra ou sanciona milagres, nem mesmo certos mistérios.Osprimeiros
ele os explicita à luz de leis naturais, e os segundos, os mistérios, situa-os
fora do alcance da nossa atual compreensão. Incumbe, pois a nós, ainda não
capacitados a poder entendê-los, admitir que pertencem aos domínios divinos.
Somente a compreensão aprimorada irá explicá-los. Há necessidade de aceitar isso
com humildade, o que também é de difícil conquista, dada a arrogância
humana.
Observando-se
os reinos inferiores da Natureza, percebem-se certas aproximações de caracteres
entre eles e o humano. Até mesmo o mineral não foge a certa similitude. No
vegetal ela se acentua. Há plantas benfazejas, inúteis, úteis e até nocivas e
venenosas, como as criaturas humanas. Há as que sugam as energias das outras
exatamente como constatamos em processos obsessivos. Há espécies dotadas de
sensibilidade evidentes e zoófitos que despertam atenção.Árvores que produzem
bons frutos e outra frutos ruins. As que nada oferecem a não ser seu lenho e sua
função. Vegetais que alimentam a vida e ervas daninhas que atrapalham e
incomodam, inúteis, portanto, tais como as pessoas desviadas dos caminhos do bem
e dedicadas à à destruição e à perversidade.
Os
animais inferiores, do mesmo modo, mantêm a acentuada evidência de que há um
princípio conducente a Deus em tudo que existe. Alguns de instintos mais
aperfeiçoados do que outros e até denotando certo grau de inteligência. São eles
os prestimosos auxiliares do homem. Na Natureza tudo se
encadeia.
O Espiritismo tem por fundamento a existência de Deus, dos Espíritos e das Leis Naturais que regulam a vida e tudo que existe no Universo. É, portanto, doutrina natural.
O Espiritismo tem por fundamento a existência de Deus, dos Espíritos e das Leis Naturais que regulam a vida e tudo que existe no Universo. É, portanto, doutrina natural.
À
medida que outras leis ainda desconhecidas são desvendadas, ampliam-se,
conseqüentemente, as fontes benfeitoras sobre nossas vidas. Em verdade não
existe ninguém rigorosamente materialista porque no imo de cada ser humano há
uma centelha provinda do Criador que jamais se apaga, a alma. Entretanto, é
inegável que facções da Humanidade se fixam na convicção enganosa que nada há
além da matéria; todavia, mesmo esta se conserva às vezes fora do alcance de
suas concepções, pois existe em outros estados que escapam aos limitados
sentidos humanos, já devidamente confirmados pela Ciência
tradicional.
Todos
estamos subordinados ao axioma da existência. A Doutrina Espírita parte dessa
realidade. Estacionar aí não satisfaz à natureza humana dotada de racionalidade,
de inteligência, de vontade, de livre arbítrio. Esses e outros atributos
fazem-na progredir, aperfeiçoar-se. Esta e a lei natural que rege a todos, ateus
ou não, e a tudo que existe, queiramos ou não. Tais princípios são
incontestáveis.
A
grandiosidade dessa Doutrina é incomensurável. Encaminha as pessoas
esclarecendo-as. Respeita o livre arbítrio de cada uma mostrando-lhe, com
antecedência, as conseqüências de seus procedimentos em face das leis que
governam o Universo. Jamais se fixa em discussões vazias e estéreis. Clareia a
via comum a todos e aguarda os retardatários, sejam eles niilistas, espíritas,
católicos, protestantes ou de que seita ou religião forem. É a Religião que visa
a reunir todas as criaturas em torno do Criador e da
Verdade.
Há
quem se apraz em atar-se a vaidades, em fazer com que prevaleçam seus
entendimentos, em perder tempo com sofismas e sortilégios, em desarmonizar com
discussões descabidas e inócuas, em lutas inglórias, opondo-se a seus próprios
interesses de evolução. Tudo isso faz parte da vida. Tudo, enfim, está sob
controle da soberana, augusta e insofreável vontade de Deus e da Sua
Misericordiosa Justiça.
LÁGRIMAS: PALAVRAS DA ALMA
LÁGRIMAS: PALAVRAS DA ALMA
Muitas vezes, na vida, vivenciamos
situações em que a emoção é tamanha que nos faltam palavras para expressar
nossos sentimentos.
Podemos considerar as lágrimas como as
palavras de nossa alma.
Através delas, somos capazes de
demonstrar incontáveis sentimentos.
As lágrimas, na maioria das situações,
escorrem de nossos olhos sem que tenhamos controle sobre elas.
Em alguns momentos, elas contam
histórias de dores, mas também têm na sua essência, algo de
belo.
Quando elevamos o pensamento,
sintonizando com a Espiritualidade maior, seja com nosso anjo protetor, com o
amado amigo Jesus ou com Deus, sentimos os olhos marejados.
Observando a natureza, temos a
oportunidade de presenciar alguns espetáculos que ela nos oferece.
