Páginas

RÁDIO BOA NOVA E RÁDIO ESPIRITUAL


EM MEMÓRIA DO MEU FILHO











ESTE SITE FOI CRIADO EM MEMÓRIA DO
QUERIDO FILHO ÉLISON, QUE
DESENCARNOU HÁ DEZ MESES.
*************
A VOCÊ , MEU ANJO, O ETERNO AMOR DE SUA
MÃE.
***************
QUE OS AMIGOS BENFEITORES POSSAM
AJUDÁ-LO
RECONHECER A PÁTRIA DE ONDE PARTISTES,
E PARA A QUAL AGORA RETORNAS.
MUITA PAZ, MUITA LUZ, MUITO AMOR, MUITA ALEGRIA,
E PRINCIPALMENTE, MEU FILHO AMADO...
MUITA GRATIDÃO À DEUS, NOSSO PAI !!!!
MUITA PAZ !!!
TU, MEU FILHO
POEMA - ACRÓSTICO QUE ESCREVI
AO MEU FILHO QUANDO
CONTAVA COM
OITO MESES
18/04/2012

TU, MEU FILHO PPS

TU, MEU FILHO PPS
CLIQUE SOBRE A IMAGEM

POEMA - ACRÓSTICO - TU, MEU FILHO

POEMA EM PPS- TU, MEU FILHO,CLIQUE

TOPO DA PAGINA

Pegue este efeito no Site Tony Gifs Javas

ESOTÉRICA FM - MÚSICAS

RÁDIO BOA NOVA

RÁDIO BOA NOVA
O ESPIRITISMO 24 HORAS COM VOCÊ

RÁDIO FRATERNIDADE, A SUA RÁDIO ESPÍRITA

VISITANTES

MÚSICAS PARA SUA ALMA




TRADUTOR






MEUS LINDOS GOLFINHOS


VISITE MINHA PÁGINA -POETAS E ESCRITORES DO AMOR E DA PAZ

POETAS E ESCRITORES DO AMOR E DA PAZ




Visit Poetas e Escritores do Amor e da Paz

Seguidores

AULAS COM APRESENTAÇÃO DE POWER POINTS (PPS)

MINHA PÁGINA DO VAGALUME - MINHAS MÚSICAS

MINHA PÁGINA DO VAGALUME - MINHAS MÚSICAS
MY PLAYLIST - SOUL MUSICS

ÁUDIO (PLAYER ESPÍRITA

ÁUDIO - PLAYER ESPÍRITA

CLIQUE ABAIXO E OUÇA

CARTÕES

DESEJA CARTÕES PARA FACE BOOK, SCRAPS, OU ORKUT

CLIQUE ABAIXO



MEMÓRIAS DE UM SUICIDA -RÁDIO NOVELA

MEMÓRIAS DE UM SUICIDA -RÁDIO NOVELA
CLIQUE NA IMAGEM E OUÇA

RADIO NOVELA Á CAMINHO DA LUZ

RADIO NOVELA Á CAMINHO DA LUZ
CLIQUE NA IMAGEM PARA OUVIR, VEJA A SEQUÊNCIA DAS PARTES

RADIO NOVELA MISSIONÁRIOS DA LUZ

RADIO NOVELA MISSIONÁRIOS DA LUZ
CLIQUE NA IMAGEM E OUÇA, VEJA AS PARTES SEGUINTES NO YOUTUBE

FILMES ESPÍRITAS COMPLETOS

segunda-feira, 9 de junho de 2014

AMOR ALÉM DE VIDA - SUICÍDIO EM CHEQUE - EXCELENTE MENSAGEM


AMOR ALÉM DE VIDA - SUICÍDIO EM CHEQUE - EXCELENTE MENSAGEM
Amor além da vida é um filme belíssimo a conclamar ao amor conjugal. Ao contar sobre este amor, de dois indivíduos, de tal forma que coloca o amor de sua esposa pelo seu marido, maior que sua própria vida.
 
Devemos adentrar o filme e ver a beleza da poesia, mas, sem jamais perder de vista que só ama alguém, quem verdadeiramente se ama, só conhece o amor quem vive o amor, e acima de qualquer definição que possa ser dada ao amor, jamais será posse, quem ama liberta, liberta-se.
 
Este filme abre discussões de algumas idéias espíritas, já que é um filme que carrega  um apanhado de diversas doutrinas espiritualistas em sua abrangente e composição.
 
imortalidade da alma, é o aspecto das penas e gozos futuros.
Na óptica de diversas religiões espiritualistas, expandindo o conceito de céu e inferno sobre o ponto de vista que o ser que suicida-se esta condenado ao sofrimento eterno, propondo que o amor faz milagres, ou seja, sempre que o desconhecimento de tal fato natural não tem uma explicação conhecida, recorre-se ao miraculoso ao sobrenatural, que para os que estão banhados com o conhecimento espírita, vêem e interpretam dentro da naturalidade.
 
