Vidente compara viagem à vida:
corpo é a mala; alma é bagagem
Cada um de nós, ao nascermos,
iniciamos nossa viagem por um país estrangeiro
Impossível não comparar o desdobramento
das nossas vidas com uma viagem.
O corpo é a mala, a alma é a bagagem. Seguimos assim,
entre partidas e retornos, idas
e vindas, movimentos,
dinâmicas, transformações.
Sob o enfoque esotérico, qualquer viagem é, ao
mesmo
tempo, real e imaginária.
Viajar é empreender um movimento, travessia espacial
e temporal, somente para
alcançar uma modificação de si mesmo, modificação que
vai ocorrer em níveis profundos.
Busca de si mesmo e busca de sentido, o tema da
viagem é o autoconhecimento.
A experiência humana da viagem coincide com
a questão do propósito da vida.
Cada um de nós, ao nascermos, iniciamos nossa
viagem por um país estrangeiro;
continuamos, então, avançando rumo ao
desconhecido, ao sabor do
destino, precipitando-nos em
um futuro imprevisível.
A viagem é, assim, uma das mais
apropriadas metáforas da vida.
Ela contém todos os seus fatores: o abandono
da segurança, aceitação do
risco, peripécias e interrupções de percurso.
Para onde quer que sigamos,
estão em nosso interior e são nossas as fronteiras
entre o visível e o invisível,
os limites do mundo e as
paisagens visitadas
A viagem é sempre programada de modo
consciente, bem demarcado e finito.
Porém, curvas do caminho podem provocar
desvios que alargam a experiência
existencial,
propiciando inesperados cruzamentos:
situações imprevistas,
confusões, acontecimentos não aguardados,
circunstâncias alheias, pessoas,
modificações e consequências
que surgem no curso
da aventura e nos colocam frente ao
imenso desafio de encontrar
um sentido para as nossas vidas.
A viagem é, então, ocasião para descoberta da
rica
heterogeneidade do mundo.
Acaba estabelecendo-se como oportunidade
para
livrar amarras, visitar outras
paisagens, pontos de vista, ampliar a
personalidade e a
consciência do mundo que nos
rodeia.
Comenta com exatidão Fernando
Pessoa,
no Livro
do desassossego:
“para viajar basta existir. Vou de dia
para dia,
como de estação para
estação
, no comboio [assim os portugueses
chamam o trem] do meu corpo,
ou do meu destino, debruçado sobre as
ruas e as praças, sobre os
gestos e os rostos, sempre iguais e
sempre diferentes, como,
afinal, as paisagens
são”.
Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold
ou entrar em contato com ela, clique
aqui.
Comenta com exatidão Fernando
Pessoa,
no Livro
do desassossego:
“para viajar basta existir. Vou de dia
para dia,
como de estação para
estação
, no comboio [assim os portugueses
chamam o trem] do meu corpo,
ou do meu destino, debruçado sobre as
ruas e as praças, sobre os
gestos e os rostos, sempre iguais e
sempre diferentes, como,
afinal, as paisagens
são”.
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