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18/04/2012

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sexta-feira, 23 de maio de 2014

AÇÃO DE ESPÍRITOS INFELIZES, VERDADEIROS VAMPIROS (TEXTO E POWER POINT) EXPÕE A TERRÍVEIS CONSEQUÊNCIAS PARA O SER ENCARNADO



Ação de Espírito infeliz (verdadeiro vampiro, magnetizador) expõe a terríveis consequências para o ser encarnado que com ele sintoniza.

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  • Cap. 8 Ação de Espírito infeliz (verdadeiro vampiro, magnetizador) expõe a terríveis consequências para o ser encarnado que com ele sintoniza. Fica bem caracterizado que o momento da desencarnação pode ser alterado. Aqui, o foi, para mais. A possessão partilhada ocorre quando dois Espíritos, um encarnado e outro desencarnado, enrodilham-se reciprocamente, em plenitude de sintonia, ambos tendo os idênticos propósitos, infelizes. Exposição do desencanto subsequente à licenciosidade, como quase sempre acontece... quando o sexo fica sem governo e a irresponsabilidade faz companhia aos desatinos. desregramentoLigam – se enrolar-se Posse, domínio Partilha sentimentos de outrem Que se troca, mútuoimediato, após

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  • VAMPIROS entre nós é toda entidade ociosa que se vale indebitamente, das possibilidades alheias e em se tratando de vampiros que visitam os encarnados, é necessário reconhecer que eles atendem aos sinistros propósitos a qualquer hora, desde que encontre guarita no estojo de carne dos homens. VAMPIRISMO – Ação pela qual espíritos involuídos arraigados às paixões inferiores, se imantam à organização psicofísica dos encarnados e desencarnados sugando – lhes a substância vital. Pelos excessos, na alimentação, ou noutras manifestações mais características espirituais de ordem inferior, produzimos larvas com o que atrairemos para o nosso campo mental e fisiológico, entidades ociosas. Missionários da Luz cap. V

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  • Obsessão e vampirismo Após os prolongados estágios nos reinos inferiores os espíritos, pela Lei do Progresso são promovidos com ingresso na Humanidade. Chegam trazendo bagagem suficiente para saber o desconforto da dor e assim optar pela continuidade evolutiva através a fraternidade. Infelizmente não é o que acontece, com a maioria deles nós. Perpetrando violências e crimes sem conta, para logo uma infinidade de espíritos se tornaram inimigos ferrenhos, vítimas ficando distantes do perdão, o que impediria solução de continuidade (vingança contra o vingador), via vidas sucessivas. E essas vítimas, desenfeixadas da carne, não encontram dificuldade em adentrar na faixa mental dos ofensores-vingadores, a eles se acoplando em simbiose sinistra, quanto prejudicial. Desencarnados outros, em triste postura de cobrar de Deus a paz que eles próprios detonaram, por atitudes vis, acovardam-se diante da única maneira de se refazerem (pela auto-reforma moral) e se tornam dissipadores de repetidas oportunidades que a Providência lhes concede. Evolução em dois mundos – cap. XV

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  • A obsessão é a ação persistente que um mau Espírito exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diferentes, desde a simples influência moral sem sinais exteriores sensíveis, até à perturbação completa do organismo e das faculdades mentais. Assim como as moléstias são o resultado das imperfeições físicas que tornam o corpo acessível às influências perniciosas exteriores, a obsessão é sempre a decorrência de uma imperfeição moral, que dá entrada a um mau Espírito. A uma causa física, opõe-se uma causa física; a uma causa moral, será preciso contrapor uma causa moral. A obsessão é quase sempre o fato de uma vingança exercida por um Espírito, e que mais frequentemente tem sua origem nas relações que o obsedado teve com ele, em uma existência precedente. Na obsessão, o Espírito atua exteriormente por meio de seu perispírito, que ele identifica com o do encarnado; este último se encontra então enlaçado como numa teia e constrangido a agir contra sua vontade. Preso

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  • Na possessão, em lugar de agir exteriormente, o Espírito livre se substitui, por assim dizer, ao Espírito encarnado; faz domicílio em seu corpo, sem que todavia este o deixe definitivamente, o que só pode ter lugar na morte. A possessão é assim sempre temporária e intermitente, pois um Espírito desencarnado não pode tomar definitivamente o lugar de um encarnado, dado que a união molecular do perispírito e do corpo não pode se operar senão no momento da concepção. O Espírito, em possessão momentânea do corpo, dele se serve como o faria com o seu próprio; fala por sua boca, enxerga pelos seus olhos, age com seus braços, como o teria feito se fosse vivo. Já não é mais como na mediunidade falante, na qual o Espírito encarnado fala transmitindo o pensamento de um Espírito desencarnado; é este último, mesmo, que fala e que se agita, e se o conhecemos quando vivo, reconheceríamos sua linguagem, sua voz, seus gestos e até a expressão de sua fisionomia. A Gênese cap. XIV obsessões e possessões Não contínuo

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  • HIST Ó RIA DO MAGNETISMO Os sacerdotes dos Deuses, no antigo Egito já praticavam nos seus templos levando a cura a seus seguidores e iniciados. A experimentação magnética se verificava em segredo, cujos ensinamentos guardados a sete chaves e, somente tinham acesso ao conhecimento os principais sacerdotes do templo de Isis; Já no século XV, segundo Medeiros e Albuquerque, se falava com simpatia sobre o magnetismo. E no século XVII,Van Helmont dava o nome de magnetismo animal. Entretanto foi Mesmer o criador do mesmerismo ou doutrina de Mesmer, quem despertou a atenção pública para os fenômenos magnéticos, alimentando polemicas em torno do assunto. Afirmava Mesmer Tudo é atração magnética no Universo, pregava a influência dos astros uns sobre os outros e sobre os corpos inanimados; o fluido universal é o agente desta influência; os corpos gozam de propriedades análogas as do imã; Leon Denis em sua obra, O problema do ser do destino e da dor, afirma: Tudo o que está em nós, está no Universo e tudo que está no universo está em nós, o homem acha-se ligado à imensa teia da vida Universal.

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  • Todo ser humano possui magnetismo, que é a forma de transformar o fluido vital em energia. Fluido Universal – 1. Plasma divino, hausto do Criador, elemento primordial em que vibram e vivem constelações e sóis, mundos e seres. 2. É o princípio material universo, do qual se derivam todas as coisas materiais mediante alterações e combinações ainda insondáveis. 3. As matérias derivadas do fluido universal apresentam-se nos estados sólido, líquido, gasoso e no estado fluídico propriamente dito, também chamado de fluido espiritual, tanto que, enquanto os três primeiros podem ser manipulados pela mão do homem, o último é sensível ao poder do pensamento e da vontade dos Espíritos. Absorvemos automático e inconscientemente por varias portas de entrada, destacando –se a respiração e os centros de força chakras

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  • De que formas pode se dar a ação magnética? R - Segundo Kardec, a ação do magnetismo pode se dar pelo fluido do próprio magnetizador, dos espíritos ou de ambos, simultaneamente. Na primeira hipótese, é o magnetismo humano, resultante unicamente da força e da qualidade dos fluidos do magnetizador, sem a interferência espiritual, cuja ação é compatível com a força e a qualidade do fluido; na segunda, é produzida pelos fluidos dos espíritos, que atuam diretamente sobre o enfermo, sem a participação de encarnados, para promover a cura, diminuir-lhe o sofrimento, provocar o sonambulismo ou influenciá-lo física ou moralmente. É o magnetismo espiritual puro; e, na terceira hipótese, o magnetismo é produzido pelos fluidos que os espíritos derramam sobre o magnetizador encarnado, que lhe serve de veículo. É o magnetismo misto, semi-espiritual ou humano-espiritual. Neste caso, há uma combinação de fluidos humanos com fluidos espirituais, que imprimem aos primeiros qualidades que não possuem. Nestes casos, o concurso dos espíritos pode ser espontâneo ou, mais comumente, buscado pelo agente magnetizador. A Gênese - Curas (itens 31 a 34)

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  • Neves se surpreende com o caso de Marita Reconhecendo que Marita chorava, em prostração, visivelmente distanciada do exame que lhe fora permitido desenvolver, André concluiu a pesquisa. Neves estava perplexo com o rumo dos acontecimentos, visto que Gilberto era seu neto. "Há dias disse ele, tento confortar minha pobre Beatriz, só isso. Não fazia a menor ideia das perturbações que a rodeiam... Ah! meu amigo, como pai, estaria agora mais consolado se a visse agonizando numa casa de loucos!..." Marita, segundo o parecer de André Luiz, fora sincera. Expusera o que sabia. Ela era apenas um pedaço da verdade que os dois procuravam. Para descobrir a verdade toda, era inevitável consultar as demais pessoas envolvidas na trama. Neves olhou, compadecido, para a jovem em pranto e salientou: " Espantado Anamnese – recordação