Quero antes de prosseguir levantar uma questão.
Eu sempre observei isso por igrejas que passei e pelos centros espíritas que passei, inclusive em obras sociais.
(Sempre notei em seus auditórios um numero superior de mulheres em busca de espiritualização do que homens, mais mulheres em atendimento fraterno recorrendo a bênçãos divinas para seus maridos, do que maridos fazendo o mesmo por suas mulheres, não quero dizer jamais, que homens não façam isso, digo que o numero é mais reduzido de homens, que as mulheres talvez ao longo da historia elas devam ter sido campeãs, e vejo que os filmes não perceberam isso como em Ghost, o Espírito do marido além de salvar-lhe da tristeza, salva-lhe a vida. E em o Amor além da Vida, também, já o livro de Marcel Souto Maior por traz do véu de Ísis  gerou um filme as Mães de Chico Xavier, mostram minha visão. Será que eram porque as mães em sua maioria que recorriam mais a Chico?)
 
 
Um convite aos roteiristas... Repensem...
Então o esposo desencarna e passa pelo fenômeno que Ernesto Bozzano chamou de crise da morte, tem a lucidez momentânea da morte e depois seu passado se desenrola isso o filme vai colocando de forma sutil de forma que o passado explicasse o presente e o presente fosse se explicando em suas memórias, uma belíssima forma de ver e entender esse fenômeno, natural no despertar na nova velha realidade.
 
 
O filme trás uma belíssima proposta de reencontro com os que nos antecederam no tumulo, e de sua delicada e amorosa forma de acolhermos, não é o que estamos acostumados a ver dentro do aspecto descritivo pela psicografia , mais um belo aspecto poético.
 
 
A esposa fica ainda encarnada e pouco a pouco ela perde sua alegria de viver levando-a ao ato impensado do suicídio...
No caso do filme ela fugia da vida em busca do nada e mesmo que inconsciente, encontrava vida, que mesmo que fosse uma vida de sofrimento era ainda vida, e mesmo que ainda o sofrimento tomasse proporções maiores era ainda por si, vida...
 
 
Então o esposo recebe uma noticia que o alegra sua esposa morrera e o leva ao ímpeto de recebê-la e afagá-la em seus braços, e recebe a noticia que não pode, pois ela suicidou-se, e estava fora do alcance de tocá-la, quanto mais de salva-la...
 
 
O que não faz aceitável ao ser que ama, como pode ter uma continuidade de vida, de essa vida ser imortal e pulsante, o filme começa sua musicalidade de amor, sua busca pelo que nos espíritas, por causa de Yvone Amaral Pereira , e de sua monumental obra Memórias de um Suicida, somos acostumados a ouvir e falar como vale dos suicidas, levando-nos ao êxtase do sentimento quando em um gesto altruísta , renuncia o que ele entende por vida, para viver ao lado de seu amor do ele propõe como morte, ou seja, um ostracismo na fuga em suas verdades particulares...
 
É um filme que fala do inferno real ,ou seja que reside em nossa consciência, e quando no sublime ato de perde-se por amor, o amor recria o roteiro do filme desvelando-se uma sublime colheita de paz.
 
 
Entendemos o suicídio como fuga ilusória, para ilusão. 
Pois a vida é pulsante não se extingue, mudamos de endereço sempre, pois ainda somos como diz Allan Kardec, errantes não significa dizer em erros, mas sem pátria  por motivos de evolução, ou seja estamos na Terra neste momento,em existência futura podemos estar em um mundo material que nos ofereça o mesmo aprendizado, que atenda as minhas necessidades, sou momentaneamente sem pátria pois atendo necessidades de crescimento, seja qual for a casa que nosso Pai escolha para momentaneamente residir,ou escolhamos para prosseguir o aprender.
 
 
Mesmo que vivamos na Terra podemos mudar da mesma forma de País, então errante significa despatriado, momentaneamente sem pátria.
Essa idéia de imortalidade de continuidade e recomeço é espetacular.
Mas o que lemos nas entrelinhas do filme?
Lemos que verdades equivocadas sobre a idéia de suicídio, a forma de auto ajuda bem comum na idéia americana, onde o americano mais do que outros querem dizer, você não pode...
 
 
Quanto mais lhe disserem que você não pode, você tem que acreditar que pode, essa idéia era um estimulo a sua coragem, a demonstrar seu amor, por sua esposa. 
A grande mensagem nas entrelinhas da saga,  "vocês podem", sempre que o mundo lhe disser que não pode. Ou seja, liberte-se de velhas e ultrapassadas crenças, de forma ao novo. 
O amor transforma o mundo.
Um gesto de amor tira a força do ódio de milhões.
 
