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EM MEMÓRIA DO MEU FILHO











ESTE SITE FOI CRIADO EM MEMÓRIA DO
QUERIDO FILHO ÉLISON, QUE
DESENCARNOU HÁ DEZ MESES.
*************
A VOCÊ , MEU ANJO, O ETERNO AMOR DE SUA
MÃE.
***************
QUE OS AMIGOS BENFEITORES POSSAM
AJUDÁ-LO
RECONHECER A PÁTRIA DE ONDE PARTISTES,
E PARA A QUAL AGORA RETORNAS.
MUITA PAZ, MUITA LUZ, MUITO AMOR, MUITA ALEGRIA,
E PRINCIPALMENTE, MEU FILHO AMADO...
MUITA GRATIDÃO À DEUS, NOSSO PAI !!!!
MUITA PAZ !!!
TU, MEU FILHO
POEMA - ACRÓSTICO QUE ESCREVI
AO MEU FILHO QUANDO
CONTAVA COM
OITO MESES
18/04/2012

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terça-feira, 19 de maio de 2015

DO MUNDO VIRTUAL AO ESPIRITUAL - FREI BETTO



DO MUNDO VIRTUAL AO ESPIRITUAL - FREI BETTO



Ao viajar pelo Oriente, mantive contatos com monges do Tibete, da Mongólia, do Japão e da China. Eram homens serenos, comedidos, recolhidos e em paz nos seus mantos cor de açafrão. Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de espera cheia de executivos com telefones celulares, preocupados, ansiosos, geralmente comendo mais doque deviam. Com certeza, já haviam tomado café da manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia um outro café, todos comiam vorazmente. Aquilo me fez refletir: “Qual dos dois modelos produz felicidade?”



Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: “Não foi à aula?” Ela respondeu: “Não, tenho aula à tarde”. Comemorei: “Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir até mais tarde”. “Não”, retrucou ela, “tenho tanta coisa de manhã...” “Que tanta coisa?”, perguntei. “Aulas de inglês, de balé, de pintura, piscina”, e começou a elencar seu programa de garota robotizada. Fiquei pensando: “Que pena, a Daniela não disse: Tenho aula de meditação!”



Estamos construindo super-homens e super mulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados.



Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias! Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: “Como estava o defunto?”. “Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!”



Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa?



Hoje, a palavra é virtualidade. Tudo é virtual. Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizinho de prédio ou de quadra! Tudo é virtual. Somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. E somos também eticamente virtuais...



A palavra hoje é 'entretenimento'; domingo, então, é o dia nacional da imbecilização coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela. Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: “Se tomar este refrigerante, vestir este tênis, usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!” O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose.



O grande desafio é começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor. Aliás, para uma boa saúde mental três requisitos são indispensáveis: amizades, autoestima, ausência de estresse.

Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping-center. É curioso: a maioria dos shoppings-centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingo. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas...



Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas. Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Deve-se passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno... Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do Mc Donald...



Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: “Estou apenas fazendo um passeio socrático.” Diante de seus olhares espantados, explico: “Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia: *Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz !"*



Carlos Alberto Libânio Christo (Frei Betto)

sexta-feira, 15 de maio de 2015

CARTA DO DR. BEZERRA DE MENEZES A EDGARD ARMOND



CARTA DO DR. BEZERRA DE MENEZES A
EDGARD ARMOND
Mensagem de Bezerra de Menezes para Edgard Armond (em 12 de maio de 1958) na qual revela como a Federação Espírita do Estado de São Paulo (FEESP)era organizada no Plano Espiritual


"Meu caro amigo Armond.

Em nosso trabalho comum, que é este que se realiza na Federação como administradores que somos de uma grande instituição de amparo e socorro em várias finalidades, é-nos agradável trazer-vos notícias sobre os reflexos que adquire o nosso esforço conjugado entre os beneficiados que procuram o nosso ambiente, na maioria das vezes em desespero de causa.

Em nosso esforço sempre crescente e constante (pois só assim poderia ser) a nossa casa ganha o aspecto de um departamento de altas esferas espirituais, onde a atividade em prol da causa justa traz um amplo desenvolvimento, tarefa empreendida em nome do Mestre.

Quando o momento soou para ti e foste quase que jogado dentro desta Casa, então pequena e quase agonizante, nós confiávamos em tua boa vontade e esforço; conhecíamos tua fibra e sabíamos que não nos decepcionaríamos; mas mesmo assim ficamos surpresos ao verificar como assimilavas em toda plenitude as forças divinas que dia após dia jorravam sobre ti.

Batalhamos ao teu lado com o mesmo entusiasmo anos e anos; depositamos o elemento humano ao teu dispor para que num esforço conjugado tudo fosse levado a bom termo; alguns ficaram, outros lá se foram, demandando na mesma causa a outras casas ou desistiram fracassando fragorosamente, para tristeza nossa.

