DESVARÍOS DE UM ILUSTRE E INSURGENTE FÍSICO
Stephen Hawking, um dos mais influentes
físicos teóricos desde Einstein, confinado a uma cadeira de rodas por conta de
uma Doença Neuronal Motora (MND), tem asseverado insistentemente que não há a
necessidade de invocar Deus para explicar a existência do Universo. Garante que
“não existe nenhum paraíso e ou vida após a morte.”1 Sob o deslumbramento de sua
inócua inteligência, continuamente negando a vida espiritual, Hawking já admitiu
que tentou o suicídio na década de 1980, quando a doença neurológica comprometeu
suas capacidades de respirar e falar.
Ateu e materialista, Hawking
infelizmente desconhece que o suicida, além de sofrer no mundo espiritual as
dolorosas consequências de seu gesto impensado de revolta diante das leis da
vida, ainda renascerá com todas as sequelas físicas daí resultantes, e terá que
arrostar, novamente, a mesma situação provacional que a sua flácida fé e
distanciamento de Deus não lhe permitiram o êxito existencial. Provavelmente as
atuais restrições físicas do afamado e insurrecto cientista sejam decorrência de
alguns suicídios cometidos em vidas anteriores.
Nós, espíritas, sabemos que o
suicídio é a mais desastrada maneira de fugir das provas ou expiações pelas
quais deve passar o homem. É uma porta falsa em que o indivíduo, julgando
libertar-se de seus males, precipita-se em situação muito pior. Arrojado
violentamente para o além-túmulo, em plena vitalidade física, revive,
intermitentemente, por muito tempo, os acicates de consciência e sensações dos
derradeiros instantes, além de ficar submerso em regiões de penumbras, onde seus
tormentos serão importantes para o sacrossanto aprendizado, flexibilizando-o e
credenciando-o a respeitar a vida com mais empenho.
Sob o guante de
enfermidade que poderia representar um benévolo convite da vida para reflexões
espirituais, o rebelado cientista britânico permanece sob o jugo de ingênua
birra contra as Leis do Criador. Stephen tem apresentado argumentos incoerentes,
defendendo o direito de um paciente terminal optar pela morte assistida
(eutanásia). Expõe o insurgente Hawking que “se alguém tem uma doença terminal e
está sofrendo tem o direito de escolher colocar fim a sua vida.”.2
Ignora o revoltado físico britânico que o médico que pratica a eutanásia não honra o Juramento de Hipócrates, o “Pai da Medicina”, que viveu na Grécia, 460 a.C., e era tido como descendente de Esculápio, o deus da medicina. Seu compromisso de honra é considerado a lei moral maior da arte e da ciência de curar. Sua íntegra, muito pouco conhecida, contém a proibição tácita da eutanásia. Vejamos.
Ignora o revoltado físico britânico que o médico que pratica a eutanásia não honra o Juramento de Hipócrates, o “Pai da Medicina”, que viveu na Grécia, 460 a.C., e era tido como descendente de Esculápio, o deus da medicina. Seu compromisso de honra é considerado a lei moral maior da arte e da ciência de curar. Sua íntegra, muito pouco conhecida, contém a proibição tácita da eutanásia. Vejamos.
“Juro por Apolo, médico, por Asclépios, Hiligéia e Panacéia e tomo
por testemunha todos os deuses e todas as deusas fazer cumprir conforme o meu
poder e a minha razão o juramento cujo texto é este: Aplicarei os regimes, para
o bem dos doentes, segundo o meu saber e a minha razão, nunca para prejudicar ou
fazer mal a quem quer que seja. A ninguém darei, para agradar, remédio mortal
[eutanásia], nem conselho que o induza à destruição.”
Não cabe ao homem, em
circunstância alguma, ou sob qualquer pretexto, o direito de escolher e
deliberar sobre a vida ou a morte de seu próximo, e a eutanásia, essa falsa
piedade, atrapalha a terapêutica divina nos processos redentores da
reabilitação. Os discípulos de Allan Kardec sabem que a agonia prolongada pode
ter finalidade preciosa para a alma e a moléstia incurável pode ser, em verdade,
um grande benefício para o doente. Pois nem sempre conhecemos as reflexões que o
Espírito pode fazer nas convulsões da dor física e os tormentos que lhe podem
ser poupados graças a um relâmpago de arrependimento.
Deste modo, entendamos
e respeitemos a dor como instrutora das almas e, sem vacilações ou indagações
descabidas, amparemos quantos lhe experimentam a presença constrangedora e
educativa, lembrando sempre que a nós compete, tão-somente, o dever de servir,
porquanto a Justiça, em última instância, pertence a Deus, que distribui conosco
o alívio e a aflição, a enfermidade, a vida e a morte, no momento
oportuno.
Jorge Hessen
Referências:
[1] Disponível em http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/stephen-hawking-%E2%80%9Cvida-apos-a-morte-e-um-conto-de-fadas%E2%80%9D acessado em 04/10/2014
[1] Disponível em http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/stephen-hawking-admite-em-entrevista-que-tentou-suicidio%2c09f60cf493447410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html acessado em 01/10/2014
[1] Disponível em http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/stephen-hawking-%E2%80%9Cvida-apos-a-morte-e-um-conto-de-fadas%E2%80%9D acessado em 04/10/2014
[1] Disponível em http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/stephen-hawking-admite-em-entrevista-que-tentou-suicidio%2c09f60cf493447410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html acessado em 01/10/2014