 
Se visto por essa ótica o filme não tem mais a carga de velhos conceitos e ele estimula a se repensar, a construir seus valores acima do que sente, que a verdades de outros seres não fazem sua verdade, que sua verdade não muda a verdade de outros seres, que a verdade absoluta esta no amor.
Por esse aspecto é convite ao enfrentamento da vida, um desestímulo ao  suicídio, e também um convite a repensar sobre a vida.
Muito comum destro da interpretação do ato suicida a crença, e a propagação dessa e de diversas crenças errôneas sobre o auxilio  aos suicidas, e a outros casos.
Temos a tendência a nos apegarmos ao que nos acontece de ruim, de só prestarmos a atenção as noticias ruins, seja em telejornais , oferecemos ao nosso paladar o alimento, a a televisão oferece aos nossos olhos cadáveres na hora do almoço.
Então lemos apressadamente verdades assim: " existe casos que suicidas ficam séculos fechados em sua dor, na consciência de suas culpas", nossa mente processa todo suicida sofre por décadas e séculos, queremos até consolar a mãe de um individuo que passou para o mundo espiritual vitimado por este mal, mais falta-nos estimulo, pois em nossa nova verdade com o ranço envelhecido, nossa mente diz : "tem ajuda mais demora... " isso sai tão insosso que dá medo de ver ou ouvir.
Um termo que você cansa de ouvir quando entra no espiritismo, porque alguns espíritas propagam é "REFORMA", o meu modo de entender, o espiritismo não reforma nada...
Assim como o Cristo, o Espiritismo não reforma nada...
 
 
Ouso e posso ser criticado veementemente por isso, mais desafio a provarem que estou errado.
O conceito de inferno é demolido pelo espiritismo e é construído um NOVO entendimento da continuidade da vida, da lei de causa e efeito, se tem uma nova edificação, pois suas bases são outra .
O conceito de Céu é demolido pelo espiritismo e construído um NOVO conceito.
Jesus no aspecto Moral diz: morre o homem velho, nasce o homem NOVO.
O convite espírita é de desvincular, de desligar-se totalmente do velho e adquirir algo NOVO.
 
 
Então quando se fala em reformar se fala em manter velhas estruturas e dar uma cara nova, ao velho.
Não, isso não é espiritismo.
Paulo de Tarso ao entender a proposta do Cristo diz : "quero ser como um vaso na mão do oleiro, quebra a minha vida e me faça novamente."
Quer beber da fonte traga vasilhame novo, e receba vinho novo , não se pode colocar vinho novo em tonel velho, disse Jesus.
Sabemos que o amor aplaca ódio de milhões, sabemos que o amor cobre a multidão dos pecados, então o atendimento ao companheiro sofrido esta subordinado, a) intenção que o levou a praticar tal ato,  b) o amor devotado pelos seres que o amam, em forma de prece e a fé impregnada nessa prece, c)  o merecimento de quem faz a prece e de quem recebe, d) o tempo que esse ser pode demorar para arrepender-se e o tempo que reagira e pedira o auxilio divino, se uma dessas atitudes pode mudar o tempo de resposta do auxilio, imagina a reunião dos quatro pontos , ou seja posso ter e obter uma ajuda imediata aos suicidas, ou posso ainda não ter, o que nos cabe como espíritas é de ajudar para que se obtenha um ou mais dos quatro requisitos para ajuda.
 
 
Convido a cada um que iniciar o estudo do espiritismo a se desligar de todas as suas verdades, para quando se decidires propagar as novas verdades não sejam servidas e impregnadas com o velho.
E muito conhecido o caso de que uma mulher foi impedida de entrar em Nosso Lar em detrimento de abortos praticados, quero informa-lhe que fez essa leitura, foi apressada e impressionada, e não leu o que Andre Luiz disse, e interpretou errado, mas Ricardo eu li , pode ter lido , eu li cinco vezes somente na sexta e descobri meu equivoco , e cometi este equivoco induzido ao erro por quem me ensinou.
 
 
Fato é, desestimular o suicídio pois o maior bem do ser humano isso já entendido na Terra,a Vida como nosso maior bem,ou seja, nossa maior posse, então a sublime oportunidade no aprendizado e impagável,  nesse corpo, esse divino e perfeito instrumento, mesmo com que aos nossos olhos são vistos com imperfeições e deficiências , são necessidades especiais de vivencias especiais , que deficiente está momentaneamente a nossa avaliação, impregnadas de PRÉ- CONCEITO, a crença do espírita esta arquitetada em conceitos não em PRÉ, em novo não em velho ou velhos.
 
 
Seja como for cada minuto segundo é importante.
Cada letra cada assento, é importante no conjunto dessas idéias, assim como cada segundo em nossa vida, tem o seu lugar devido e aproveitado, um filme que diz: que se tem vida por que se tem amor.
Um filme que lhe diz: quem tem amor tem vida, e se tem vida onde quer se esteja tenha amor.
 
Seja amor e viva plenamente a vida.
 