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  • " Veja esta menina. Correta, fiel... Submeteu-se, confiante. Que culpa no vaso de porcelana, violentamente destampado por um animal? E esse animal é um garoto que eu amo tanto!... Ela poderia ser a esposa que idealiza, mãe digna, dona de casa para um homem de bem... No entanto, lá se vai Gilberto, embeiçado por uma pinóia. Marina e Marita... Incrível hajam crescido sob o mesmo teto!" André rogou ao companheiro asserenar-se. Apaixonado Mulher elegante de costumes fáceis. Que pode enganar pela aparência
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    Eles se achavam ali para emendar, proteger, realizar o melhor. Certo, o bem suscetível de ser plantado naquele grupo redundaria em socorro a Beatriz. Que colocassem nela o pensamento. A irritação lhe avinagraria o ânimo e ele, Neves, de sentimento azedado, lançaria sobre a filha ingredientes fluídicos de índole negativa, arruinando-lhe as forças. Paciência e atividade fraterna servir-lhes-iam de apoio. Além do mais, não se sabia até quando perdurariam os sofrimentos físicos de Beatriz. Era perfeitamente possível fosse prolongado seu prazo de permanência na Crosta. Temperamento, caráter
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    Nosso principal adversário somos nós mesmos André Luiz lembrou ao amigo que a exasperação ou o desânimo, da parte deles, marcariam o término de suas possibilidades de cooperação. Os supervisores que os dirigiam, embora compassivos e prestimosos, os removeriam da cabeceira da doente, sem a menor dificuldade, agindo assim em proveito dela mesma, impedindo os prejuízos que lhe adviriam de sua carga de vibrações desconcertantes. Era preciso, pois, manter a serenidade. Neves recebeu a advertência com paciência e rogou compreensão. Tendo-se retirado do convívio familiar por longo tempo, topava então, a cada instante, com o homem que fora: comodista, agarrado às raízes consanguíneas, absorvido no bem-estar dos que reputava como sendo flores no tronco do coração. irritação Chegariam
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    Sabia-se em prova árdua, mas, ao jeito de qualquer homem da Terra, encerrando consigo méritos e falhas, declarou-se disposto a dominar-se, pedindo a André o auxiliasse de modo a manter-se calado, na presença dos instrutores. A submissão de Neves dava para comover. André fê-lo sossegar-se. Não era preciso vexar-se daquela maneira. Ele também conhecia de sobra os lances da batalha interior, em que o adversário somos sempre nós mesmos, na arena das qualidades inferiores que é preciso sublimar. Como Marita continuava a chorar, André dispôs-se a intervir. Envergonhar- se
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    Foi quando sucedeu algo inesperado. Cláudio (o pai adotivo da jovem) bateu, de leve, à porta, decerto incomodado pelo som lastimoso daqueles gemidos que a jovem procurava, em vão, reprimir. André e Neves respiraram confortados. Indubitavelmente, o inquieto coração paternal vinha ao encontro da filha, ansiando soerguer-lhe as energias, e André mesmo, através de estímulos magnéticos, insistiu para que ela atendesse. Marita anuiu aos apelos dos amigos invisíveis e cambaleou, abrindo a porta. Cláudio entrou, mas não vinha só, pois um dos dois companheiros desencarnados, que lhe alteravam a personalidade, enrodilhava-se-lhe ao corpo. Evidente, certo
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    Um caso de possessão partilhada André Luiz nos diz que o verbo enrodilhar-se pareceu-lhe, na linguagem humana, o mais adequado à definição daquela ocorrência de "possessão partilhada", embora não exprimisse, com exatidão, todo o processo de enrolamento fluídico em que se imantavam Cláudio e a Entidade. A expressão "possessão partilhada" ele a utilizou porque, efetivamente, ali, um aspirava ardentemente aos objetivos desonestos do outro, completando-se, euforicamente, na divisão da responsabilidade em quotas iguais. Qual acontecera no instante em que bebiam juntos, forneciam a impressão de dois seres num corpo só. Em determinados momentos, o obsessor afastava-se de Cláudio, a distância de centímetros, mas continuava sempre a enlaçá-lo, copiando gestos de um felino. atraiam Domínio, possePartilhar sentimentos de outrem Prende-lo
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    Encarnado e desencarnado achavam-se, entretanto, irrestritamente conjugados em vinculação recíproca. Cláudio tinha no semblante uma expressão diferente. Deixando-se prazerosamente senhorear, seu olhar adquirira a turvação característica dos alucinados. Ele se transfigurara. Estranho sorriso franzia-lhe a boca. Neves e André estavam espantados. Cláudio e o vampirizador, singularmente brutalizados pelo desejo infeliz, constituíam juntos uma fera astuciosa, calculando o caminho mais fácil de alcançar a presa. Um clarividente encarnado que fitasse o dono da casa, naquela hora, vê-lo-ia noutra máscara fisionômica. (unidos) ligadosdominar contrair perturbar Sem limites (mútuo)
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    A incorporação medianímica, espontânea e consciente, positivava-se em plenitude selvagem. As formas-pensamentos da dupla davam conta de suas intenções libertinas, com estruturas, cores, ruídos e movimentos correlatos, e era possível também a André escutar as vozes de ambos, em diálogo claramente perceptível. As palavras escapavam do crânio de Cláudio, aparentemente silencioso aos olhos de Marita, qual se a cabeça dele estivesse transfigurada numa caixa acústica de aparelho radiofônico. Magnetizador e magnetizado denotavam sensualidade do mesmo nível. Recordando a corrida à garrafa de uísque, momentos antes, André notou que a diferença, ali, era que Cláudio encontrava recursos a fim de parlamentar, dentro da hipnose, que ele, aliás, acarinhava. sugestionava Dependência recíproca Magnetizar = comunicar o fluido magnético conquistar grande ascendente sobre ; dominar, atrair, encantar
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    O processo de sedução pelo obsessor O obsessor discorria, comovendo-o, no intuito patente de arruinar-lhe os restos do escrúpulo: "Agora, agora sim!... O amor, Cláudio, é isto... Esperar, por vezes, anos a fio, para dominar a felicidade num simples minuto. Existem mulheres aos milhões; entretanto, esta é a única. A única que nos poderá, enfim, aplacar a sede". O vampirizador continuou a falar numa linguagem de nível muito baixo, e depois conclamou: "Vamos! Marita é nossa, nossa!... Somos homens sequiosos, sofredores..." As frases que se seguiram procuravam mostrar a Cláudio a carência afetiva em que este vivia. "De que valiam disse-lhe o obsessor vencimentos fartos e experiências de lupanar, quando o amor verdadeiro grita insatisfeito na carne? Você vive no lar, à moda de cão na sarjeta. Escoiceado, ferido... Marita é a compensação." Cláudio vacilou um momento e respondeu-lhe: "Criei-a, no entanto, como sendo minha própria filha..." O sedutor desencarnado voltou à carga, ironizando: "Filha? Mero artifício social. Prostíbulo, bordel Claro, aberto
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    (3) Compreendemos o caráter negativo da linguagem do Espírito desencarnado, quando em deploráveis condições de ignorância, mas acreditamos seja nossa obrigação consigná-la, nestas páginas, ainda mesmo esbatida qual se encontra, prevenindo criaturas sensíveis e afetuosas, que, às vezes, abdicam impensadamente do próprio raciocínio, arrojando-se em profundo sofrimento moral, em nome do coração. (Nota do Autor espiritual.) Atenuar = abrandar, diminuir a gravidade, suavizar
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    Apenas mulher. E quem assegurará que ela também não espera por seu beijo com a sede da corça, presa ao pé da fonte?" Dividido mentalmente em duas personalidades distintas, a de pai e a de enamorado, Cláudio argumentou, desencorajando-se, pois sabia que Marita elegera Gilberto, o rapaz a quem namorava. Era impossível que o amasse, a ele, Cláudio, em segredo. Não alentava dúvidas. Ciumento, acompanhara- os, discretamente, em alguns passeios e notara-lhes os gestos equívocos, a ponto até de entender que o estouvado namorado deveria assumir com ela compromisso. Que da margem a suspeitasObstáculo embaraço
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    Cláudio desejava a filha adotiva Como era dado também à vida noturna, Cláudio passou a esbarrar com Marina, sua filha, em recantos de prazer, não apenas na companhia de Nemésio, seu chefe, mas igualmente com Gilberto, o filho. Os desregramentos de Marina haviam-se tornado para ele em calamidades inevitáveis. A princípio, atormentara- se. Ocorre que em seu lar já não havia nenhuma ligação afetiva mais séria. Seu casamento desmoronara havia muito tempo. Após as rixas e discussões iniciais, a indiferença e o cansaço um do outro fizeram com que ele e Márcia, sua esposa, trilhassem caminhos diferentes e Marina seguiu os exemplos da mãe. Em casa, habitualmente reuniam-se à mesa a esposa, Marina e ele, à feição de três animais inteligentes, dissimulando o desprezo recíproco, através da convenção ou do chiste. Intemperança, abuso, desordem Espirituoso, engraçado, gracejo
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    Marita, no conceito dele, definia-se à parte. Flor no ramo espinhoso daqueles antagonismos flagelantes, ele a encaminhou na direção do serviço, fazendo com que a jovem tomasse suas refeições em Copacabana, para que as picuinhas do círculo doméstico, no Flamengo, não lhe torturassem o espírito. Espiava-lhe os passos, ouvia-lhe os chefes. Amando-a com entranhado carinho mesclado de egoísmo tirânico, feriam-lhe as humilhações que a esposa e a filha não regateavam a ela, no trato mais íntimo. Ação contraria Castigo, tormento
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    Cláudio queria-a para ele, com a ternura de um pombo e a brutalidade de um lobo. Marita acabou por utilizar a liberdade mais ampla que a situação lhe conferia, aproximando-se ainda mais de Gilberto. Envolto nesses pensamentos, que lhe derivavam, rápidos, do ligeiro auto-exame, sob o controle do vampirizador, Cláudio recordou-se de que houvera entendido, dias antes, que Gilberto não hesitava embair as duas moças e, após muito refletir, resolvera silenciar. No íntimo, desejava que Marita fosse machucada pelas circunstâncias, de modo que, ao voltar-se para ele, fatigada e desiludida, lhe seria fácil convertê-la na amante a que aspirava. Enganar, seduzir
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    O sedutor remata a sua obra Engodado pelo vampirizador invisível, Cláudio enfileirou as reflexões apressadas que lhe vinham à mente e, assoprado agora por ele, deixava-se iludir por imaginosa expectativa, formulando a si mesmo outra espécie de inquirições. Andaria ele enganado? Marita entregar-se-ia a Gilberto, pensando nele, Cláudio, de quem se afastava tão somente por escrúpulos de consciência? Ela, nas últimas semanas, fizera-se mais esquiva. Por quê? Terá sido por lhe recolher telepaticamente as impressões, ou porque pretendia ocultar-lhe a simpatia amorosa que lhe impelia o coração a desejá-lo? Cláudio mesmo fornecia ao vampirizador a argumentação que lhe arruinava a resistência. Até ali, julgava ele, trancara diante da jovem os sentimentos que lhe transbordavam do peito. Não chegara, porém, aos limites do enigma? O hipnotizador, em cujo semblante se podia ler a desmesurada sede de volúpia, sorriu satisfeito e sussurrou mentalmente: Atrair, adular Fazer perguntas, pesquisar, informações afastar
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  • Cláudio, compreenda. Iniciativa, em assunto de amor, não é passo feminino. Velho rifão: `laranja à beira de estrada não tem preço'. Disse um filósofo: `prazer sem conquista é bife sem sal'. Adiante, adiante!" Esquadrinhando o imo do companheiro, à caça de recursos com que o próprio Cláudio lhe pudesse fortificar a posse magnética, o obsessor cravou nele, por segundos, o olhar penetrante e começou a martelar: "Cigarro! Lembre-se do cigarro e da boca! Marita é mulher igual às outras... Cigarro, cigarro na vitrina... Cigarro, cigarreira, piteira e charuto não escolhem comprador... A carne é flor desabrochada na terra do espírito, só isso. O cultivador não sabe o que seja a formação essencial do canteiro, tanto quanto desconhece o que está no fundo da planta. Proclamava Salomão que tudo é vaidade, acrescentamos que tudo é ignorância. Entretanto, na superfície das situações e das coisas, é possível enxergar claramente. Examinando estudando, investigando íntimo
