MANSOS DE CORAÇÃO - EMMANUEL
Quando Jesus proclamou a felicidade nos mansos de
coração, não se propunha,
de certo, exaltar a ociosidade, a hesitação e a
fraqueza.
Muita gente, a pretexto de merecer o elogio
evangélico, foge aos mais altos
deveres da vida e abandona-se à preguiça e à fé
inoperante, acreditando cultivar
a humildade.
O Mestre desejava destacar as almas equilibradas, os
homens compreensivos e
as criaturas de boa vontade que, alcançando o valor do
tempo, sabem plantar o
bem e esperar-lhe a colheita, sem desespero e sem
violência.
A cortesia é o primeiro passo da caridade.
A gentileza é o princípio do amor.
Ninguém precisa, pois, aguardar o futuro, a fim de
possuir a Terra. É possível
orientá-la hoje mesmo, detendo-lhe os favores e
talentos, entre os nossos
semelhantes, cultuando a bondade fraternal.
As melhores oportunidades de cada dia no mundo
pertencem àqueles que
melhores se fazem para quantos lhes rodeiam os passos. E
ninguém se faz
melhor, arremessando pedras de irritação ou espinhos de amargura
na senda
dos companheiros.
A sabedoria é calma e operosa, humilde e
confiante.
O espírito de quem ara a Terra com Jesus compreende
que o pântano pede
socorro, que a planta frágil espera defesa, que o mato
inculto reclama cuidado e
que os detritos do temporal podem ser convertidos em
valioso adubo, no silêncio
do chão.
Se pretendes, pois, a subida evangélica, aprende a
auxiliar sem distinção.
A pretexto de venerar a verdade, não aniquiles as
promessas do amor. Abraça o
teu roteiro, com a alegria de quem trabalha por
fidelidade ao Sumo Bem,
estendendo a graça da esperança, a benefício de todos,
e, um dia, todos os que
te cercam e te acompanham entoarão o cântico de
bem-aventurança que o teu
coração escreveu e compôs nos teus atos, aparentemente pequenos de
fraternidade e sacrifício, em favor dos outros, em tua jornada de ascensão à
DIVINA LUZ
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