Viva a vida plena no amor...

domingo, 8 de junho de 2014

YASMIN MADEIRA ENTREVISTA WAGNER GOMES DA PAIXÃO - COLÔNIAS ESPIRITUAUS



YASMIN MADEIRA ENTREVISTA

Wagner Gomes da Paixão- Colônias Espirituais






 






UNIÃO DO PRINCÍPIO ESPIRITUAL E DA MATÉRIA


UNIÃO DO PRINCÍPIO ESPIRITUAL E 

DA MATÉRIA

01 - A Gênese - Allan Kardec - Cap. XI, 10.17

UNIÃO DO PRINCÍPIO ESPIRITUAL E DA MATÉRIA

10. Devendo a matéria ser o objeto de trabalho do Espírito, para o desenvolvimento de suas faculdades, era necessário que pudesse atuar sobre ela, por isso veio habitá-la, como o lenhador habita a floresta. Devendo ser a matéria, ao mesmo tempo, o objetivo e o instrumento de trabalho, Deus, em lugar de unir o Espírito à pedra rigida, criou, para seu uso, corpos organizados; flexíveis, capazes de receber todos os impulsos de sua vontade, e de se prestar a todos os seus movimentos.

O corpo é, pois, ao mesmo tempo, o envoltório e o instrumento do Espírito, e à medida que este adquire novas aptidões, ele reveste um envoltório apropriado ao novo gênero de trabalho que deve realizar, como se dá a um obreiro ferramentas menos grosseiras à medida que ele seja capaz de fazer uma obra mais cuidada.

A NECESSIDADE DA REENCARNAÇÃO


A NECESSIDADE DA REENCARNAÇÃO

ESE, Capítulo IV, 25 e 26

Estudo apresentado na Instituição Espírita Joanna de Angelis em
 24 de maio de 2005

Introdução

No item 25 do Capítulo IV de O Evangelho Segundo o Espiritismo, Kardec pergunta aos Espíritos sobre a necessidade da encarnação e, no item 26, comenta sobre a resposta que eles dão. É o assunto tratado nestes itens que iremos hoje estudar.

No trecho em questão, veremos que Kardec perguntou sobre a encarnação e os Espíritos responderam como se ele tivesse perguntado sobre a reencarnação, uma vez que se prenderam à intenção e não à letra da pergunta. Para o nosso objetivo, no entanto, acreditamos ser necessário fazer clara a distinção entre o que seja a necessidade daencarnação e a da reencarnação, posto que ambas são necessárias e por diferentes razões.
Encarnar é viver em um corpo físico, não implicando em nenhuma conotação adicional com respeito à quantidade de vezes em que isso é possível a um único Espírito. Quando queremos saber porque necessitamos encarnar, nossa dúvida é quanto ao ser ou não ser possível evoluir o tempo todo na espiritualidade, sem jamais interagir com a matéria bruta. Já, quando falamos em reencarnar, estamos falando sobre a necessidade do Espírito encarnar ou não mais de uma vez. Tal questão está relacionada ao percurso necessário para que possamos evoluir e a verificarmos se uma única vida é tempo bastante para tal intento. Sabendo, agora, do que vamos tratar, vamos, inicialmente, falar da necessidade da encarnação para, somente depois, tratarmos da necessidade da reencarnação.

A Necessidade da Encarnação

Não poucas vezes algum irmão nos pergunta sobre o porque de precisarmos encarnar, uma vez que, segundo afirma, com base no relato dos autores espirituais, tudo o que se encontra na Terra também se encontra no plano espiritual. Lembram os irmãos que assim pensam que, no plano espiritual, existem lares, famílias, cidades e comunidades várias, amigos e inimigos, trabalho e repouso, veículos, tudo, enfim, de que alguém necessita para ter uma vida igual àquela que se passa na Terra, sendo possível lá, como cá, praticar a reforma íntima e evoluir pelo estudo sério e pelo trabalho caritativo dedicado e amoroso.
A resposta a tal questionamento é justamente o tema da primeira parte deste estudo, isto é, saber qual a real necessidade da encarnação, qual a real necessidade de vivermos em um corpo material e de interagirmos com a matéria bruta para podermos evoluir até a perfeição.
Se lermos com atenção a resposta que São Luiz deu a Kardec no Item 25 de O Evangelho Segundo o Espiritismo, vermos que ela não satisfaz a curiosidade de tais irmãos. 