Após todos esses anos que correram céleres e que trouxeram para nós do plano espiritual alegria e conforto e a ti o cansaço das células, eu te convido, querido amigo a estacares agora por um minuto apenas...

Forneço-te o lenço para que possas enxugar o suor da fronte e aponto-te o passado distante para que observes a multidão que beneficiaste e que seguem teus passos, abençoando a estrada ainda a palmilhar.

Nesta conversa de amigos talvez estranhes minha atitude; não venho de modo algum incentivar a tua vaidade, pelo contrário, trago-lhe forças para o prosseguimento da tarefa.

A equipe de trabalhadores encarnados é agora excelente e o selecionamento feito por nós indica que a tua confiança pode repousar no esforço desses amigos abnegados que colaboram contigo.

Toda esta nossa conversa é para que também digamos o seguinte, meu querido amigo, agora mais do que nunca de mãos entrelaçadas te fazemos saber que a tarefa, após tantos anos de articulação, está apenas iniciada; as realizações maiores, em seu início como estão, demandam agora maior esforço nosso e, se antes confiávamos em ti, maior confiança temos agora.

E nesta parada que fizemos eu te digo, toma alento, prossigamos, porque a estrada está ainda longe do seu final; adiante, numa curva promissora e iluminada, encontrará ainda por realizar um trabalho muito grande; talvez coroa para teus esforços, e lágrimas de alegria para teu coração.

Como administradores espirituais desta Casa estamos apreciando naturalmente todos os vossos movimentos crescentes. Nada mais justo, pois, que tragamos notícias das atividades espirituais que se realizam sobre este teto.

A Casa cresceu à medida que aumentava a vossa necessidade. Se nesse plano que habitais o aumento de paredes depende de uma série de circunstâncias complexas, para nós não existem dificuldades nesse setor. Assim sendo, poderás imaginar a extensão de espaço que se estende sobre a vossa Casa Espiritual.

Circundada por vários prédios pertencentes a agremiações e fraternidades aliadas diretamente ao vosso trabalho, esses prédios formam um conjunto harmonioso dotado de grande atividade.

Sobre a própria Federação temos a sede principal onde se encontra o setor administrativo que possui 4 pavimentos edificados sobre uma área de mais de 5 mil metros quadrados.
 
 
 
No primeiro pavimento, pela necessidade do entrosamento do trabalho, estão instalados departamentos administrativos para setores de atividades das agremiações a que nos referimos.

No segundo, estão os fichados completos dos freqüentadores da Casa.

Para cada irmão encarnado que busca essa Casa (levados por amigos espirituais na maioria das vezes) é feita uma ficha completa, a qual constam os antecedentes a essa existência, as dificuldades a que deveremos vencer e o auxílio que poderemos prestar, sempre naturalmente considerando a lei da causa.

Não tendo em nosso plano a burocracia dos vossos departamentos assistenciais da Terra, atendemos com rapidez e igualdade a todos os elementos encarnados que nos buscam.

Promovem-se todos os benefícios possíveis, inclusive o bem-estar, material e os encaminhamos, de acordo com a boa vontade que se manifestarem, a vários setores de trabalho e são todos conduzidos pela mão até o ponto que achamos útil ou necessário.

Nesse mesmo segundo pavimento estão tidas as fichas dos colaboradores encarnados diretamente ligados a Casa.

Este trabalho obedece a uma rotina diferente. Em noites determinadas para cada setor de tarefa, recebemos a visita obrigatória desses irmãos que vêm marcar nas fichas que lhes são fornecidas sua própria produção, tanto no que concerne ao serviço em si mesmo como aos progressos realizados no foro íntimo. Somos exigentes em relação a esses irmãos.

Após a marcação a ficha é levada a encarregados que semanalmente fazem o balanço do desenvolvimento espiritual de cada um, marcando na ficha os respectivos déficits. Ao tomarem conhecimento de tais déficits os colaboradores terão que se esforçar para corrigi-los, e a alternativa é ou saldá-los ou aumentá-los se houver negligência.

Tudo nessas fichas é pesado, medido e assentado, pois exigimos elementos cada vez melhores para colaborar conosco e, além disso, é necessário que também cumpra a tarefa que trouxeram ao encarnar. Como sabes, alguns a realizam brilhantemente enquanto outros deixam muito a desejar, mesmo quando colaboradores nossos.

Continuando a percorrer esse pavimento, temos outra sala onde se deposita nossa maior esperança e especial carinho: os arquivos dos Aprendizes do Evangelho em seus diversos graus.

Devotamo-lhes todo nosso carinho porque nos procuraram espontaneamente, aspirando realmente o discipulado.

Por isso seguimos bem de perto um a um anotando a movimentação de suas atividades principalmente no campo da melhoria íntima.


