Quando filha e mãe não se entendem
Por Redação
Viva!
“Meu irmão tem duas filhas: Aline, 9 anos, e
Amanda, 11. Ambas com gênio muito forte, sobretudo a caçula. Fico indignada pelo
modo como ela trata a mãe quando não é feito o que ela quer. Diz barbaridades,
como “eu te odeio”, “não queria ter nascido da sua barriga”, “não sou sua
filha”. Parece que, quanto mais explicamos o quanto isso é ruim, mais ela faz! A
ponto de acharmos que se trata de uma intervenção de espíritos. Pensamos em
procurar um centro espírita, mas não conhecemos nenhum confiável. Gostaria de
ajudar minha cunhada e meu irmão, mas não sei como!”
Fátima Gimenez, por
carta
Ilusão acreditar que você pode
mudar as pessoas… Elas só mudam quando querem. Por isso, o que pode fazer é
mandar para Aline energias de luz e confiar que a sabedoria da vida tem meios
para ensinar o que cada um precisa aprender. Não há como saber ao certo o que
está atrás das atitudes da menina nem as variáveis que podem estar interferindo,
provocando nela essas reações negativas.
Sim, elas são mesmo capazes de
atrair a presença de espíritos perturbadores. Mas são as atitudes inadequadas da
criança que permitem esse envolvimento. Em matéria de educação, cabe aos pais
observar, desde cedo, os pontos fracos dos filhos e agir adequadamente para
auxiliá-los a vencê-los. O sim e o não precisam ser utilizados com firmeza,
sempre que necessário. Já muito novinhas as crianças têm facilidade de manipular
os pais – mas atenção: quando eles deixam!
A superproteção corta a ousadia,
leva ao comodismo, distorce a realidade, traz insegurança. No íntimo, o espírito
da garota, que veio a mundo para progredir, sente raiva dos pais por eles não
estarem fazendo o que deveriam. Só que não há consciência disso, é uma
manifestação do inconsciente. Muito importante analisar bem esse lado, uma vez
que ambas as irmãs agem do mesmo jeito.
As atitudes de Aline podem,
ainda, vir de vidas passadas. Talvez ela tenha sido mimada, daí irritar-se
quando não lhe fazem a vontade. Ou seja: se os pais a estão educando de maneira
adequada, ela nasceu com eles para aprender a vencer essa
dificuldade.
A raiva que nutre pela mãe
talvez também esteja ligada a assuntos mal resolvidos de outra vida. Se foi isso
o que aconteceu, deve ter havido, antes de a pequena nascer, uma preliminar de
entendimento entre ela e a mãe.
No astral, é mais fácil enxergar
como as coisas são e perdoar. Encarnado na Terra, o espírito esquece o passado e
revela o que de fato vai no coração. É a hora da verdade! Nesse caso, os
genitores precisam ter a humildade de deixar de lado o papel de pai e mãe, que
os faz responder com agressividade. Devem não se importar com o que as filhas
dizem; enfrentar a situação, olhando nos olhos delas, falando firme com voz
baixa, sem perder a calma! Ao perceber que não estão conseguindo irritá-los, as
filhas perderão o prazer de brigar. Sentirão que os pais são pessoas fortes e
passarão a respeitá-los.
Paralelamente, vale externar as
qualidades das meninas. Valorizá-las ajudará a estabelecer uma ligação de
admiração e cumplicidade que, com o tempo, virará confiança e afeto. Pois são
nossas atitudes que atraem os fatos em nossa vida. Somos responsáveis por tudo o
que nos acontece.
Para ser respeitado, há que
respeitar. Para ter paz, é necessário deixar a guerra. Para ser amado, é preciso
amar sem apego e com inteligência. Em qualquer situação é preciso SER para
TER.
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