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    Flor que ninguém colhe é perfume que se perde. Hora de amor desaproveitada vem a ser pétala no estrume. Rosa murcha, adorno para o chão. Carne sem viço, adubo para a erva. Aproveite, aproveite..." André percebeu que o desencarnado demonstrava técnicas de exploradores consumados das paixões humanas. Não se tratava apenas de um dipsomaníaco, ou um vagabundo acidental. O anseio incontido com que impelia Cláudio para a jovem e a expressão com que a fitava, apaixonadamente, pareciam chegar de muito longe. O excêntrico dueto prosseguia... O magnetizador pressionava, o magnetizado resistia... Por fim, Cláudio avançou dois passos, quase vencido. A natureza animal ampliara o domínio. O sedutor desencarnado rematava a obra. Enganar Impulso mórbido caracterizado pela necessidade irresistível de ingerir grande porção de bebida alcoólicos. Extravagante, esquisito Magnetizar- comunicar fluido magnético conquistar grande ascendente sobre ; dominar, atrair, encantar
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    Marita pressente o perigo "Sim deduzia Cláudio, transtornado, ele era homem, homem... Marita, incontestavelmente mais jovem, não passava de mulher. Não lhe cabia, portanto, diminuir-se. Ela chorava, ele podia acalentá-la, aquecer-lhe o coração." Alucinado de lascívia, envolveu-a em longo olhar, inferindo que, não fosse o temor de vê-la fugir, tomar-lhe-ia o colo entre os braços, qual guri destemeroso... Cláudio sujeitava-se então, totalmente, à direção do vampirizador que o comandava. Colaram-se, fundiram-se, enfim. Jungido ao desencarnado infeliz, adiantou-se até à moça e, assumindo ares de protetor, sussurrou, adocicando a voz: "Pelo que vejo, esse pilantra do Gilberto vem abusando..." Ato contínuo, tomou-lhe a destra, mal disfarçando a lubricidade duplicada que o possuía. Lubricidade – desejo, Excitação, luxúria Luxuria, sensualidade Juntar, unir, ligar
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    Marita registrou o impacto das forças aviltadas a lhe requisitarem adesão. Escutara a observação do pai adotivo, num misto de estranheza e revolta, mas, controlando- se, passou a responder, esforçando-se por desculpar o rapaz e atribuindo a si mesma o desmantelo emotivo; entretanto, à medida que Cláudio dilatava a liberdade das atitudes, apagava-se-lhe a energia para a conversação, até que silenciou de vez. Num átimo, realinhou na mente as impressões amargas dos últimos tempos. Assinalara, havia meses, a reservada mudança do trato paterno, mas se opusera à suspeita. Ali, no entanto, inexplicável sensação advertia seu espírito, segredando-lhe vigilância. Pressentindo, em espírito, a presença do "outro", sem querer, arregimentou todas as suas forças na posição de alarma, porquanto o contacto de Cláudio comunicava-lhe insegurança. Percebendo que o pai ensaiava meios de enlaçá-la, ávido de carinho, cobrou ânimo e explicou-lhe ingenuamente que amava a Gilberto e lhe hipotecava confiança, e por isso o pai estivesse tranqüilo... Degradar, desonrar Exigir, pedirUnião ligação, cooperação, Agir, ação Reuniu, agrupou prender Sequioso
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    Cláudio confessa por ela o seu amor Marita entendeu que seria oportuno desvelar ao pai toda a sua alma, anulando assim quaisquer mal-entendidos, e prosseguiu dizendo da expectativa com que aguardava o anel esponsalício, determinada a medir as reações de Cláudio, a fim de orientar, sem tergiversações, a própria conduta. O pai mostrava, contudo, na própria face, indignação e ira, e sua explosão não se fez demorar. Irritado e cerrando os punhos, exclamou: "Percebo, percebo, mas não precisa maçar-me... Estimo, porém, que você me conheça melhor o devotamento". Avançando na intimidade, continuou, agindo por si e pelo "outro": "Filha, é necessário que você me ouça, que me entenda... Você não desconhece o que sofro. Imagine a tragédia de um homem que morre, a pouco e pouco, desolado, sozinho... de um homem que dá tudo, sem nada receber... Você cresceu, vendo isso... Infelicidade, solidão. E' impossível que não se condoa. Rodeios, repetir coisas muitas vezes Pisar, golpear
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    Esta casa é meu deserto. Chego esfalfado, diariamente, sem achar mão amiga. Márcia, embora quarentona, vive de jogatinas e festas... Você está moça, inexperiente, mas deve saber. Desculpe-me o desabafo, mas os próprios amigos me lastimam o drama..." Cláudio alterara-se de todo, comovido na aparência, e a jovem parecia sinceramente compadecer-se com o que ouvia. Imaginando ter atingido o alvo, ele acrescentou, exaltado: "Só você, somente você me prende ao lar infeliz. Ainda agora, o Banco me propôs excelente comissão em Mato Grosso; entretanto, pensei em você e desisti... Por você, filha, tolero os insultos de Márcia, as ingratidões de Marina, os dissabores da profissão, os aborrecimentos cotidianos. Conseguirá você compreender-me?" A moça suspirou e disse entender as dificuldades a que ele se reportava, e Cláudio, ganhando energias novas para chegar à meta, disse a frase que objetivara desde o início da conversação: "Anseio pelo instante em que você me veja não exclusivamente por pai...", aditando: "Marita, pareço um velho, mas você me faz jovem... O coração é seu, seu..." cansado
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    "Um demônio mora dentro de mim" Percebendo a intenção inequívoca de Cláudio, que arrojava o rosto sobre o dela, Marita gemeu, suplicante: "Não, não!" O pai, copiando o procedimento de um jovem mal comportado, enlaçava-lhe o busto, mas André e Neves saltaram na direção dela, ofertando-lhe as mãos, para que pudesse arrancar-se dali. Acreditando então apoiar-se nos próprios recursos, a moça conseguiu levantar-se num prodígio de ligeireza, estacando à frente de Cláudio, que a fitava com a expressão desconfiada de um animal repentinamente ferido. "Papai, não me faça mais infeliz...", disse-lhe a filha. "Poupe-me a humilhação!..." Ao impacto da recusa imprevista, o dono da casa pareceu desligar-se do obsessor, mas este trazia uma carga de paixão vigorosa demais para desistir facilmente e retomou o próprio domínio, a ponto de antepor a máscara fisionômica ao semblante de Cláudio. Clara, evidente prender
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    Cerrava os punhos, despedia cólera letal e estabelecia, assim, pavoroso conflito na mente de ambos. Num deles, o desapontamento e o desespero; no outro, a malignidade e a agressão. Incapaz de compreender os sentimentos contraditórios que o dominavam, o pai passou a clamar, inconsiderado: "Isto é a explosão de muitos sofrimentos acumulados. Fiz tudo para esquecer e não pude... Que fazer com esta inclinação que me arrasta? Sou palha no vento, minha filha! Desde que a vi menina, carrego esta idéia fixa... Se eu fosse religioso, diria que um demônio mora dentro de mim. Um demônio que me atira constantemente sobre você". E explicou que lera muitos livros de Ciência para poder entender o que ocorria, mas o enigma continuava: "E' só você que eu vejo em tudo! Odeio Márcia, desprezo Marina... Tenho acalentado a esperança de uma viuvez que nunca chega, a fim de oferecer-me a você, sem condições... Tenho ciúmes, ciúmes que me afogam a alma em labaredas... Detesto esse rapaz leviano, inconsciente..." Aquilo que é difícil de compreender
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    Nesse ponto a voz de Cláudio adquirira tom lacrimoso e era evidente seu abalo sentimental. O obsessor duplicou então em desprezo tudo o que ele exprimia em emotividade, provocando inesperada reviravolta. No lugar do pai enternecido, surgiu o enamorado violento, a esbravejar, dementado: "Não, não posso humilhar-me assim. Você sabe que não sou nenhum tonto. Há quinze dias, acompanhei vocês dois a Paquetá, sem que me vissem... Segui-lhes o passo descuidado e feliz, como se eu fosse um cão escoiceado pelo destino...
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    Ao cair da noite, vi quando vocês dois se enlaçaram, trocando promessas e falando bobagens, na Ribeira... Arrastei-me no matagal e vi tudo... Desde então, enlouqueci... Pelo jeito, vocês andam acanalhados, há muito tempo... Você! você, que eu supunha intangível, entregue a um menino doido!... Ingênua! Julga que não tenho motivos para expulsá-la! Você imagina que me falta coragem para chamar às contas esse `filho de papai rico"? Um sobre o outro irregularmente; sobre posto
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    De repente, o socorro aparece Alterando o tratamento paternal que lhe dedicara anteriormente, Cláudio rugiu, brutalizado: "Marita, fique sabendo que você agora não é mais criança! Você é apenas mulher, não passa de mulher, mulher..." A jovem chorava e não ousava erguer a fronte. Neves, que a tudo assistia, estava revoltado. André, temendo-lhe a impulsividade, fê-lo recordar as atitudes ponderosas e cristãs do irmão Félix, informando-o, discretamente, de que se achava em oração, a exorar o auxílio da esfera superior, visto que eles não dispunham ali de maiores recursos para impedir um assalto passional de penosas consequências. Que se refere a paixão rogar
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    Neves ironizou a atitude de André, alegando que para casos como aquele os anjos nada podiam, só a polícia... De súbito, porém, o socorro apareceu. Ouviu- se barulho de ferrolho em ação e alguém penetrou a casa, ruidosamente. Cláudio, em sobressalto, desligou-se do obsessor, que se lhe postou de lado, um tanto desenxabido. Marita, recobrando energias, voltou ao leito, enquanto o chefe do lar se recompunha à pressa, libertando a porta que havia prendido anteriormente e abrindo janela próxima. "Que é que há?", indagou dona Márcia, a esposa de Cláudio, que voltara, de imprevisto. Sem animação
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    Cláudio deu uma desculpa qualquer, alegando ter surpreendido Marita a gritar, inconsciente, sonâmbula... Sonâmbula como sempre... Tudo estava, porém, em ordem. A jovem, mergulhada na penumbra, cobriu o rosto para ocultar as lágrimas, enquanto dona Márcia sorriu, sem suspeitar, nem de leve, dos fatos que aconteceram naquela noite em sua casa.
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    E não haver á recurso para libert á -los? Indaguei, emocionado. O orientador sorriu paternalmente e considerou:...– Mas quem dever á romper as algemas, senão eles mesmos? Nunca lhes faltou o aux í lio exterior de nossa amizade permanente; no entanto, eles pr ó prios alimentam-se uns aos outros, no terreno das sensa ç ões sutis, absolutamente imponder á veis para os que lhes não possam sondar o mecanismo í ntimo. É ineg á vel que procuram, agora, os elementos de liberta ç ão. Aproximam-se da fonte de esclarecimento elevado, sentem-se cansados da situa ç ão e experimentam, efetivamente, o desejo de vida nova; contudo, esse desejo é mais dos l á bios que do cora ç ão, por constituir aspira ç ão muito vaga, quase nula. Se, de fato, cultivassem a resolu ç ão positiva, transformariam suas for ç as pessoais, tornando-as determinantes, no dom í nio da a ç ão regeneradora. Esperam, por é m, por milagres inadmiss í veis e renunciam à s energias pr ó prias, ú nicas alavancas da realiza ç ão...
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    Que fazer contra o vampirismo? Como lutar com as for ç as mentais degradantes? Conhecer á o mais poderoso ant í doto. A ora ç ão é o mais eficiente ant í doto do vampirismo. A prece não é movimento mecânico de l á bios, nem disco de f á cil repeti ç ão no aparelho da mente. É vibra ç ão, energia, poder. A criatura que ora, mobilizando as pr ó prias for ç as, realiza trabalhos de inexprim í vel significa ç ão. Semelhante estado ps í quico descortina for ç as ignoradas, revela a nossa origem divina e coloca-nos em contacto com as fontes superiores. Dentro dessa realiza ç ão, o Esp í rito, em qualquer forma, pode emitir raios de espantoso poder. Missionários da Luz cap. 06 Contra o veneno
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    AMOR E PAIXÃO Há algum tempo, em seguida ao triste acontecimento do Edifício Joelma, na cidade de São Paulo, estávamos às despedidas com o querido Chico, após longas horas de seu abençoado trabalho no Espiritismo Cristão. Do lado de fora, nas calçadas da Comunidade Espírita- Cristã, uma jovem, mal saída da adolescência, segura-lhe a mão e pergunta-lhe emocionada: - Chico! O que é o amor? E o que é paixão?... Com um sorriso amigo, surpreso pela pergunta da menina moça, o médium respondeu: - Minha filha! O amor?!...O amor é o lume do fogão que aquece a água para lavar a fralda do nenê, para esquentar o leite da mamadeira, cozer o alimento, fazer a sopinha... A paixão... Ela é o fogo destruidor; a paixão é o Joelma. Virmos brilhar os olhos daquela bela criaturinha, agradecida pela sábia resposta. Ela depreendeu-se de seus braços, beijou-lhe a mão e retirou-se feliz... FIM... Chico Xavier/ Emmanuel – Além da Alma www.despertarespiritual.wordpress.com