Ao ingressar na Escola estes irmãos, são chamados ao nosso Departamento os Espíritos que os acompanham desde o nascimento e são fornecidas instruções para que recebam o mais amplo auxílio para que cada um receba de nossa parte o mais completo apoio na tarefa espiritual, porém mesmo recebendo tal apoio não quer dizer que haja sucesso completo para todos. De acordo com a sua maneira de agir, o aprendiz prossegue triunfante ou estaciona na morbidez da personalidade ou algumas vezes mesmo abandona o campo em plena luta. Quando se fazem os exames espirituais periódicos, já as fichas respectivas se encontram preenchidas com a respectiva classificação, não fazendo os médiuns mais do que receber e transmitir informações nossas.


Proporcionamos pois aos aprendizes as tarefas necessárias e felizes os vemos se engrandecerem dia a dia aos olhos do Mestre.

Porém fazemos uma distinção. Ao alcançar o aprendiz o grau máximo que é a Fraternidade dos Discípulos, cessa nosso auxilio, porque o irmão encarnado já está cônscio de suas responsabilidades e precisa, com sua conduta, conscientemente, fazer jus à sua situação e iniciar seu programa de ação do campo evangélico em suas mais variadas atividades. O irmão que assim não procede continua no curso como elemento da Fraternidade, mas sua ficha é retirada do nosso arquivo, como folha morta, para que o seu lugar seja ocupado por outro elemento de maior boa vontade. 

A Escola de Médiuns recebe também idêntica atenção e carinho; sentimos apenas ser este setor bastante instável, diariamente procurado por muitos e diariamente abandonado por muitos que, não conseguindo logo o seu intento - que é o desenvolvimento de faculdades mediúnicas - esmorecem aos primeiros obstáculos. Este setor está afeto aos irmãos egípcios e hindus que a ele se devotam dedicadamente.



 Acima, no terceiro pavimento, temos em toda sua extensão salões de reuniões onde, de acordo com os programas, são proferidas conferências e exortações evangélicas aos Espíritos já escolhidos e que no abandono do corpo físico durante o sono privam conosco em palestras agradáveis de onde saem fortalecidos e revigorados.

No último pavimento temos os mais variadoscentros de estudos psíquicos, onde são selecionados por nós quem recebe o amparo e os esclarecimentos necessários para o prosseguimento de suas tarefas elevadas.


Os demais prédios que nos circundam são de auxílio aos encarnados que para aqui também são trazidos à noite para tratamento de seus perispíritos e de seus males.

Quanto aos irmãos atendidos em trabalhos de cura especializados, passam também por estágios nessas dependências. Sobre o setor de curas falaremos mais tarde pormenorizadamente.

Nas dependências de outros prédios, como o da Fraternidade dos Filhos do Deserto, está o setor especializado das curas de obsediados. E os obsessores são detidos ali por muito tempo para receber necessário esclarecimento.

Trabalhando ativamente junto à Fraternidade da Rosa Mística de Nazareth temosMeimei, que realiza grandioso trabalho junto às crianças e se esmera na assistência à gestante necessitada de amparo moral e material.

Isto tudo te dissemos, querido Armond, num relato sumário sem poder nos estender dada a exigüidade do tempo mediúnico para que aquilates sobre o que repousa tua cabeça. Continua, pois, firme e serenamente com os olhos fitos no Mestre. Vamos ampliar cada vez mais os nossos setores de atividades conjunta. Prosseguindo tu, prosseguiremos também, declinando tu, declinaremos também, pois nossas atividades decorrem uma da outra.

Os problemas mais urgentes que são os de espaço e de recursos serão logo providos.

O que necessitas é continuar realizando sem parar.

Terás a nossa ampla solidariedade em todas as tuas execuções desde que estejam no programa de socorro e amparo.

Que Jesus permita que continuemos até o fim de tua jornada, sempre juntos.

Bezerra." 


Fonte: Livro "No Tempo do Comandante - Edgard Armond e o Espiritismo em Época de Revolução", p. 297 a 300. Ed. Radhu.


Autor: Edelso da Silva Junior

segunda-feira, 11 de maio de 2015

O ABRAÇO DO DR. BEZERRA - TEXTO E PPS



O ABRAÇO DO DR. BEZERRA
 

  • 1. Um Abraço, em nome de Deus, faz maravilhas!
  • 2. Bezerra de Menezes acabava de presidir a uma das sessões públicas da Casa de Ismael, na Avenida Passos. Era uma noite de terça-feira do mês de junho de 1896. Sua palavra esclarecida e carinhosa, à moda de uma chuva fina e criadeira, no dizer de M. Quintão, penetrava as almas de quantos encarnados e desencarnados, lhe ouviam a evangélica dissertação sobre uma Lição do “Livro da Vida”!
  • 3. Os olhos estavam marejados de lágrimas, tanto de ouvintes como os do próprio orador. Acabada a sessão, descera Bezerra com passos tardos, ainda emocionado, as escadas da Federação Espírita Brasileira. E ia, humildemente, indagando dos mais íntimos, se ferira alguém com sua palavra, que lhe perdoassem o descuido e ia descendo e afagando a todos que o esperavam ávidos dos seus conselhos, dos seus sorrisos, do seu olhar manso e bom.
  • 4. No sucedâneo da escada, localizou um irmão, de seus 45 anos, cabelos em desalinho, com a roupa suja e amarrotada. Os dois se olharam. Bezerra compreendeu logo que ali estava um caso, todo particular, para ele resolver. Oh! Benditos os que têm olhos no coração! E Bezerra os tinha e os tem! E levou o desconhecido para um canto e lhe ouviu, com atenção, o desabafo, o 


