POR UM
MUNDO DE REGENERAÇÃO
Enquanto o ser
humano não se conscientizar do seus deveres junto à Proteção Animal, por mais
progrida, intelectual e cientificamente, haverá sempre lacunas em seu Espírito
Eterno, exigindo o reajuste.
Em vão rogará por
Deus no deserto de suas dívidas espirituais, enquanto os gemidos dos pequeninos
inocentes ecoarem em seu caminho, comprovando sua ignorância e primitividade,
contabilizando seus débitos, ainda que os ignore.
Enquanto o
sentimento da compaixão não o motivar mais efetivamente diante do sofrimento dos
irracionais, por sua causa, em vão sua voz recitará, comovidamente, salmos e
preces nos templos de ouro e mármore aonde nem sempre, infelizmente, o Seu
Destinatário, está.
Inutilmente
suplicará por Misericórdia, quando tempestades atingirem com fragor seu barco
frágil, na problemática de enfermidades, contratempos ou
morte.
Isto porque somos
TODOS elos da Grande Corrente da Vida e, desconsiderar, enfraquecer ou destruir
qualquer um deles, por mais insignificante seja, implicará em nossa própria
ruína e perda.
Por exemplo, a
utilização de cobaias, pela comunidade científica e/ou acadêmica, sua
experimentações impiedosas e retrógradas, ainda que sob o pretexto do benefício
a humanos, diante de DEUS será sempre a irresponsável marcha ao contrário do
caminho inexorável da Evolução, que o tempo se incumbirá de
comprovar.
Enquanto as
vísceras dos animais se derramarem dos altares de pedra, em ritualísticos
religiosos, o Deus do Bem lhes ocultará sua Augusta Face porque “Misericórdia
quer e não Sacrifício”, supostamente em Seu Nome mas, indubitavelmente, sem o
Seu aval.
Relevante e
fundamental, diante Dele, continua sendo o sagrado sopro de vida insuflado em
cada um de nós, um dia, resultando, os males e abusos a ela infringidos, nas
consequências, tão bem estudadas no meio espírita, com o nome de Ação e
Reação.
Utilizando-se da
importante prerrogativa do seu livre arbítrio, vem o ser humano, ao longo dos
milênios, exercendo-o de forma desorganizada, injusta e irracional,
principalmente no que concerne ao tratamento destinado aos mais fracos da
Criação, aqueles que se convencionou denominar “inferiores”.
É incoerente
escrever sobre a Paz, difundi-la em simpósios, campanhas de desarmamento,
conferencias, assembleias e congressos, enquanto nos utilizarmos das mãos para
atirar pedras e dos pés para desferir chutes nos irracionais que, por
infelicidade, nos cruzarem o caminho, machucados, carentes, abandonados e
incompreendidos pelos “importantes” do mundo.
Inconsistente o
argumento de que precisamos dos animais para comê-los ou torturá-los em
atividades recreativas (para nós, não para eles) como touradas, circos, zôos,
caça e pesca, farra do boi, rinhas, etc.
Realmente
precisamos dos animais (e, muito!) para compreendê-los e guiá-los corretamente
nos atalhos aonde, presumimos, Ele esteja.
Para aprender,com
eles, na simplicidade de suas vidas despojadas, a lição de não acumularmos tanto
para ser felizes, como eles – com tão pouco – são.
Ansiando pelo
Mundo de Regeneração que nos habilitará a tentames mais altos, primeiro nos
regeneremos ao pé daqueles que temos maltratado e destruído através dos séculos,
doando-lhes, agora, o que já conseguimos amealhar de mais puro e nobre no
decurso de nossas encarnações expiatórias, numa Terra, por enquanto, de
expiações e provas.
Reconciliemo-nos,
humildemente, de joelhos para que a nossa altura se equivalha à deles,
suplicando-lhes desculpas pelas práticas abjetas e desapiedadas de que foram
vítimas por nossos ancestrais, antes de nos predispormos ao recebimento das
bênçãos de um Mundo Novo onde apenas seres renovados merecerão
habitar.
Sem nos
penitenciarmos ante aqueles a quem devemos tanto, curando as feridas que
produzimos em seus corpos e almas, libertando-os de todas as correntes, grades,
arpões, jaulas, anzóis, flechas e armadilhas, inútil será rogar à Divindade pela
própria saúde e a de nossos filhos, porque preces são improfícuas quando
credores batem a porta da consciência, clamando por justiça!
“Doando,
receberemos”, tanto o mal quanto o bem.
Ansiando pelas
dádivas do Céu (quem não as quer?), construamos, aonde devastamos, abrigos para
os animais bebês, doentes ou velhos, abstendo-nos de chupar os seus ossos, de
consumir sua carne e sangue ou vestir sua pele, repartindo com eles, o que já
sabemos de Deus, nosso Pai.
Para que também
eles nos ensinem, em forma de gratidão, o que Ele lhes ministrou no silencio de
seu martirológio, quando expiavam o inferno da escravidão, sonhando com o Céu da
mesma Terra regenerada – a NOSSA.
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