25. É um castigo a encarnação e somente os Espíritos culpados estão sujeitos a sofrê-la?
A passagem dos Espíritos pela vida corporal é necessária para que eles possam cumprir, por meio de uma ação material, os desígnios cuja execução Deus lhes confia. É-lhes necessária, a bem deles, visto que a atividade que são obrigados a exercer lhes auxilia o desenvolvimento da inteligência. Sendo soberanamente justo, Deus tem de distribuir tudo igualmente por todos os seus filhos; assim é que estabeleceu para todos o mesmo ponto de partida, a mesma aptidão, as mesmas obrigações a cumprir e a mesma liberdade de proceder. Qualquer privilégio seria uma preferência, uma injustiça. Mas, a encarnação para todos os Espíritos, é apenas um estado transitório. É uma tarefa que Deus lhes impõe, quando iniciam a vida, como primeira experiência do uso que farão do livre arbítrio. Os que desempenham com zelo essa tarefa transpõem rapidamente e menos penosamente os primeiros graus da iniciação e mais cedo gozam do fruto de seus labores. Os que, ao contrário, usam mal da liberdade que Deus lhes concede retardam a sua marcha e, tal seja a obstinação que demonstrem, podem prolongar indefinidamente a necessidade da reencarnação e é quando se torna um castigo. - S. Luís. (Paris, 1859.)

Ora, por que – perguntariam eles, provavelmente insatisfeitos com a resposta de São Luís – os desígnios de Deus hão de requerer ação no plano material? Se, tanto a inteligência quanto a bondade, podem ser desenvolvidos na espiritualidade, qual a necessidade de se encarnar, qual a necessidade de se agir no plano material? Na espiritualidade – continuariam eles - não estaríamos, também, exercendo, a todo instante, o livre-arbítrio e nos sujeitando todo tempo à lei da causalidade e às demais leis de Deus? Não nos é possível, lá, tanto quanto cá – concluiriam - fazermos uso de nosso livre-arbítrio e de nossa força de vontade tanto para o bem quanto para o mal?
Tentando encaminhar essa questão, vejamos o que Kardec perguntou aos Espíritos, no desdobramento “a” da Questão 175 de O Livro dos Espíritos:

175. Haverá alguma vantagem em voltar-se a habitar a Terra?
 “Nenhuma vantagem particular, a menos que seja em missão, caso em que se progride aí como em qualquer planeta.”
a)     Não se seria mais feliz permanecendo na condição de Espírito?
“Não, não; estacionar-se-ia e o que se quer é caminhar para Deus.”

Está aí uma afirmação que nos interessa. Que estarão querendo dizer os Espíritos, ao afirmarem, de modo tão peremptório, que permanecer na espiritualidade é o mesmo que estacionar? O raciocínio de nossos irmãos nos estava conduzindo à conclusão contrária, não é mesmo?
Mais adiante, ainda em O Livro dos Espíritos, Kardec continua:

196. Não podendo os Espíritos aperfeiçoar-se, a não ser por meio das tribulações da existência corpórea, segue-se que a vida material seja uma espécie de crisol ou de depurador, por onde têm que passar todos os seres do mundo espírita para alcançarem a perfeição?
 “Sim, é exatamente isso. Eles se melhoram nessas provas, evitando o mal e praticando o bem; porém, somente ao cabo de mais ou menos longo tempo, conforme os esforços que empreguem; somente após muitas encarnações ou depurações sucessivas, atingem a finalidade para que tendem.”