  • pedido:
  • 5. - Dr. Bezerra, estou sem emprego, com a mulher e dois filhos doentes e famintos... E eu mesmo, como vê, estou sem alimento e febril! Bezerra, apiedado, verificou se ainda tinha algum dinheiro. Nada encontrou nos bolsos. Apenas a passagem do bonde... Tornou-se mais apiedado e apreensivo. Levantou os olhos já molhados de pranto para o Alto e, numa prece muda, pediu inspiração a seu anjo tutelar e solucionador de seus problemas. Depois, virando-se para o irmão:
  • 6. -Meu filho, você tem fé em Deus? - Tenho e muita Dr. Bezerra! - Pois, então, em seu santíssimo nome, receba este abraço. E abraçou o desesperado irmão, envolvente e demoradamente. E, despedindo-se: - Vá, meu filho, na paz de Jesus e sob a proteção do Anjo da Humanidade. E, em seu lar, faça o mesmo com todos os seus familiares, abraçando-os, afagando-os. E confie no amor de Deus, que seu caso há de ser resolvido.
  • 7. Bezerra partira. A caminho do lar, meditava: teria cumprido seu dever, será que possibilitara ajuda ao irmão em prova, faminto e doente? E arrependia-se por não lhe haver dado senão um abraço. Não possuía nenhum dinheiro. O próprio anel de grau já não estava nos seus dedos. Tudo havia dado. Não tendo dinheiro, dera algo de si mesmo, vibrações, bom ânimo, moeda da alma, ao irmão sofredor e não tinha certeza de que isso lhe bastara... E, neste estado de espírito, preocupado pela sorte de um seu semelhante, chegou ao lar.
  • 8. Uma semana se passara. Bezerra não se recordava mais do sucedido Muitos eram os problemas alheios. Após a sessão de outra terça-feira, descia as escadas da Federação. Alguém, no mesmo lugar da escada, trazendo na fisionomia toda a emoção do agradecimento, toca-lhe o braço e lhe diz: - Venho agradecer-lhe, Dr. Bezerra, o abraço milagroso que me deu na semana passada, neste local e nesta mesma hora. Daqui saí logo sentindo-me melhor. Em casa, cumpri seu pedido e abracei minha mulher e meus filhos. Na linguagem do coração, oramos todos a Deus. Na água que bebemos e demos aos familiares, parece, continha alimento. Pois dormimos todos bem.
  • 9. No dia seguinte, estávamos sem febre e como que alimentados... E veio-me uma inspiração, guiando-me a uma porta que se abriu e alguém por ela saiu, ouviu meu problema, condoeu-se de mim e me deu um emprego, no qual estou até hoje. E venho lhe agradecer a grande dádiva que o senhor me deu, arrancada de si mesmo, maior e melhor do que dinheiro! O ambiente era tocante! Lágrimas caíam tanto dos olhos de Bezerra como do irmão beneficiado e desconhecido. E uma prece muda, de dois corações unidos, numa mesma força gratulatória, subiu aos céus, louvando aquele que é, em verdade, a porta de nossas esperanças, o advogado querido de todas as nossas causas!
  • 10. Louvado seja o nome de Deus! E abençoado seja o nome de quem, em seu nome, num abraço, fez maravilhas, a verdadeira caridade desconhecida!
  • 11. Livro: “Lindos Casos de Bezerra de Menezes”, de Ramiro Gama. Música: Quanta Luz Montagem de RO – Blumenau/SC [email_address]

CLIQUE ABAIXO E VÁ PARA A PÁGINA E VEJA O PPS EM TELA CHEIA
http://pt.slideshare.net/AndySans2008/o-abrao-de-dr-bezerra-presentation?related=1