LUZ ESPÍRITA - Espiritismo em Movimento: Manifesto da FEB sobre decisão justiça sobre religiões de matriz africana.



LUZ ESPÍRITA - Espiritismo em Movimento: Manifesto da FEB sobre decisão justiça sobre religiões de matriz O manifesto é em solidariedade aos praticantes e simpatizantes dos movimentos de Umbanda, Candomblé e similares, pela ocasião da discussão judicial sobre a utilidade pública e as características religiosas desses praticantes.fricana.: Manifesto da FEB sobre decisão justiça sobre religiões de matriz africana.

Em resposta a uma ação do Ministério Público Federal (MPF), que pedia a retirada do YouTube de vídeos de cultos evangélicos tidos como intolerantes e preconceituosos contra candomblé e umbanda, entre outras práticas religiosas afro-brasileiras,  a Justiça Federal do Rio de Janeiro decidiu que tais crenças não devem ser consideradas religiões. O Ministério Público Federal (MPF) recorreu ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) contra a decisão.
Em sua sentença, o juiz Eugênio Rosa de Araújo, da 17ª Vara Federal do Rio de Janeiro, afirma que “ambas manifestações de religiosidade não contêm os traços necessários de uma religião a saber, um texto base (corão, bíblia etc) ausência de estrutura hierárquica e ausência de um Deus a ser venerado”.
No entanto, Cristina Wissenbach, professora de História da África na Universidade de São Paulo, discorda da avaliação do magistrado. “São religiões porque são conjuntos de crenças, rituais e divindades em torno das quais se congregam devotos”, afirma. “A umbanda e o candomblé são constituídas no processo de diáspora dos africanos escravizados trazidos ao Brasil e congregados em torno de crenças e divindades de matrizes africana.”
Para a professora, os preconceitos por trás da decisão são históricos. “Fazem parte de uma tentativa de silenciar e obliterar o universo religioso e a cosmogonia de grande parcelas da população, sobretudo dos egressos da escravidão e dos afrodescendentes. Fazem parte do racismo que existe na sociedade”, analisa. “A resolução reflete forças obscuras e ultra conservadoras da sociedade brasileira. É inadmissível nos sujeitarmos às campanhas de setores evangélicos obscurantistas”.

Contestações



No recurso, o MPF afirma que a “referida decisão causa perplexidade. Não apenas porque negou a liminar, mas também porque o juiz da causa arvorou-se a dizer o que é e o que não pode ser considerado religião”. Portanto, mesmo deixando claro que “não caberá ao Ministério Público Federal, doravante, esforçar-se para dizer o que é e o que não pode ser considerado sagrado”, são citados aspectos que caracterizam crenças afro-brasileiras como religiões.
“[As crenças] possuem liturgias, corpos com alguma estrutura sacerdotal organizada hierarquicamente, cerimônias, altares, fiéis, ritos, templos (embora via de regra sem suntuosidade, muitos sobre o chão de terra batida, o que em hipótese alguma lhes retira o caráter sagrado) e, essencialmente, a fé em divindades que são cultuadas (adoradas e veneradas, como queira), não obstante possam destoar do padrão hegemônico das religiões majoritárias que a decisão pretende usar como paradigma para restringir o seu alcance”, contesta o MPF.

Revogação


O caso não se encerrou por aí e a Justiça então reconsidera a antiga decisão fazendo o reconhecimento do caráter religioso dos cultos afro-descendentes, conforme vemos na matéria do Jornal O Globo ("Juiz volta atrás e agora considera candomblé e umbanda como religiões").


DISCURSO EVANGÉLICO AS BEM AVENTURANÇAS TEXTO E VÍDEO




DISCURSO EVANGÉLICO AS BEM AVENTURANÇAS 


 — Mateus 5:1-12 Vendo ele as multidões, subiu à montanha. Ao sentar-se, aproximaram-se dele os seus discípulos. E pôs- se a falar e os ensinava, dizendo: "Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra. Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. "Bem-aventurados sois, quando vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós 
por causa de mim. 




Alegrai-vos e regozijai-vos, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois foi assim que perseguiram os profetas, que vieram antes de vós.

"(...) Conforme já dissemos, os Espíritos têm que contribuir para o progresso uns dos outros. Pois bem, os Espíritos dos pais têm por missão desenvolver os de seus filhos pela educação. Constitui-lhes isso uma tarefa. Tornar-se-ão culpados, se vierem a falir no seu desempenho.” 



Trecho da resposta para a questão 208 do Livro dos Espíritos.

Grupo Espírita Allan kardec

Desmascarar a Hipocrisia e a Mentira Pode constituir um Dever - Pt 01 (Mensagem)

 


http://youtu.be/3UWGJzuFbVM












QUAL DOR É MAIS PROFUNDA ?




QUAL DOR É MAIS PROFUNDA ?


Que a dor, a dificuldade, as vicissitudes são ocorrências comuns na vida das pessoas, eis um fato que ninguém ignora, embora poucos encontrem na crença que professam uma explicação adequada, racional, lógica, que satisfaça o indivíduo mais exigente.