Está mais que claro, pela Codificação, tanto em O Evangelho Segundo o Espiritismoquanto em O Livro dos Espíritos, que os Espíritos só podem evoluir encarnados. Foi o que disseram os Espíritos e o que Kardec entendeu e aceitou. Mas, por que?
A vasta obra de André Luiz, que nos veio pela abençoada mediunidade de nosso saudoso Chico, trouxe-nos preciosos ensinamentos de como as coisas se passam no mundo espiritual, ensinamentos esses, mais tarde, corroborados por diversos outros Espíritos, através de outros médiuns. Vejamos se desse farto material, aliado às lições que obtemos da Codificação, tiramos algum elemento que falta ao nosso raciocínio.
O estudioso atento e que aprendeu que a Doutrina é evolutiva, aprende, por exemplo, que nossa real identidade no mundo espiritual é transparente, podendo nossos inimigos de outras eras reconhecer-nos sem grande dificuldade, ao contrário do que ocorre quando estamos encarnados, onde uma nova personalidade nos esconde dos desafetos que nos queiram prejudicar. Fica sabendo, também, que não há dissimulação no plano espiritual, sendo nossos pensamentos e emoções facilmente percebíveis por quem esteja em nossa faixa de sintonia.
Qualquer tentativa de nos reconciliarmos com alguém a quem tenhamos prejudicado no passado incorrerá em fracasso se estivermos no plano espiritual, uma vez que nosso medo da reação de nossos desafetos ou nossa postura defensiva contra sua possível vingança estarão sempre a nos denunciar. Do mesmo modo que o cão percebe se a pessoa perto dele está serena ou com medo, amorosa ou agressiva, reagindo conforme tal percepção, os Espíritos desencarnados percebem as emoções e pensamentos uns dos outros e reagem de acordo com eles, de nada valendo o autocontrole com que qualquer um deles tente esconder o que sente ou o que pensa dos demais.
Impossibilitados de nos reconciliar com nossos desafetos do passado e fazendo novos desafetos a todo instante pela impossibilidade de escondermos dos outros nossos pensamentos e emoções a respeito deles, já não nos parece mais difícil entender porque ficaríamos praticamente estacionados se permanecêssemos indefinidamente no plano espiritual. Podermos evoluir envolvidos em atividades caridosas com o apoio de Espíritos mais evoluídos, sem dúvida. No entanto, somente conseguiríamos ajudar os Espíritos sofredores caso esses não nos conhecessem ou caso, apesar de nos conhecerem, nada de mal tivesse jamais ocorrido entre eles e nós. 
Por outro lado, ao encarnarmos, nos é dada uma oportunidade toda nova de recomeço. Temos uma nova aparência, nada lembramos de nossas vivências pretéritas e possuímos domínio sobre o que falamos e sobre a expressão que estampamos em nosso rosto, sendo-nos possível dissimular pensamentos e emoções. Nossos Espíritos Protetores utilizam tal situação para juntar, nas mesmas famílias, nas mesmas comunidades, Espíritos que necessitam de reconciliação. Protegidos uns dos outros pelo “disfarce” do corpo físico, temos a oportunidade de travar novas relações com todos. Se soubermos fazer uso dessa possibilidade, com sabedoria, não só não mais faremos desafetos como iremos, pouco a pouco, reparando nossos erros do passado e sublimando, em relações de família equilibradas e amorosas, o ódio dos inimigos figadais de outrora.
A encarnação é, portanto, mais uma benção que recebemos da bondade divina. Toda vida existente no universo deve ser respeitada como tal. Porém, sabermos amar a vida onde quer que ela se encontre pressupõe que saibamos amar a nossa própria.
Aprendamos, portanto, a amar e respeitar nosso corpo, tratando-o com cuidado e atenção, para que, saudável, ele seja o instrumento de nosso progresso e dos demais seres com quem nos relacionamos na vida. Afinal, o corpo físico que ganhamos a cada encarnaçãoé o templo onde, com estudo e trabalho no bem, construiremos o reino dos céus que Jesus ensinou estar dentro de nós.

A Necessidade da Reencarnação

Agora que já sabemos que é necessário encarnar, viver em um corpo físico, para evoluir, resta estudarmos o porque de necessitarmos viver em um corpo físico mais de uma vez. A pergunta que ora se coloca, portanto, é: Qual a Necessidade da Reencarnação?
Uma vez que acreditamos serem as leis de Deus soberanamente justas, somos forçados a admitir que fomos todos, sem exceção, criados no mesmo estágio inicial, isto é, simples e ignorantes, e dotados do mesmo potencial evolutivo, que nos levará à perfeição.
Imaginar que um de nós possa ter sido criado sábio, belo e saudável e um outro, deficiente mental, feio e doente, que um possa ter sido criado caridoso e gentil e outro, perverso e violento, admitir tais possibilidades é negar justiça nas leis divinas, o que equivale a negar a própria divindade.
Dizemos isso com segurança, pois não pode Deus ser menos justo que o homem. Se, mesmo a humanidade, ainda tão atrasada, sabe ser justa nas competições esportivas, separando cada desporto em classes e categorias, de acordo com as habilidades atingidas pelos participantes, como poderíamos esperar de Deus menor justiça, privilegiando a uns e prejudicando a outros em uma disputa desigual?
Desse modo, não há como negar que somos todos criados iguais e temos todos o mesmo destino. Resta uma questão: será possível a um de nós evoluir do estado de simplicidade e ignorância completas ao de perfeição moral e intelectual em uma só existência?
As evidencias obtidas até hoje pelos paleontólogos nos revelam que a espécie humana surgiu, há, aproximadamente, dois milhões e meio de anos, provavelmente na África. Mesmo se admitirmos, o que não corresponde à realidade, que iniciamos nossa jornada no reino hominal, o bom-senso e um simples raciocínio nos levam a concluir pela total impossibilidade de um ser humano, no estágio desse homem primitivo, que sequer o fogo sabia fazer, poder passar ao de um moderno gênio da ciência, capaz de desvendar os segredos do átomo, em uma única existência, fosse ela de 50, 70, 100 ou mesmo 1000 anos.
Supor que aquele Homo Habilis viveu uma única vida é negar a premissa de que todo ser humano é fadado à perfeição. Nem necessitamos ir tão longe no passado. Olhemos para nós mesmos: quanto tempo nos falta para chegarmos ao estágio de um Ghandi, de um Chico Xavier ou de uma Madre Tereza? Com sinceridade, pode algum de nós ser tão ingênuo para achar que consegue chegar lá ainda nesta vida? Não, para evoluirmos, mesmo do estágio em que estamos neste século XXI até à perfeição faltam milênios e esses milênios requerem a pluralidade de existências.
O que está na origem de nossa necessidade de reencarnar, portanto, é a Lei da Evolução. Somos todos criados simples e ignorantes e temos todos o mesmo potencial de evolução, tanto em bondade quanto em sabedoria. E, ao fim da jornada seremos todos perfeitos. Não dizemos isso por pura especulação, nem, tampouco, baseados na Codificação. Quem nos disse que, um dia, seremos perfeitos foi Jesus, ao nos exortar:
“Portanto, sejam perfeitos como é perfeito o Pai de vocês que está no céu". (Mt 5,48)