Amor,Perdas E Saudade - Texto e PPS



  • Amor,Perdas E Saudade

  •  
  •  
  • 2. MENSAGEM SOBRE AMOR,PERDAS E SAUDADE.
  • Falar em perdas é falar em solidão,tristeza,desesperança,medo.
  • Quando digo perdas,não estou me referindo apenas aos que morrem,mas a todos que de alguma forma,
  • nos deixam prematuramente antes que estejamos preparados.
  • 3. Um amigo, que se muda para longe,um namoro interrompido,e até mesmo um ente querido que se vai ,
  • sempre provoca em nós uma sensação de vazio. E por que isso? Por que sofremos tanto mesmo sabendo
  • que estas perdas ou partidas inesperadas são inerentes a vida e que, por tanto,não podemos controlá-las?
  • 4. Não saberia responder com precisão a pergunta anterior,mas o que me parece mais coerente,é que
  • nunca estaremos prontos para nos acostumarmos com a falta dos que amamos.
  • Por mais que saibamos que a qualquer instante eles nos faltarão,temos sempre a predisposição em
  • acreditarmos que quem nos ama nunca nos trairia,nos privando de seu afeto,carinho e amor.
  • 5. Ledo engano . São justamente àqueles que amamos que mais nos machucam com suas partidas inesperadas.
  • Vão-se sem aviso prévio e nos levam a felicidade,a Fé na vida,o equilíbrio .
  • 6. Que fazer então? Não amarmos? Não nos permitirmos gostar de alguem pelo simples fato
  • de que seremos mais cedo ou mais tarde deixados para trás na vida,entregues às nossas
  • angústias e remorsos por não termos dito tudo ou feito o suficiente por eles?
  • 7. Creio que não. Se há algo na vida que mais nos trás felicidade é sabermos que
  • somos queridos e não seria honesto nos privarmos de tal sentimento por covardia.
  • 8. Um amor de pai e mãe, o carinho de um amigo ou afeto de uma relação a dois deve sempre
  • se sobrepujar ao medo da perda. Por que ela é inevitável; o sentimento, não
  • .Deve ser exercitado todos os dias de nossas breves vidas.
  • 9. Ele é o que nos move,nos dá o chão para que possamos caminhar pela vida com
  • a certeza de que,haja o que houver,teremos sempre alguém com quem contar,que nos
  • apoiará mesmo nos momentos em que não tenhamos razão.
  • 10. Esta,meus amigos,deve ser a maior lição deixada pelos que partem sem nos avisar:
  • Lembra-nos que devemos sempre curtir àqueles a quem amamos ,com intensidade
  • proporcional a brevidade de uma vida.
  • 11. Por que ,quando nos faltarem,saberemos que amamos e fomos amados,
  • que demos e recebemos todo carinho esperado,que construímos um sentimento que nenhuma perda poderá apagar.
  • Este sentimento transcede o espaço e o tempo,não se limita ao contato físico.
  • 12. Torna-se parte de nós,impregnado em nosso espírito ou nossa alma,nos confortando nos
  • dias difíceis,sendo cúmplices de nossa conduta,nos fazendo eternamente amados.
  • 13. Que perdoem os físicos,mas neste caso,acredito sim que dois corpos podem ocupar o mesmo lugar no espaço.
  • Basta que permitamos sentir a presença dos que amamos dentro de nós,como se fossem
  • parte de nosso espírito,ou de nossa alma.Só assim seremos inteiros.
  • 14. Àqueles que Amamos,nunca MORREM, APENAS PARTEM ANTES DE NÓS !!!
  • 15. Música *André Rieu--- IL Silenzio Texto de * Amado N. Imagem * Internet Formatação
  • * Carlos Roberto 27/06/2010 [email_address] Comunidade Paz Amor e
  • Fraternidade Mensagens em PPs para reflexão,e orações,preces e entretenimentos...

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http://pt.slideshare.net/cardosinhobp/amorperdas-e-saudade?related=1




 







sábado, 9 de maio de 2015

UMA NOITE NO CENTRO ESPÍRITA



UMA NOITE NO CENTRO ESPÍRITA
Posted: 07 May 2015 03:30 AM PDT
O autor relata como se desenrolavam as atividades de um centro espírita pela madrugada sob a ótica espiritual…
Quem, pela ótica espiritual, pudesse vislumbrar o prédio onde se realizavam os trabalhos assistenciais à luz da doutrina cristã codificada por Allan Kardec, certamente se sentiria admirado pela intensidade das tarefas ali desenvolvidas.
Se durante o trabalho rotineiro de atendimento das necessidades dos encarnados a instituição era de porte reduzido comparada às igrejas de outras religiões, no plano do mundo invisível era verdadeira colmeia de atendimentos variados.

Núcleo luminoso, que guardava o recurso da Esperança pela vivência e difusão da Boa Nova, era nele que inumeráveis entidades espirituais encontravam o consolo da compreensão de suas novas realidades ao regressarem da vida física ao mundo da Verdade.