Certa vez um jornalista perguntou à conhecida confreira Guiomar de Oliveira Albanesi, fundadora do Centro Espírita Perseverança, de São Paulo (SP), qual seria, na opinião dela, a dor maior, a dor mais profunda, a dor mais sentida pelas criaturas humanas. O jornalista justificou-se, ao lhe fazer essa pergunta, lembrando que D. Guiomar era conhecida por sua longa dedicação à causa espírita e ao atendimento das mais diferentes pessoas que batiam às portas da casa espírita por ela fundada.

A resposta dada por nossa irmã foi surpreendente, porque, segundo ela explicou, não existe uma dor maior, uma dor mais profunda, uma dor mais sentida. Para quem está sofrendo, toda dor é relevante e é profunda. O que mais incomoda à criatura humana não seria, então, a dor em si, mas suas causas. Por que sofremos? Por que a vicissitude se abateu sobre o nosso lar? Por que enfrentamos tantas dificuldades? – eis o que importa saber e é o que as pessoas procuram compreender quando passam por situações assim.

A doutrina espírita é muito clara quando trata do tema.

“De duas espécies são as vicissitudes da vida”, esclarece Allan Kardec. “Umas têm sua causa na vida presente; outras, fora desta vida.”

No desdobramento do assunto – que o leitor pode ler na íntegra no capítulo V d´O Evangelho segundo o Espiritismo – Kardec enumera várias situações em que não é difícil a ninguém perceber que nossa vida é regida por leis a que não podemos fugir e cuja característica é serem absolutamente justas e sábias.

Um amigo nosso fumava demais, a ponto de pouco utilizar o fósforo ou o isqueiro; a ponta em brasa de um cigarro já acendia o cigarro seguinte.

Quem o conhecia advertia: “Amigo, fumando assim você está reduzindo paulatinamente os dias de sua existência. Fume menos, ou largue de vez o cigarro, se deseja que sua existência não se interrompa mais cedo”.

É claro que a advertência nenhum significado tinha para ele. Era como palavras soltas ao vento...

Os anos passaram e em dado momento o amigo baixou a um hospital. O diagnóstico: enfisema pulmonar, uma doença crônica na qual os tecidos dos pulmões são gradualmente destruídos, tornando-se hiperinsuflados, isto é, muito distendidos. Como resultado, a pessoa passa a sentir falta de ar para realizar tarefas simples ou exercitar-se.

A falta de ar no início só é notada para os grandes e médios esforços. Mantendo-se o hábito do fumo, pode ocorrer uma fase mais avançada da doença, em que a falta de ar ocorre com tarefas singelas como, por exemplo, tomar banho, vestir-se ou pentear-se. A essa altura, muitos tornam-se incapacitados para o trabalho e passam a maior parte do tempo na cama ou sentados para não sentirem falta de ar.

A quem atribuir a enfermidade do nosso amigo?

Pois aí está um exemplo de vicissitude cuja causa está toda na existência atual, tanto quanto suas consequências, por culpa exclusiva da pessoa que as sofre. E, de igual modo, há inúmeras situações em que uma simples reflexão pode indicar por que essa ou aquela dificuldade surgiram em nossa vida.



           Editorial-O Consolador

PALESTRA FAMILIAR DE ALÉM-TÚMULO - REVISTA ESPÍRITA - EXCELENTE ARTIGO



PALESTRA FAMILIAR DE ALÉM-TÚMULO - REVISTA ESPÍRITA - EXCELENTE ARTIGO

(ENVIADO PELO SR. PICHON, MÉDIUM DE SENS)
1. (Evocação).
─ Aqui estou, meus bons amigos.
2. ─ Vossos pais nos pediram vos perguntássemos se sois mais feliz do que na existência terrena. Teríeis a bondade de no-lo dizer?
─ Oh! Sim. Sou mais feliz do que eles.
3. ─ Assistis frequentemente a vossa mãe?
─ Eu quase não a deixo, mas ela não pode compreender todo o encorajamento que lhe dou. Não fosse assim, ela não estaria tão mal. Ela chora por mim e eu sou feliz! Deus me chamou a si. É um favor. Se todas as mães estivessem compenetradas das luzes do Espiritismo, que consolação para elas! Dizei à minha pobre mãe que se resigne, pois sem isto afastar-se-á de sua filha querida. Quem não for dócil às provas que lhe envia o seu Criador falha ao objetivo de suas provas. Que ela compreenda isto bem, senão não me verá tão cedo. Ela me perdeu materialmente, mas encontrar-me-á espiritualmente. Que trate de se restabelecer para assistir às vossas sessões. Então poderei consolá-la melhor, e eu mesma serei mais feliz.
4. ─ Poderíeis manifestar-vos a ela de modo mais particular? Poderia ela servir-vos de médium? Assim receberia mais consolação do que por nosso intermédio.
─ Que ela tome um lápis, como o fazeis, e eu tentarei dizer-lhe alguma coisa. Isto nos é muito difícil quando não encontramos as disposições para tanto necessárias.
5. ─ Poderíeis dizer-nos por que Deus vos retirou tão jovem do seio da família, onde éreis a alegria e o conforto?
─ Relede[1].
6. ─ Poderíeis dizer o que sentistes no instante da morte?
─ Uma perturbação. Eu não acreditava estar morta. Isso me deu tanta pena de deixar minha boa mãe! Eu não me reconhecia. Mas quando compreendi, não foi a mesma coisa.
7. ─ Agora estais completamente desmaterializada?
─ Sim.
8. ─ Poderíeis dizer quanto tempo ficastes perturbada?
─ Fiquei seis de vossas semanas.
9. ─ Em que lugar estáveis quando vos reconhecestes?
─ Junto ao meu corpo. Vi o cemitério e compreendi.
─ Mãe! Estou sempre ao teu lado. Eu te vejo e te compreendo muito melhor do que quando tinha o meu corpo. Cessa, então, de te entristeceres, pois só perdeste o pobre corpo que me tinhas dado. Tua filha está sempre aí. Não chores mais. Ao contrário, alegra-te, pois essa é a única atitude que te fará bem, e a mim também.. Nós nos compreenderemos melhor; eu te direi muitas coisas agradáveis; Deus mo permitirá; nós oraremos juntas. Estarás entre estes homens que trabalham para o bem da Humanidade; tomarás parte em seus trabalhos, e eu te ajudarei. Isto servirá para o adiantamento de nós ambas.
Tua filha que te ama,
PAULINE.
P. S. Dareis isto a minha mãe. Ser-vos-ei grata.
10. ─ Pensais que a convalescença de vossa mãe será ainda longa?
─ Isto dependerá da consolação que receber e de sua resignação.
11. ─ Lembrai-vos de todas as vossas reencarnações?
─ Não; não de todas.
12. ─ A penúltima ocorreu na Terra?
─ Sim. Eu estava numa grande casa de comércio.
13. ─ Em que época foi?
─ No reinado de Luís XIV; no começo.
14. ─ Lembrai-vos de algumas personagens desse tempo?
─ Conheci o Sr. Duque de Orléans, que comprava mantimentos em nossa casa. Também conheci Mazarino e parte de sua família.
15. ─ Vossa última existência serviu muito ao vosso adiantamento como Espírito?
─ Não me pôde servir muito porque não sofri nenhuma prova. Foi para meus pais, antes que para mim, um motivo de prova.
16. ─ E vossa penúltima existência foi mais proveitosa?
─ Sim, porque nela fui muito provada. Reveses de fortuna; a morte de todos que me eram caros; fiquei só. Mas, confiante em meu Criador, suportei tudo com resignação. Dizei a minha mãe que faça como fiz. Que aquele que lhes levar minha consolação, por mim aperte a mão de todos os meus bons parentes. Adeus.

 

quinta-feira, 22 de maio de 2014

VIDA E DA MORTE - MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA - CONTINUAÇÃO ATÉ ÍTEM 9 2a. REUNIÃO



 VIDA E DA MORTE

VIDA E DA MORTE - CONTINUAÇÃO ATÉ ÍTEM 9

2a. REUNIÃO

(Fonte: capítulos 5 a 9.)

                1. O papel do perispírito no processo da fecundação - Dotado de expressiva capacidade plasmadora, o perispírito registra todas as ações do Espírito através dos mecanismos sutis da mente que sobre ele age, estabelecendo os futuros parâmetros de comportamento, que serão fixados por automatismos vibratórios nas reencarnações porvindouras. Intermediário entre a alma e o corpo físico, por ele se processam as imposições da mente sobre a matéria e os efeitos dela em retorno à causa geratriz. Captando o impulso do pensamento e computando a resposta da ação, a ele se incorporam os fenômenos da conduta atual do homem, assim programando os sucessos porvindouros, mediante os quais serão aprimoradas as conquistas, corrigidos os erros e reparados os danos destes últimos derivados. Constituído por campos de força muito especiais, o perispírito irradia vibrações específicas portadoras de carga própria, que facultam a perfeita sintonia com energias semelhantes, estabelecendo áreas de afinidade e repulsão de acordo com as ondas emitidas. Desse modo, quando o Espírito é encaminhado, por ocasião da reencarnação, aos futuros genitores, no momento da fecundação o gameta masculino vitorioso esteve impulsionado pela energia do perispírito do reencarnante, que naquele espermatozóide encontrou os fatores genéticos de que necessitava para a programática a que se deve submeter. A partir desse momento, os códigos genéticos da hereditariedade, em consonância com o conteúdo vibratório dos registos perispirituais, vão organizando o corpo que o Espírito habitará. Como é certo que, em casos especiais, há toda uma elaboração de programa para o reencarnante, na generalidade, os automatismos vibratórios das Leis de Causalidade respondem pela ocorrência, que jamais tem lugar ao acaso. Todo elemento irradia vibrações que lhe tipificam a espécie e respondem pela sua constituição. Espermatozóides e óvulos, em conseqüência, possuem campo de força específico, que propele os primeiros para o encontro com os últimos, facultando o surgimento da célula ovo. Por sua vez, cada gameta exterioriza ondas que correspondem à sua fatalidade biológica, na programação genética de que se faz portadora. (Pensamento e perispírito, pp. 35 e 36.)