Perfeição, a Nossa Meta Final

Tem-se escutado, quando em vez, expositores falando em uma tal “perfeição relativa”. Isso nos preocupa porque pode levar alguém a conclusões erradas. Desse modo, vamos refletir um pouco sobre o relativo e o absoluto.
 O mecânico de automóveis que não erra nenhum diagnóstico e que repara peças e sistemas defeituosos de modo a que o veículo volte a funcionar como se novo fosse, pode ser chamado de um mecânico perfeito. O engenheiro civil que não erra nenhum cálculo, não esquece nenhuma especificação e tudo faz em conformidade com os melhores critérios de projeto, pode ser entendido como um engenheiro civil perfeito. O aluno que domina todas as matérias do Ensino Fundamental e ao qual se pode fazer qualquer pergunta desse ciclo acadêmico sem que ele erre a resposta, pode ser chamado de aluno perfeito do Ensino Fundamental. No entanto, se pedirmos ao mecânico de automóveis perfeito que ele conserte um avião, ao engenheiro civil perfeito que ele projete um circuito eletrônico ou ao aluno perfeito do Ensino Fundamental que nos responda uma questão do Ensino Médio, todos eles fracassarão na resposta à nossa solicitação. Fica claro, portanto, que cada um deles é perfeito em relação ao conhecimento que estudou. Isso é o que se chama de “perfeição relativa”.
Um Espírito que tenha aprendido tudo o que pode ser aprendido junto à humanidade terrestre, pode ser dito perfeito relativamente à humanidade terrestre. Se ele tiver aprendido tudo o que é possível aprender nos diversos mundos do nosso sistema solar, ele poderá ser dito perfeito relativamente ao sistema solar. É assim que iremos evoluir, superando cada o estágio associado a cada mundo quando pensarmos e agirmos com a perfeição relativa a cada um.
Não podemos perder de vista, no entanto, por mais que saibamos que, a cada estágio que superarmos, nos faremos perfeitos em relação a ele, que a nossa meta final é a perfeição absoluta. Atingiremos a perfeição absoluta quando nada mais houver na criação que não saibamos, quando tudo o que pensarmos ou fizermos em qualquer parte de qualquer universo esteja em exata concordância com as leis de Deus. Nesse estágio final, o relativo deixa de existir, posto que algo que seja relativo a tudo é absoluto para tudo.
Essa perfeição absoluta à qual um dia chegaremos é a perfeição possível a uma criatura. Como Jesus nos ensinou a ver Deus como Pai, de natureza, portanto, semelhante à nossa, fica claro o que o Mestre quis dizer quando nos exortou: “...sejam perfeitos como é perfeito o Pai de vocês que está no céu.”
Entendendo Deus como a Inteligência suprema, causa primária de todas as coisas, no entanto, facilmente deprenderemos que não se pode comparar uma criatura com Deus. O que podemos ler sobre os espíritos puros na Escala Espírita (LE, Pare 2a. Cap. I, 113) diz exatamente o que acabamos de inferir: “... Tendo alcançado a soma de perfeição de que é suscetível a criatura, ...”.
Seremos perfeitos ao final da jornada. Não ‘perfeitos relativos”, mas, simplesmente, “perfeitos”.  Como nos sabemos criaturas, não há margem para confusão.