A atmosfera de intensa vibração no Bem atraía, qual foco luminoso procurado por seres noturnos, uma verdadeira romaria de espíritos confundidos, desarvorados, cansados de lutar em uma dimensão tão estranha, para a qual não se haviam preparado. Carregavam as marcas perispirituais de uma vida dissoluta, de gastos energéticos em atitudes de baixo padrão, de ideias fixas de caráter obsidiante.
Era o triste cortejo dos iludidos da Terra, agora defronta, dos por uma realidade insofismável, aquela que se estampava não somente aos seus olhos, mas representava o próprio ar que respiravam.
Por outro lado, havia as entidades violentas, que viam a instituição como perigoso enclave no reino das sombras. Junto aos homens, tais espíritos lutavam para manter e governar, o que lhes rendiam constantes ataques diretos ou disfarçados, exigindo dos responsáveis espirituais o zelo vigilante, as atitudes defensivas com as quais garantiam a integralidade vibratória da instituição.
Por se tratar de uma casa religiosa séria, com seus objetivos lastreados no bem desinteressado de todos quantos ali chegassem, havia construído ao longo dos anos uma atmosfera protetora que, qual escudo de forças enobrecidas, a envolvia por completo, tanto quanto aos que nela trabalhavam, durante os períodos de atividade que desempenhavam em seu interior.
Assim, muitas entidades perseguidoras deixavam o contato direto de seus perseguidos por se recusarem a acompanhá-los aos trabalhos benemerentes que, devotados e decididos, realizavam em favor dos aflitos. Não lhes restava, então, outra opção a não ser a de permanecerem nos limites vibratórios exteriores, no aguardo do regresso de suas vítimas encarnadas.
Além disso, várias caravanas de espíritos enobrecidos no Bem partiam daquele núcleo e se endereçavam a todos os lados, levando socorro a diversos lares e a inumeráveis pessoas cujos pensamentos ou solicitações eram captados, tendo seus casos encaminhados e os tratamentos realizados pelos invisíveis servidores do Bem mais próximos de suas necessidades.
Amplo centro de comunicações interligava a instituição religiosa terrena aos níveis espirituais superiores aos quais se vinculava de tal maneira que, partida da Terra, uma oração sincera que chegasse aos páramos astrais era recebida, avaliada pelo serviço de triagem específico e, muitas vezes, remetida àquele centro espírita para que seus dirigentes atendessem aos reclamos ou às dores de seu emissor, caso ele se localizasse na região que lhe correspondia atender.
Desta forma, o serviço de comunicações espirituais era uma verdadeira usina de trabalho a interligar os planos superiores e inferiores numa rede de mensagens instantâneas, documentos complexos, fichas de serviço e de méritos, ensejando os diversos tipos de atendimento daí decorrentes e, por isso, a formação de equipes variadas para levar os recursos aos muitos que necessitavam de alento.
Isso tudo sem se falar das que, reunindo coragem e devotamento, se embrenhavam além, excursionando pelas regiões mais densas em busca dos aflitos e rebeldes, dos vingadores empedernidos, das entidades que se haviam cristalizado no ódio contra os que lhes haviam sido algozes do passado, tentando levar-lhes gotas de compaixão, carinho e amizade para ver se logravam diluir neles o mal ou o ódio arraigado.
Tais caravaneiros eram mensageiros de paz endereçando-se aos campos de conflito, verdadeiros padioleiros que se arrastavam por entre os petardos mentais de ódio para acender um raio de luz ao coração das vítimas e agressores, misturados numa grande pasta de alucinação e crime.
O núcleo central de todas estas tarefas se localizava na instituição física, na qual os trabalhadores encarnados eram a pequena parte visível, como se uma imensa pirâmide invisível colocada de pernas para o ar tivesse apenas o seu vértice principal a tocar a Terra materialmente, sustentando as arestas invisíveis que se abriam na direção do Céu como um gigantesco guarda-chuva invertido.
Pequeno ponto materializado no mundo físico a servir de apoio para toda a imensa estrutura invisível que se erguia no rumo da Vida Verdadeira.
As lições do Evangelho, nos estudos rotineiros ou nas palestras públicas se transformavam em pregações majestosas, nas quais não se ouviam apenas os ensinos que brotavam da boca de algum orador ou expositor de boa vontade. Junto dele, mentores espirituais dirigiam ensinamentos aos diversos núcleos de trabalho que mantinham ligações específicas para ajudarem, de acordo com as necessidades coletivas mais marcantes, no desempenho de suas tarefas específicas.
De igual sorte, os grupos de apoio à mediunidade construtiva assemelhavam-se a poderosa usina de forças na qual os elementos magnéticos, ativados nos corpos físicos e espirituais, favoreceriam a ocorrência de um sem número de fenômenos importantes para o esclarecimento das sofridas entidades, ainda quase tão materializadas no pensamento quanto à época em que ostentavam um corpo carnal.
Grande número de entidades desencarnadas não tinha noção de seu estado nem das condições de seu corpo perispiritual. Por isso, exigiam de seus tutores e enfermeiros esforços intensos para que recuperassem a lucidez ou compreendessem um pouco das realidades novas, no que eram muito ajudadas pelos processos da mediunidade.