                2. Cada Espírito é herdeiro ou legatário de si mesmo - É assim que o perispírito do reencarnante sincroniza com a vibração do espermatozóide que possui a mesma carga vibratória, sobre ele incidindo e passando a plasmar no óvulo fecundado o corpo compatível com as necessidades evolutivas, como decorrência das catalogadas ações pretéritas. Equilíbrio da forma ou anomalia, habilidades e destreza, ou incapacidade, inteligência, memória e lucidez, ou imbecilidade, atraso mental, oligofrenia serão estabelecidos desde já pela incidência das conquistas espirituais sobre o embrião em desenvolvimento. Sem ignorarmos a hereditariedade nos processos da reencarnação, o seu totalitarismo, conforme entendem diversos estudiosos da Embriogenia, não tem razão de ser. Cada Espírito é legatário de si mesmo. Seus atos e sua vida anterior são os plasmadores da sua nova existência corporal, impondo os processos de reabilitação, quando em dívida, ou de felicidade, se em crédito, sob os critérios da Divina Justiça. Claro que caracteres físicos, fisionômicos e até alguns comportamentais resultam das heranças genéticas e da convivência em família, jamais os de natureza psicológica que afetam o destino, ou de ordem fisiológica no mapa da evolução. Saúde e enfermidade, beleza e feiúra, altura e pequenez, agilidade e retardamento, como outras expressões da vida física, procedem do Espírito que vem recompor e aumentar os valores bem ou mal utilizados nas existências pretéritas. Além desses, os comportamentos e as manifestações mentais, sexuais, emocionais decorrem dos atos perpetrados antes e que a reencarnação traz de volta para a indispensável canalização em favor do progresso de cada ser. As alienações, os conflitos e os traumas, as doenças congênitas, as deformidades físicas e degenerativas, assim como as condições morais, sociais e econômicas, são capítulos dos mecanismos espirituais, nunca heranças familiares, qual se a vida estivesse sob injunções do absurdo e da inconseqüência. (Pensamento e perispírito, pp. 36 e 37.)

                3. É absurdo pensar que o filho tenha de pagar pelos pais - A aparente hereditariedade compulsória, assim como a injunção moral atuante em determinado indivíduo, fazendo recordar algum ancestral, explica-se em razão de ser aquele mesmo Espírito, ora renascido no clã, para dar prosseguimento a realizações que ficaram incompletas ou refazer as que foram perniciosas. Motivo este que libera o filho de pagar pelos pais ou pelos avós, o que constituiria, se verdadeiro, uma terrível e arbitrária imposição da Justiça, que, mesmo na Terra, tem código penalógico mais equilibrado. Os pensamentos largamente cultivados levam o indivíduo a ações inesperadas, como decorrência da adaptação mental que se permitiu. Desencadeada a ação, os efeitos serão incorporados ao modus vivendi posterior da criatura. E mesmo quando não se convertem em atitudes e realizações, por falta de oportunidade, aquelas aspirações mentais, vividas em clima interior, apresentam-se como formas e fantasmas que terão de ser diluídos por meio de reagentes de diferente ordem, para que se restabeleça o equilíbrio do conjunto espiritual. Conforme a constância mental da idéia,  aparece uma  correspondente necessidade da emoção. Todos esses condicionamentos estabelecem o organograma físico, mental e moral da futura empresa reencarnacionista a que o Espírito se deve submeter, ante o fatalismo da evolução. O conjunto -- Espírito ou mente, perispírito ou psicossoma e corpo ou soma -- é tão entranhadamente conjugado no processo da reencarnação que, em qualquer período da existência, são articulados ou desfeitos sucessivos equipamentos que procedem da ação de um sobre o outro. O Espírito aspira e o perispírito age sobre os implementos materiais, dando surgimento a respostas orgânicas ou a fatos que retornam à fonte original, como efeito da ação física que o mesmo corpo transfere para o ser eterno, concedendo-lhe crédito ou débito, que se incorpora à economia da vida planetária. (Pensamento e perispírito, pp. 37 a 39.)

                4. O  mundo mental modela o mundo físico - O mundo mental, das aspirações e ideais é o grande agente modelador do mundo físico, orgânico. Conforme as propostas daquele, têm lugar as manifestações neste. Assim se compreende porque a Terra é mundo de “provas e expiações”, considerando-se que os Espíritos que nela habitam estagiam na sua grande generalidade em faixas iniciais, inferiores, portanto, da evolução. À medida que o ser evolve, melhores condições estatui para o próprio crescimento, dentro do mesmo critério da lei do progresso, que realiza com mais segurança os mecanismos de desenvolvimento, de acordo com as conquistas logradas. Quanto mais adiantado um povo, mais fáceis e variados são-lhe os recursos para o seu avanço. O pensamento é, assim, um agente de grave significado no processo natural da vida, representando o grau de elevação ou inferioridade do Espírito, que, mediante o seu psicossoma ou órgão intermediário, plasma o que lhe é melhor e mais necessário para marchar no rumo da libertação. (Pensamento e perispírito, pág. 39 .)

                5. Não existe hereditariedade psicológica - As leis de Mendel, estudadas largamente, vieram contribuir de modo eficaz para o equacionamento de muitos enigmas nos diversos capítulos da hereditariedade. (N.R.: Johann Mendel, botânico austríaco, nascido em 1822 e falecido em 1884, vivendo num mosteiro, realizou de 1856 a 1866 experiências sobre hereditariedade nos vegetais que fizeram dele o fundador da genética.) No entanto, se complementam os conceitos do Transformismo e do Evolucionismo, não interpretam inúmeros quesitos da realidade da vida biológica. É inegável que os caracteres são transmissíveis e que os filhos, os descendentes em geral, herdam de pais e ancestrais as parecenças físicas, a morfologia, as posturas e outros sinais de identificação. Mas o mesmo não ocorre nas áreas psíquica, psicológica e emocional. Pais geniais e antepassados doutos não geram, necessariamente, filhos sábios, tanto quanto artistas e guerreiros não procriam símiles. Certo, a convivência e a educação, os hábitos e a disciplina modelam as personalidades dos descendentes, neles plasmando, às vezes pela violência emocional, características que parecem herdadas, sem que o ser traga nas paisagens íntimas essas habilidades ou determinações. Da mesma forma, homens incultos e viciosos não reproduzem vidas caóticas semelhantes, exceto quando degenerescências físicas impõem limitações e distúrbios de variada ordem. Mesmo nos casos que se podem arrolar como decorrência da hereditariedade psicológica e moral, devemos levar em conta os fatores anteriores ao renascimento físico do ser. O Espírito é o engenheiro da maquinaria fisiopsíquica de que se vai utilizar na jornada humana. Claro que os processos de reencarnação se fazem mediante as leis de afinidade espiritual, por impositivos anteriores, o que resulta em identificações e choques nos clãs, onde se reencontram seres simpáticos ou adversários que o berço volta a reunir. Em face dessa conjuntura, muitas das heranças se fazem naturais, porque o clima vibratório impõe os condicionamentos e os programas indispensáveis na formação do corpo. (Tendências, aptidões e reminiscências, pp. 41 e 42.)

                6. As aptidões geralmente procedem das experiências passadas - As aptidões e as tendências só raramente correspondem às leis da hereditariedade, especialmente hoje, quando as opções para a conduta e a ação se fazem um leque imenso de possibilidades, ensejando a identificação do homem com as suas próprias realidades. No passado, a falta de comunicação de massa, a ausência de contatos sociais imprimiam como tendências o que eram hábitos dos grupamentos familiares, que impunham nos nascituros e crianças um roteiro de realizações que se lhes incorporava impositivo, difícil de ser evitado. Não obstante, as exceções demonstram, nos gênios como nos idiotas, a independência do reencarnante em relação às matrizes genéticas. Eis por que as tendências, as aptidões humanas, sem descartar-se a contribuição dos genes e cromossomos, procedem das experiências do passado, em que o Espírito armazenou valores que lhe pesam na economia evolutiva como poderosos plasmadores da personalidade, da inclinação para uma como para outra área do conhecimento, para a vivência da virtude ou do vício. Dramas e tragédias, crimes e ações nefandos que passaram ignorados ou não justiçados pelos códigos humanos, convertem-se em processos psicopatológicos que se manifestam em forma de desequilíbrio no endividado, sem que haja fatores ancestrais que justifiquem o desconcerto. Ao ser processado o mecanismo do renascimento, o candidato modela, imprime nas células em formação aquilo de que necessita para recuperar-se, ascender e resgatar... O mesmo se dá no campo da cultura, da beleza, da arte, em que o Espírito, ao ser submetido aos implementos celulares, neles trabalha esses equipamentos sutis para responderem com fidelidade ao ministério para o qual retorna ao corpo, em realizações nobilitantes. (Tendências, aptidões e reminiscências, pp. 42 e 43.)

                7. As más tendências devem ser corrigidas - As tendências e aptidões atuais são, pois, reminiscências do passado de cada indivíduo. Tudo a que se aspira e se realiza sem a aprendizagem atual procede de experiências passadas, que se encontram ínsitas no ser e desabrocham como inclinação, impulso, compulsão, mais poderosos do que o meio onde a criatura se encontra localizada.  As aptidões superiores devem ser cultivadas, tanto quanto não podem ser deixadas sem conveniente tratamento as más tendências,  que devem ser disciplinadas,  corrigidas a qualquer esforço,  para que sejam superadas,  oferecendo campo para os primeiros cometimentos no setor do bem,  na condição  de exercício  dignificante  em formulação para realizações elevadas e libertadoras no futuro. Todo empreendimento exige esforço, diretriz e segurança. As tendências doentias, heranças pessoais dos gravames anteriores, devem ser canalizadas para as realizações positivas, como experiência inicial que se automatizará, dando margem às paixões elevadas, aquelas que promovem o indivíduo à sua condição de conquistador da razão a caminho da intuição, ao tempo em que se liberta do atavismo primário das imantações do reino animal... Fadado à Grande Conquista, recorda para elevar-se, superando o mal que nele remanesce, sob o apelo do amor que o alimenta e é de procedência divina. (Tendências, aptidões e reminiscências, pp. 43 e 44.)