Emocionamo-nos percebendo a grandeza e a perfeição Divina na presença de um
pôr-do-sol, de uma queda d’água ou de um arco-íris.
Diante do nascimento de uma criança,
somente as lágrimas são capazes de traduzir e qualificar a magnitude desse
instante Divino.
Quando estamos sensíveis, por vezes
carentes de alguma manifestação de afeto, um simples aperto de mão ou um afago
carregado de amor é suficiente para provocar nossas lágrimas.
Quando deixamos que o som de uma música
elevada alcance nosso coração, somos capazes de chorar de emoção, pois sentimos
a alma tocada e acariciada por aquela doce e vibrante melodia.
Tanto a dor emocional quanto a dor
física nos chegam sem pedir licença, ocupando espaço considerável em nossa alma
e em nosso corpo.
Lágrimas são derramadas pela dor da
partida de um ente querido, pela dor da ausência e da saudade, pela dor do erro
cometido e do arrependimento.
Ao constatarmos a dor do próximo,
lágrimas jorram de nossos olhos. Deparamo-nos com tantas carências, tantas
necessidades não atendidas, enfermidades, privações e
abandono.
Cada lágrima derramada tem seu
significado. Seja ela vertida pela dor ou pela alegria, nos diz que somos seres
movidos pela emoção, capazes de exteriorizar os nossos
sentimentos.
Demonstra que nos sensibilizamos em
momentos simples e efêmeros, indicando que estamos sintonizados com o que há de
belo na vida.
E, quando as lágrimas derramadas forem
de dor, façamos com que o motivo que nos comove seja também o mesmo motivo que
nos move.
Que o movimento seja no sentido da
modificação íntima. Que seja impulso para olhar a vida sobre um novo ângulo,
para trabalhar em nós mesmos a resignação, a paciência, a esperança, a fé e a
confiança em Deus.
Fonte - Poder Divino
VAMOS CONSTRUIR NOSSO PARAÍSO ?
VAMOS CONSTRUIR NOSSO PARAÍSO ?
Todas as
escolas religiosas trazem, em seus ensinos, relações profundas com o
entendimento da vida após a vida.
É natural que
assim seja pois são as religiões, nos seus mais variados matizes, a bússola e o
amparo para as coisas que transcendem as explicações da ciência e da
razão.
Assim,
naturalmente, desejamos a conquista da felicidade após a conclusão desta vida,
segundo esse ou aquele preceito.
Se o Paraíso
ou Nirvana, ou qual seja a denominação que lhe damos, é o destino daqueles que
bem se conduzirem aqui, buscamos referências de como agir e proceder para que a
felicidade seja o destino final.
Nesse afã e
na preocupação com a felicidade futura, imaginamos que a construção dela se fará
pelas ações externas, pela ritualística ou pela aparência.
Esquecemos
que nada que se faça exteriormente terá sentido se não tiver sua origem na nossa
intimidade.
O significado
e o valor das ações externas estão diretamente ligados ao sentimento com que as
impregnamos.
Assim, de
nada valem orações, ritos, promessas e pactos, se não nascem na intimidade de
nossa alma.
Dessa forma,
pode-se entender que o reino dos céus, que o paraíso e a felicidade futura são
construção íntima de cada criatura e que, inevitavelmente, se exteriorizará na
vida após a morte.
Se temos a
preocupação de sermos felizes mais além, que comecemos hoje a implementar essa
felicidade, nas matrizes de nossa alma.
Para tanto, a
conquista da consciência tranquila, resultado do dever retamente cumprido, dos
compromissos bem conduzidos, dos objetivos delineados com acerto, é, certamente,
a melhor referência.
Buscando a
retidão interna, pautada em valores nobres que todos trazemos latentes na alma,
vamos construindo o paraíso que anelamos.
Dessa forma,
quebramos a ilusão de que o reino dos céus, poeticamente ilustrado e
exemplificado por Jesus, seja um lugar físico ou um destino a se
chegar.
De maneira
alguma chegaremos externamente à felicidade, por se tratar de construção
íntima.
Assim, não
planejemos chegar ao Reino dos Céus, ao Paraíso ou ao
Nirvana.
Iniciemos
hoje a construção dessa tão desejada felicidade.
E, quando a
tivermos em nossa intimidade, onde quer que nos encontremos, ali será o nosso
céu bendito, conquista da alma em direção às coisas de Deus.
O Espírito está fadado à
felicidade.
Todos estão na Terra para adquirir
felicidade, jornadeando no rumo da plenitude que é a meta
futura.
Uma vida rica de beleza interior é um
poema de alegria.
Em
silêncio desabrocham as flores, desenvolve-se o embrião, a paisagem modifica-se,
fulgem as estrelas proporcionando
alegria.
No silêncio
da alma desenvolvamos qualidades superiores e desabrochemos para a
felicidade
FONTE - PODER
DIVINO
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