Vários imaginavam ter enlouquecido ou se acreditavam, sob algum tipo de alucinação. Outros negavam a evidência do decesso orgânico, agarrando-se à esperança de ainda pertencerem ao mundo material, falando para si mesmos que se encontravam no meio de um pesadelo do qual acabariam por acordar a qualquer momento, isso sem falar-se dos que se impregnavam de ideias fixas, criando cenários mentais nos quais se encarceravam, revivendo as cenas do pretérito com tal vivacidade que, para eles, tudo continuava como antes.
A presença de tais entidades naquele núcleo de forças avançadas facilitaria sobremaneira o despertamento adequado de suas sensibilidades, graças ao contato direto com os fluidos vitais dos próprios encarnados como médiuns no trabalho da psicofonia, da psicografia, da doação de fluidos magnéticos, todos servidores devotados nas diversas modalidades de trabalho ali existentes.
Muitas eram consoladas pela mensagem evangélica que escutavam na palestra. As que não o conseguiam, eram atendidas nas diversas atividades mediúnicas, ora pela aproximação pessoal junto de algum médium disponível, ora pela participação em grupos identificados pelas necessidades comuns que escutariam a conversação de um de seus membros através de um dos medianeiros, num processo de esclarecimento coletivo. Outros necessitavam da enfermagem fluídica, valendo-se os trabalhadores do mundo invisível dos eflúvios corporais dos encarnados presentes para a plasmagem de medicações e visualizações adequadas a cada caso.
Mentores de diversas hierarquias atendiam nas variadas áreas de necessidades específicas.
Espíritos de variadas religiões também operavam nas frentes de serviço ali congregadas, tanto no auxílio de entidades que comungavam da mesma fé que eles quanto amparando os lares de seus antigos correligionários encarnados, procurando diminuir-lhes as agonias e, quem sabe, encaminhá-los ao descobrimento das leis espirituais, entendidas estas de maneira nobre e elevada.
Uma perfeita união de objetivos se observava entre todas elas, já que se tratava de Espíritos que se irmanavam com base nos princípios universais que regulam todas as manifestações religiosas existentes no mundo dos homens e que, albergados naquele grande hospital, tudo faziam para auxiliar os espíritos que se mantinham arraigados a preconceitos religiosos ou a condutas estáticas e ritualísticas, tentando ajudá-los a que se abrissem para a verdadeira essência das coisas.
Por esse motivo, lá se encontravam trabalhando em harmonia, além das entidades que já haviam abraçado a fé espírita, inúmeros sacerdotes e freiras católicas, variados membros das igrejas reformadas, pastores, diáconos, membros evangélicos transformados pela luz da Verdadeira Fraternidade, monges budistas, xintoístas, membros de diversas correntes esotéricas, todos submetidos à disciplina amorosa do governo espiritual da instituição, à qual se filiavam por desejo sincero deles próprios, depois de terem compreendido a irracionalidade de todo partidarismo em matéria religiosa. Muitos deles, como espíritos desencarnados, haviam reencontrado a lucidez ali mesmo, ajudados por outros irmãos que os trouxeram da insensatez à compreensão sob aquele teto.
Equipes de médicos espirituais auscultavam os encarnados e os medicavam eficazmente durante as preleções evangélicas a que assistiam, muita vez com o descaso dos que se mantinham ali somente com o corpo, dirigindo o pensamento para as torpezas do mundo ou para as competições e disputas materiais nas quais se envolviam.
Enfermeiros medicavam de acordo com as prescrições médicas além de cuidarem dos ferimentos e lesões perispirituais que os encarnados traziam na sua atmosfera magnética, decorrentes dos pensamentos negativos, das obsessões de longo curso ou próprios do afastamento de entidades aflitas, cujos tentáculos energéticos haviam sido cuidadosamente retirados dos centros nervosos e de outros plexos orgânicos. Espíritos farmacêuticos manipulavam os princípios da natureza em laboratório intrincado, de onde eram retiradas as energias reequilibrantes para serem aplicadas sobre os núcleos físicos visando a resposta rápida do cosmo orgânico, nos tratamentos urgentes. Cirurgiões especializados atendiam aos diversos problemas específicos com a medicina espiritual que praticavam, baseada no amor e no respeito às necessidades de cada doente, garantindo, sempre que possível, a ação da Misericórdia sobre os imperativos da Justiça.
Técnicos manipuladores de energias sutis transferiam recursos medicamentosos ao líquido cristalino disponível no local para uso dos que o desejassem tanto quanto os espalhavam sobre as inúmeras garrafas de água que ficavam em mesa reservada para esse fim, segundo as necessidades particulares de cada um de seus portadores.
Entidades femininas, doces e generosas quais madonas saídas de quadros clássicos, atendiam carinhosamente os espíritos infantis necessitados de mãezinhas improvisadas, cuidando de suas carências e servindo, temporariamente, de mães amorosas, consolando-os pela falta dos pais ainda retidos nos ambientes terrenos.