                8. Fatalismo biológico absoluto não existe - O fatalismo biológico, estabelecido mediante as conquistas pessoais de cada indivíduo, não é definitivo em relação à data da sua morte. A longevidade como a brevidade da existência corporal, embora façam parte do programa adrede estabelecido para cada homem, alteram-se para menos ou para mais, de acordo com o seu comportamento e do contributo que oferece à aparelhagem orgânica para a sua preservação ou desgaste. Necessitando de um período de tempo em cada existência física para realizar a aprendizagem evolutiva em cujo curso está inscrito, o Espírito tem meios para abreviar-lhe ou ampliar-lhe o ciclo, mediante os recursos de que dispõe e são facultados a todos. É óbvio que o estróina desperdiça maior quota de energias, impondo sobrecargas desnecessárias aos equipamentos fisiológicos, do que o indivíduo prudente. As ocorrências que lhe sucedam têm as suas causas no comportamento que se permitem. Igualmente, a forma de desencarnar, sem fugir ao impositivo do destino que é de construção pessoal, resulta das experiências que são vividas. O homem imprevidente e precipitado, desrespeitador dos códigos de lei estabelecidos, torna-se fácil presa de infaustos acontecimentos,  que ele mesmo se propicia como efeito da conduta arbitrária a que se entrega. Acidentes, homicídios, intoxicações, desastres de vários tipos que arrebatam vidas, resultam da imprevidência, da irresponsabilidade, do orgulho dos que lhes são vítimas, na maioria das vezes e no maior número de acontecimentos. Devendo aplicar a inteligência e a bondade como norma de conduta habitual, grande parte das criaturas prefere a arrogância, a discussão acesa, o desrespeito ao dever, a negligência, tornando-se, afinal, vítimas de si mesmas, suicidas indiretas. Nos autocídios de ação prolongada ou imediata, a responsabilidade é total daqueles que tomam a decisão infeliz e a levam a cabo, inspirados ou não por Entidades perversas com as quais sintonizam. Derrapando em comportamentos pessimistas a que se aferram, a atitudes agressivas nas quais se comprazem, na fixação de idéias tormentosas em que se demoram, em ambições desenfreadas e rebeldia sistemática, a etapa final, infelizmente, não pode ser outra. Com o gesto que supõem ser de libertação, tombam, por largos anos de dor, em mais cruel processo de recuperação e desespero, para que aprendam disciplina e submissão contra as quais antes se rebelaram.  (Comportamento e vida, pp. 45 e 46.)


                9. As causas que influem na vida são de duas classes - Depreende-se, portanto, que o comportamento do homem a todo instante contribui de maneira rigorosa para a programação da sua vida. São de duas classes as causas que influem na sua existência, dentro do determinismo da evolução humana: as próximas, desta reencarnação, na qual se movimenta, e as remotas, que procedem das ações pretéritas. Estas últimas estabeleceram já os impositivos de reparação a que o indivíduo não pode fugir, amenizando-os ou vencendo-os através de atuais ações do amor, que promovem quem as vitaliza e aquele a quem são dedicadas. As primeiras, no entanto, as da presente existência, vão gerando novos compromissos que, se negativos, podem ser atenuados de imediato por meio de atitudes opostas, e, se positivos, ampliados na sua aplicação. O tabagismo, o alcoolismo, a toxicomania, a sexolatria, a glutoneria, entre outros fatores dissolventes e destrutivos, são de livre opção atual, não incursos no processo educativo de ninguém. Aquele que se vincula a qualquer deles, padecer-lhe-á, inexoravelmente, o efeito prejudicial, não se podendo queixar ou aguardar solução de emergência. O tabagismo responde por canceres de várias procedências, na língua, na boca, na laringe, e por inúmeras afecções e enfermidades respiratórias, destacando-se o terrível enfisema pulmonar. Todo aquele que se lhe submete à dependência viciosa, está incurso, espontaneamente, nessa fatalidade destruidora, que não estava no seu programa e foi colocada por imprevidência ou presunção. O alcoolismo é gerador de distúrbios orgânicos e psíquicos de inomináveis conseqüências, gerando desgraças que de forma nenhuma deveriam suceder. É ele o desencadeador da loucura, da depressão ou da agressividade, na área psíquica, sendo o responsável por distúrbios gástricos, renais e, principalmente, pela irreversível cirrose hepática. Através da aguardente ou do whisky, a alcoolofilia dizima multidões que se lhe entregam espontaneamente. (Comportamento e vida, pp. 46 e 47.)

VIDA E DA MORTE - MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA - CONTINUAÇÃO DO ÍTEM 9 - VEJA ATÉ ITEM 16



MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA

TEMAS DE VIDA E DA MORTE - CONTINUAÇÃO DO ÍTEM 9 - VEJA ATÉ ITEM 16

(Fonte: Prefácio e capítulos 1 a  4.)


9.Os conflitos da criança por culpa dos pais imaturos - Desde que não esteja ainda concluída a reencarnação, o Espírito ouvirá e entenderá as sugestões positivas que lhe são apresentadas, o amor que lhe é oferecido e toda a gama de afeição que lhe é destinada. Muitas vezes um conflito sexual se origina, na criança, em face da decepção da mãe que esperava um varão e recebeu uma menina, ou vice-versa, e, vítima de imaturidade, declara seu desagrado, explodindo em pranto injustificado, assim chocando o recém-chegado, que lhe recebe o rechaço, vindo a exteriorizá-lo, mais tarde, em forma de conflito. Sempre é tempo, no entanto, de reconsiderar-se a atitude, reconciliando-se com o ser menosprezado, graças ao grau de amor e à força do bem que se coloque no relacionamento afetivo lúcido, quando o mesmo estiver dormindo, portanto, em situação receptiva. O inconsciente receberá as novas informações, que serão arquivadas e ressumarão, posteriormente, de forma agradável e cordial, estruturando a personalidade infanto-juvenil e proporcionando-lhe mais amplas aquisições que logrará com o tempo, conduzido por aqueles a cujo lado recomeça a caminhada redentora. Mesmo na adolescência, quando não se soube agir antes, deve-se tentar recuperar o filho, reconquistá-lo, conversando com ele, em estado de sono, perseverando-se em um relacionamento tranqüilo e gentil, também durante a fase em que esteja desperto, agindo com amor ao invés de reagir com ira ou zombaria, quando ele apresente seus conflitos, suas dificuldades. O importante no caso não será o ato de falar, pura e simplesmente, mas a empatia, o contributo da emoção afetuosa com os quais a palavra se carregue, para alcançar a finalidade a que se destina. Por fim, é preciso que a carga de certeza do êxito se faça presente, conforme enunciou Jesus: “Tudo é possível àquele que crê”, para que os resultados felizes coroem a empresa do amor. (Reminiscências e conflitos psicológicos, pp. 22 e 23.)

                10. O sono é uma espécie de treino para a morte - Já se disse, com muita propriedade, que o sono é uma forma de morte. Nesse sentido, diariamente, o homem, ao deitar-se, realiza, ainda que inconscientemente, um treino para esse fenômeno biológico terminal. De modo semelhante ao que ocorre na morte, em que o Espírito só se liberta com facilidade do corpo mediante conquistas anteriores de desapego e renúncia, reflexões e desinteresse pelas paixões mais vigorosas, no sono há uma ocorrência equivalente, pois que o ser espiritual possui maior ou menor movimentação conforme as suas fixações e conquistas. O Espírito sempre está em ação, até onde podemos concebê-la. A inatividade não se encontra presente nas Leis da Vida. Mesmo nos momentos de repouso, o Espírito se movimenta atraído por aquilo que mais lhe diz respeito. O sono é, portanto, uma necessidade para o refazimento orgânico, o restabelecimento de energias do corpo, o reequilíbrio das funções que o acionam. Logo que o corpo adormece, e, às vezes, mesmo antes do sono total, afrouxam-se os liames que atam o Espírito à matéria, e ele se desprende, parcialmente, rumando para os lugares e pessoas aos quais se vincula. Graças a essa movimentação, quando retorna ao domicílio carnal, traz as impressões e lembranças que imprime no cérebro, constituindo-lhe o complexo capítulo dos sonhos. Detendo-nos apenas nos fenômenos oníricos de ordem espiritual, estes preservam uma correlação entre o estado de evolução do ser e os acontecimentos de que participa. Num recinto de pessoas vadias, os que ali se encontram comprazem-se nos mesmos gostos. O mesmo se dá num local reservado à cultura ou às artes, à fé ou ao trabalho. Há leis de afinidades que respondem pelas aglutinações sócio-morais-intelectuais, reunindo os seres conforme os padrões e valores nos quais se demoram. Parcialmente liberto pelo sono, o Espírito segue a direção dos ambientes que lhe são agradáveis durante a lucidez física, ou onde gostaria de estar, caso lhe permitissem as possibilidades normais. Em tal circunstância, pode viajar com os seres amados, que reencontra além da cortina carnal, participando dos seus estudos e realizações, aprendendo lições que lhe ficarão em gérmen, penetrando, inclusive, nos registros do passado e do futuro. (Vida, Sono e Sonho, pp. 25 e 26.)

