MASTURBAÇÃO - MITOS E CONSEQÜÊNCIAS SEGUNDO O ESPIRITISMO
Muitas pessoas vivem angústias profundas em torno das diretrizes comportamentais na área sexual e isso é compreensível em nosso estágio de humanidade. Por isso, escrevemos alguns argumentos sobre o tema, a fim de que possamos com a Doutrina espírita aprender um pouco mais.
O Espiritismo explica baseado no livre-arbítrio, no percurso de vidas anteriores e na evolução moral de cada um, como estes assuntos devem ser tratados. Lembrando sempre que "cada caso é um caso e muito particular".
Uma dessas ansiedades é a masturbação, que segundo Sigmund Freud, é envolvida em muito preconceito, graças ao dogmatismo religioso que estigmatiza a sexualidade. Vai distante a época em que se decretava que a masturbação conduzia à loucura e ao inferno.
Normal no adolescente que está descobrindo a sexualidade, freqüente nos corações solitários, o problema é que ela favorece a viciação, aguçando o psiquismo do indivíduo com sensualidade avivada.
Por outro lado, obsta a sublimação das energias sexuais, quando as circunstâncias nos convocam à castidade, incitando-nos a canalizá-las para as realizações mais enobrecedoras. Vale dizer: há uma energia sexual que precisa ser controlada, não necessariamente através da prática sexual, mas direcioná-la a outras atividades, inclusive à pratica da caridade.
A consciência nos sussurra que relação sexual presume dois parceiros. O auto-erotismo não deixa de ser uma busca de "prazer" egoísta, por isso mesmo, toda prudência é imprescindível. Na área sexual, urge vigilância permanente, pois, na maioria das vezes ao se masturbar, a criatura não está tão solitária como imagina.
Espíritos das sombras, viciados no sexo, muitas vezes estimulam este vício solitário, prejudicando casais quando o parceiro opta por masturbar-se. Entretanto, mister considerar que cada caso é um caso, sem desconsiderar jamais que o equilíbrio e a disciplina mental precisam ser alcançados.
Por isso o Espírito Emmanuel, no livro "O Consolador", questão 184, psicografado por Chico Xavier, orienta-nos que, "ao invés da educação sexual pela satisfação dos instintos, é imprescindível que os homens eduquem sua alma para a compreensão sagrada do sexo".
O uso indevido de qualquer função sexual produz distúrbios, desajustes, carências, que somente a educação do hábito consegue harmonizar. Afinal, o homem não é apenas um feixe de sensações, mas, também, de emoções, que podem e devem ser dirigidas para objetivos que o promovam, nos quais centralize os seus interesses, motivando-o a esforços que serão compensados pelos resultados benéficos.
A vida saudável na esfera do sexo decorre da disciplina, da canalização correta das energias, da ação física: pelo trabalho, pelos desportos, pelas conversações edificantes que proporcionam resistência contra os arrastamentos da sensualidade, auxiliando o indivíduo na conduta.
Muitas pessoas consideram o prazer apenas como sendo uma expressão da lascívia, e se esquecem daquele que decorre dos ideais conquistados, da beleza que se expande em toda parte e pode ser contemplada, das encantadoras alegrias do sentimento afetuoso, sem posse, sem exigência, sem o condicionamento carnal.
Será que devemos depreender que o Espiritismo proíbe toda a atividade sexual?! De modo algum. O Espiritismo nada proíbe. Deixa ao livre-arbítrio, à decisão consciente de cada um a atitude a tomar.
Limita-se a dar orientação e a demonstrar que atitudes mal tomadas dão intranqüilidade e insatisfação e coloca-nos perante a realidade e vantagens do uso consciente da vida.
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