E nesse efervescente turbilhão de trabalho amoroso, Alberto e outros médiuns da casa, durante os horários de repouso do corpo, tinham tarefas garantidas, no exercício da mediunidade, servindo como pontes entre as entidades pouco conscientes de seus estados de desequilíbrio e a carinhosa orientação de espíritos amigos, verdadeiros psicólogos da alma, a ajudá-los na descoberta de novos rumos, pela modificação das próprias inclinações inferiores, saindo do triste círculo vicioso que lhes garantia penúrias e angústias incessantes.
Alberto servia, dessa forma, tanto de canal de socorro para entidades de pequeníssima lucidez que se justapunham à sua organização perispiritual, como de alto-falante aberto à manifestação enobrecedora de vários mentores espirituais que não seriam ouvidos nem visualizados por grande parte dessas almas a não ser pela utilização de médiuns ali disponíveis evitando o gasto desnecessário de energias nos trabalhos da condensação ecotoplásmica.
Vasta organização hospitalar de emergência se erguia acima do núcleo físico da instituição, com amplíssimos corredores e quartos onde eram socorridas as dores variadas de uma infinidade de entidades resgatadas pelos diversos atendimentos ali realizados. Organizada em níveis específicos, cada um deles se destinava a um padrão de espíritos sofredores, mantidos nos ambientes que mais se adequassem às suas necessidades. Alguns precisavam estar em quartos sem muita iluminação, mais semelhantes às cavernas ou tocas de onde haviam sido retirados, não estranhando, assim, a nova hospedagem nem se opondo ao auxílio de que se viam objeto.
No entanto, com tal miríade de responsabilidades, tal instituição era apenas um pequeno pronto socorro no nível das dores humanas, recolhendo como um gigantesco aspirador de partículas doentes as entidades que assim o desejassem, que o merecessem ou que tivessem sido para lá encaminhadas pelas determinações da Justiça Suprema para receberem os cuidados da enfermagem de emergência e o encaminhamento de cada uma delas aos destinos evolutivos de que careciam.
Não se tratava, pois, de uma pousada definitiva.
Era estalagem na longa estrada da evolução, garantindo a passagem para outros níveis onde continuariam os tratamentos adequados a cada caso.
Por essa circunstância, o centro espírita também era um grande núcleo de transportes, como se fosse um terminal de passageiros a enviar e receber viajantes, garantindo-lhes a serenidade e as melhores condições de acesso para chegarem aos seus destinos específicos.
Naturalmente que nem todas as instituições espiritas existentes na superfície da Terra haviam conseguido atingir um tal grau de eficiência nas tarefas desenvolvidas. No entanto, se isso não acontecia, não era por falta de apoio dos espíritos amigos que tanto se esmeravam para conseguir melhorar as condições do atendimento. Invariavelmente, todas as vezes em que não se logra a eficiência maior dos serviços, isso se deve às deficiências da equipagem encarnada, trabalhadores preguiçosos ou indóceis, imaturos, vaidosos, disputadores e discutidores, atormentados por cargos, orgulhosos e falsos, dificultando a harmonia vibratória do ambiente e, por tais motivos, transformando-se em pedras de tropeço para a melhor eficiência dos atendimentos.
Entidades amigas se esforçam para corrigi-los estendendo o amparo dos conselhos durante o descanso do corpo carnal, com elucidações, orientações e estímulos para superação de complexos, tudo fazendo para que despertem para as volumosas responsabilidades de serviço a que estão se vinculando. E quando todas estas medidas não são suficientes para modificar o panorama interno da instituição, cuja taxa de conflitos mentais venha a prejudicar a qualidade dos atendimentos espirituais em decorrência da rebeldia ou da invigilância mental de alguns de seus trabalhadores, os espíritos amigos tratam de afastá-los da obra, de maneira sutil e espontânea, de forma que, levando embora seus descontentamentos, dali também retiram a fonte de desequilíbrios, deixando de ser torpedos humanos a serviço de entidades inferiores que visam prejudicar a obra do Cristo que lá se realize.
Somente após o afastamento dos rebeldes, dos insinceros, dos viciosos, perniciosos elementos para o avanço da tarefa é que os dirigentes espirituais podem promover a aceleração das atividades dentro dos rumos previstos.
Enquanto não se logra tal reforma, a instituição patina na mesmice e na falta de idealismo vivo, estagnando-se e não conseguindo ser a ferramenta para a qual se fizera realidade entre os homens.
Essa é, querido(a) leitor(a), a explicação do porquê de inúmeras casas espíritas não conseguirem sair do mesmo patamar em que estão há anos, presas de um imobilismo e de uma falta de riqueza espiritual, envoltas sempre em disputas internas de vaidade e de poder, o que as aproxima muito das organizações políticas terrenais, afastadas do idealismo cristão.
Ali, portanto, os primeiros necessitados e sofredores a que a instituição precisará atender são os seus próprios trabalhadores e dirigentes que, indiferentes às Verdades do Espírito, se comparam aos cegos condutores de cegos.
Livro Herdeiros do Novo Mundo, cap. 5, Espírito Lúcius – psicografia de André Luiz Ruiz.

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