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Um crente sincero
na Bondade do Céu, desejando aprender como colaborar na
construção do Reino de Deus, pediu,
certo dia, ao Senhor a graça de
compreender os Propósitos Divinos e saiu
para o campo.
De início,
encontrou-se com o Vento que cantava e o Vento lhe disse:
- Deus mandou que eu ajudasse as
sementeiras e varresse os caminhos, mas
eu gosto também de cantar, embalando os
doentes e as criancinhas.
Em seguida, o
devoto surpreendeu uma Flor que inundava o ar com seu
perfume, e a flor lhe contou:
- Minha missão é
preparar o fruto; entretanto, produzo também o aroma que
perfuma até mesmo os lugares mais
impuros.
Logo após, o homem
estacou ao pé de grande Árvore, que protegia um poço
d'água, cheio de rãs, e a Árvore lhe
falou:
- Confiou-me o
Senhor a tarefa de auxiliar o homem; contudo, creio que
devo amparar igualmente as fontes, os
pássaros e os animais.
O visitante fixou
os feios batráquios e fez um gesto de repulsa, mas a
Árvore continuou:
- Estas rãs são
nossas amigas. Hoje posso ajudá-las, mas depois serei
ajudada por elas, na defesa de minhas
próprias raízes, contra os vermes da
destruição e da morte.
O devoto
compreendeu o ensinamento e seguiu adiante, atingindo uma grande
cerâmica.
Acariciou o Barro
que estava sobre a mesa e o Barro lhe disse:
- Meu trabalho é o
de garantir o solo firme, mas obedeço ao oleiro e
procuro ajudar na residência do homem,
dando forma a tijolos, telhas e
vasos.
Então, o devoto
regressou ao lar e compreendeu que para servir na
edificação do Reino de Deus é preciso
ajudar aos outros, sempre mais, e
realizar, cada dia, algo mais do que
seja justo fazer.
Meimei
Francisco Cândido Xavier
da obra: Pai
Nosso.
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