
AMOR E COMPORTAMENTO O treinamento do amor na conduta torna-se indispensável para que se desenvolva e alcance níveis elevados de emoção. O amor não surge concluído, em condições de esparzir suas vibrações em clima de plenitude. É resultado de esforço e conquista de que paulatinamente se enriquece, conseguindo estabelecer fronteiras nas paisagens íntimas do ser humano. É uma força irresistível que necessita ser bem canalizada a fim de produzir os resultados opimos a que se propõe.
Por isso, ninguém pode esperar que surja poderoso, de inopino, arrebatando, ao mesmo tempo felicitando.
Quando assim ocorre, trata-se de impulso inicial da sua manifestação ainda arraigada aos desejos e aspirações pessoais, que anela, pela permuta de interesses imediatistas, longe do significado real que o deve caracterizar. É um empreendimento emocional-espiritual muito específico, que exige o combustivel da ternura e da afabilidade, para poder compreender e desculpar toda vez quando convidado a envolver as pessoas com as quais convive. À medida que se instala no homem e na mulher, altera-lhes o comportamento para melhor, dulcificando-lhes a existência mesmo quando esta se encontra sob os camartelos dos sofrimentos e das dificuldades. Suaviza a aspereza da jornada e contribui em favor da alegria que deve ser preservada, mesmo que a peso de sacrifícios. Desdobra-se na convivência ou não com as pessoas que lhe recebem alento, jamais diminuindo de intensidade por multiplicar-se largamente em todas as direções. O amor é otimista e sempre atuante, contribuindo eficazmente para o comportamento ditoso daquele que o cultiva. Jamais agredindo, estimula os neurônios cerebrais à produção de moléculas propiciatórias à saúde e ao bem-estar, para evitar que os mesmos sejam bombardeados por toxinas procedentes do sentimento de amargura, do ressentimento, da revolta, do ódio... Envolvente, é suave como um amanhecer e poderoso como a força ciclópica da própria vida. Joanna De Ângelis |