                11. Os contatos durante o sono nem sempre são agradáveis - É desse fato que decorre a aquisição de informes que o Espírito desconhecia, sejam do passado, sejam relacionados com o futuro, dando margem às retrocognições e precognições, do agrado dos modernos pesquisadores das ciências paranormais. Ele defronta também, ao mesmo tempo, pessoas conhecidas nos redutos aonde vá, estabelecendo admiráveis fenômenos de comunicação entre vivos na esfera física. Nem sempre, porém, as viagens em corpo espiritual, durante o sono, levam aos ambientes de felicidade e progresso, onde se cultiva o bem, o bom e o belo. Mais facilmente, em razão do hábito dos pensamentos ultrajantes, fesceninos e brutais, os Espíritos que se comprazem nisso arrebatam o encarnado e levam-no aos redutos do crime e da perversão, onde se lhes ampliam as percepções negativas. (N.R.: Fescenino: obsceno, licencioso.)  O indivíduo inspira-se, ali, naquelas regiões de vandalismo e promiscuidade psíquica, e depois traz para o comportamento diário as aberrações que busca. Crimes vergonhosos e programas vis são concertados nesses ambientes espirituais, que pululam nas cercanias da Terra, onde se urdem obsessões e vinditas em clima de perversidade sob o comando de mentes implacáveis, que ditam as normas de ação, para que se cumpram os planos nefastos. Quando o Espírito mantém resistências, que o resguardam da vulgaridade e da aberração, retorna desses antros de réprobos e padece pesadelos horripilantes. Contudo, se já chafurda nos mesmos ignóbeis comércios de insensatez e loucura, volve ao corpo aturdido, embora fixado no que lhe cumpre executar, como autômato que foi, vítima de hipnose profunda. Acentue-se, porém, que esta não lhe é imposta, pois que foi buscada espontaneamente. (Vida, Sono e Sonho, pp. 26 e 27.)

                12. Preparar-se para dormir é muito importante - O inverso disso também ocorre amiúde, quando o homem aspira aos ideais de enobrecimento da Humanidade, tornando-se instrumento dos promotores da evolução no mundo. As suas horas de sono são aproveitadas para engrandecimento dos ideais, amadurecimento das aspirações, enriquecimento dos planos do bem. E pelo fato de ter mais aguçadas as faculdades da alma, encontra ímpares satisfações nesses colóquios e visitas, graças aos quais se encoraja e felicita, podendo levar os labores adiante com alta dose de valor, que aos demais surpreende. Tal como ocorre no fenômeno da morte, no qual a consciência passa por um torpor, perturbação que é variável, de acordo com as conquistas de cada um, a lucidez durante o sono, nas experiências oníricas, está a depender da densidade vibratória das emoções com que se pauta a vida, no cotidiano. Assim, um programa bem organizado para antes de dormir constituirá emulação para o Espírito, no ato do desprendimento, transferir-se a regiões felizes e contactar Entidades nobres, conquistando os tesouros da paz, da aprendizagem, da ação relevante, enquanto o corpo repousa. É de bom alvitre, pois, que o homem se disponha a cooperar com os Benfeitores da Humanidade nas suas obras fomentadoras do progresso, participando dos seus empenhos com tal ardor que, em retornando ao corpo, permaneça telementalizado por eles, dando curso ao empreendimento na esfera carnal. Diante de realizações enobrecedoras na Terra, pode o Espírito prosseguir, ao desprender-se pelo sono, sob a tutela dos seus Guias Espirituais, corrigindo enganos e adquirindo mais amplos recursos e entendimento para promover esse trabalho, que não deve ser interrompido. (Vida, Sono e Sonho, pp. 27 e 28.)

                13. O sonho é o retrato emocional de nossa vida - Santa Tereza de Ávila, em desdobramento pelo sono, peregrinou por uma cidade espiritual de sofrimentos, trazendo dali as impressões fortes que foram tomadas como sendo de uma parte do Inferno da teologia católica. Jacob sonhou com o pai, Dante Alighieri, que lhe mostrou o lugar onde guardara os treze cantos do “Céu”, que se encontravam desaparecidos. Voltaire concebeu, enquanto dormia e sonhava,  todo um canto da “La Henriade”. Tartini compôs, dormindo e sonhando, a sua “Sinfonia ao Diabo”. Os sonhos narrados na Bíblia se enquadram perfeitamente nessas viagens ao plano espiritual, quando o ser se desprende e registra os fatos que narra posteriormente. O capítulo do sono natural na vida do homem é de muita importância, e está a exigir mais acurado estudo e meditação, a fim de ser aproveitado integralmente em favor do êxito na vilegiatura carnal. Como um terço da vida física é dedicado ao sono, imenso patrimônio logrará quem converta esse tempo ou parte no investimento do progresso, em favor da libertação que lhe credenciará, para uma existência plena, um futuro ditoso. Se alguém diz como e o que sonha, é fácil explicar-lhe como vive nas suas horas diárias. Dorme-se, portanto, como se vive, sendo-lhe os sonhos o retrato emocional da sua vida moral e espiritual. (Vida, Sono e Sonho, pp. 28 e 29.)

                14. Emoções e disciplina - As emoções constituem importante capítulo da vida humana, merecendo portanto acuradas reflexões, de modo a serem canalizadas com a segurança e a eficiência indispensáveis aos resultados salutares para os quais se encontram na organização fisiopsíquica de cada criatura. Refletindo o seu estado espiritual, os homens, invariavelmente, manifestam-se em desgoverno, levando a paroxismos e desajustes de demorada regularização. Dirigindo o comportamento, fazem que se transite de uma para outra com sofreguidão, em ânsia contínua, que termina por exaurir aquele que se lhes submete sem o controle necessário. Estimulando o egoísmo, impõem a satisfação pessoal à custa da inquietação e da insegurança íntima, em face dos novos desejos de gozos insaciáveis, que terminam por constituir característica predominante da conduta individual. Essa busca irrefreável do prazer, que se torna dependência viciosa, fomenta gozos que depois, invariavelmente, se convertem em dores. Entre as mais desgastantes, assume preponderância a ansiedade, que parece imprescindível à vida, qual ocorre com o sal para o paladar de inúmeros alimentos. Pessoas há que não passam sem os condicionamentos das emoções, vivificando a ansiedade que as consome em flamas de angústia. Mal terminam de lograr a meta perseguida, e já se encontram, sôfregas, em batalhas por novas conquistas, transferindo-se de uma realização para novo desejo, com verdadeira volúpia incontrolada. As emoções alimentam-se naqueles que as agasalham e se lhes adaptam aos impositivos caprichosos. Comparemo-las a uma vela cuja finalidade é iluminar. Para isso, ela gasta combustível, como é natural. Preservada para os fins, oferece luz por período largo; no entanto, deixada na direção do ar canalizado, apressa o próprio consumo, e, acesa nas duas extremidades, mais rapidamente se acaba. Assim também as emoções, que têm finalidade superior, no campo da vida. Quando não se submetem à disciplina, exigem carga dupla de energia na qual se sustentam, culminando por destruir a sua fonte geradora. (Pensamento e emoções, pp. 31 e 32.)

                15. Cabe ao pensamento educar as emoções - O pensamento é o agente que as pode conduzir com a proficiência desejada, orientando-as com equilíbrio, para que o rendimento seja positivo, capitalizando valores que merecem armazenados no processo iluminativo para a execução das tarefas nobres. Esse esforço propicia autoconfiança, harmonia íntima, gerando bem-estar pessoal, que extrapola a área da individualidade e se irradia beneficiando em derredor. Ninguém pode bloquear as emoções ou viver sem elas. Pretender ignorá-las ou esmagá-las é empreendimento inócuo, senão negativo. Toda emoção ou desejo recalcado reaparece com maior vigor, em momentos imprevistos. Substituir os interesses negativos e viciosos, por outros de caráter mais gratificante quão duradouro, é o primeiro passo, nessa luta de renovação moral e educação emocional. Tendo em vista que o pensamento atua no fluido que a tudo envolve, pelo seu teor vibratório produz natural sintonia com as diversas faixas nas quais se movimentam os Espíritos, na esfera física ou na Erraticidade, estabelecendo vínculos que se estreitam em razão da intensidade mantida. Essa energia fluídica, recebendo a vibração mental, assimila o seu conteúdo emocional e transforma-se, de acordo com as moléculas absorvidas, criando uma psicosfera sadia ou enfermiça em volta daquele que a emite e passa a aspirá-la, experimentando o seu efeito conforme a qualidade de que se constitui. Quando o episódio é de largo trato e o seu teor é pernicioso, culmina por afetar a organização física ou psíquica do agente desencadeador, dando acesso a processos viróticos, psicopatológicos, degenerativos em geral, obsessivos. A tudo envolvendo, essa força é neutra em si mesma; mas, maleável e receptiva, altera a sua constituição de acordo com os elementos mentais que a interpenetram. Ao pensamento disciplinado, pois, cabe a árdua tarefa de educar as emoções, gerando fatores de saúde, que contribuem para a harmonia interior, dando margem ao surgimento de fenômenos de paz e confiança. (Pensamento e emoções, pp. 32 e 33.)

                16. O valor da meditação e da fé - A ansiedade, responsável pela instabilidade comportamental e pelo humor, cede lugar, quando a fé comanda a onda mental que se dirige a Deus e se afina com as vibrações-resposta do Pensamento Divino. Outro valioso auxiliar para a empresa é a meditação, que aprofunda os interesses e as aspirações nas realidades metafísicas, eliminando, a pouco e pouco, as impressões mais fortes das sensações primitivas, que normalmente se sobrepõem às emoções, desarticulando-as. Pensando, o Espírito estabelece o clima no qual se desenvolve e de cuja energia se nutre. Conforme fixe o pensamento, edifica ou destrói, passando de autor a vítima das próprias maquinações. Pelas afinidades de ondas mentais e interesses emocionais, reúnem-se os seres, que elaboram o habitat no qual se demoram. A direção correta e constante do pensamento esclarecido, que conhece as causas e finalidades da vida, realiza o controle das emoções, tornando os indivíduos nobres e equilibrados, que não se transtornam diante de provocações, nem se apaixonam ante as sensações, ou se descompensam enfrentando o sofrimento. A amargura e a ansiedade não os sitiam, mesmo que deixem, de passagem, ligeiros sinais que a potente luz do amor real e da certeza da fatalidade feliz do bem faz que desapareçam. (Pensamento e emoções, pp. 33 e 34.)



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