Como Age a Reencarnação

Para avançar na senda evolutiva, temos que aprender, para aprender, temos que vivenciar experiências variadas, para vivenciar experiências variadas, temos que nos relacionar com a diversidade de outras criaturas que povoam o universo.
Temos que nascer ricos para aprendermos a usar o dinheiro visando o progresso da humanidade e não apenas o nosso, pobres para aprendermos que nos é possível ser úteis aos nossos irmãos, mesmo sem dispormos de recursos materiais, bonitos para sabermos como utilizar a beleza para influenciar os outros para o bem, com nosso exemplo de humildade e trabalho, feios para que saibam que a feiúra não é obstáculo às nobres ações, saudáveis para sermos motores das grandes realizações, doentes para mostrarmos, aos que se sentem fracos e incapazes, o quanto pode aquele que tem força de vontade. Se reencarnarmos em uma sociedade tranqüila, teremos muito a aprender, não mais nem menos, porém, que se nascermos em uma sociedade em guerra ou em outra situação calamitosa.
As características de cada reencarnação que temos, sejam elas raciais, familiares, econômicas, sociais ou religiosas, são sempre as mais adequadas ao estágio de evolução no qual nos encontramos, tendo sido cuidadosamente escolhidas pelos nossos protetores e guias espirituais visando nosso melhor aproveitamento.
Os Espíritos evoluem através de sucessivas vidas na carne e, por força da Lei da Causalidade, todas as ações cometidas por eles contrárias às Leis da Natureza farão com que vivenciem, em momentos posteriores, situações onde terão a oportunidade de reparar seus erros. São as chamadas expiações. Essas oportunidades são incontáveis, de modo a respeitar tanto a Lei da Causalidade quanto o Livre Arbítrio. Desse modo, se uma situação de vida destinada a oferecer ao Espírito uma oportunidade nova de reparar um erro não é aproveitada, surgirá outra, outra e outra mais, em sucessão interminável até que a diretriz da Lei seja cumprida e a harmonia seja estabelecida.
Outro tipo de experiência que os Espíritos vivenciam durante sua evolução são as chamadas provas, isto é, situações não antes vividas onde eles terão que aplicar a sabedoria e a bondade adquiridas até então para mostrar estarem em condição de aproveitar as lições nelas contidas.
Sejam provas ou expiações, as experiências que vivemos são, antes de tudo, lições que temos que aprender. Sempre que um método utilizado não funcionou, novo método de ensino é aplicado até que as lições sejam aprendidas. Não existe pecado, não existe punição. Tal percepção das leis de Deus é um resquício dos ensinamentos que tivemos quando seguíamos outras religiões. O que existe é aprendizado contínuo nos caminhos da evolução incessante.

A Rede Escolar de Deus

O Mestre dos Mestres costumava utilizar-se de acontecimentos do dia-a-dia, comportamentos sociais e personagens conhecidos para, por meio de paralelos ou alegorias, tornar a realidade espiritual compreensível ao povo.
Utilizando o mesmo método que Jesus usava, vamos aprofundar nosso entendimento da necessidade da reencarnação, pensando na instituição escolar humana, como fez o Codificador.
Antes de realizar nosso intento, porém, vamos, primeiramente, pinçar algumas questões de O Livro dos Espíritos, que nos ajudarão a montar nosso paralelo.

172. As nossas diversas existências corporais se verificam todas na Terra?
Não; vivemo-las em diferentes mundos. As que aqui passamos não são as primeiras, nem as últimas; são, porém, das mais materiais e das mais distantes da perfeição.

177. Para chegar à perfeição e à suprema felicidade, destino final de todos os homens, tem o Espírito que passar pela fieira de todos os mundos existentes no Universo? Não, porquanto muitos são os mundos correspondentes a cada grau da respectiva escala e o Espírito, saindo de um deles, nenhuma coisa nova aprenderia nos outros do mesmo grau. a) Como se explica então a pluralidade de suas existências em um mesmo globo?
 De cada vez poderá ocupar posição diferente das anteriores e nessas diversas posições se lhe deparam outras tantas ocasiões de adquirir experiência. 

Vamos, então, ao nosso paralelo. Todos sabemos que, até a criança chegar à Universidade há um longo caminho a percorrer e que, ao longo desse caminho, ela pode passar por diferentes instituições.
O Universo pode ser visto, dessa forma, como uma imensa rede escolar dirigida por Deus através de suas leis sábias e imutáveis. O dono dessa rede é infinitamente tolerante, justo e amoroso e não aceita nenhum outro resultado que não a formatura com louvor de todos os alunos que nela ingressam, dando a eles infinitas chances de recomeço. Se um deles fracassar em uma série por displicência, ele poderá repetir o ano quantas vezes for necessário, cada vez com alguns professores novos e outros antigos, com alguns colegas novos e outros repetentes com ele. Se algum não se adaptar ao método de uma escola, lhe será permitido mudar de escola, para alguma onde se aplique metodologia diferente daquela praticada na escola onde ele não conseguia aprender, podendo mudar de escola de novo e mais uma vez, até que se adapte e consiga progredir. Por mais que um aluno repita o ano e mude de escola, o dono da rede nunca desiste de vê-lo formado e sempre lhe oferece uma nova chance de recomeço.
As principais diferenças entre esse modelo e as instituições humanas são o fato de nenhum aluno ser jamais expulso da rede escolar de Deus e a certeza de que todos, sem exceção, serão levados da creche à pós-graduação, do estágio de simples e ignorantes ao da angelitude.  

A Escala Espírita e a Reencarnação

Em O Livro dos Espíritos, Parte II, Capítulo 1, Allan Kardec apresenta a Escala Espírita, uma classificação geral para termos uma idéia dos estágios pelos quais passa um Espírito em evolução.
No Capítulo III de O Evangelho Segundo o Espiritismo, Kardec classifica os mundos habitados da seguinte forma:

·         Mundos Primitivos: destinados às primeiras encarnações e experiências da alma humana.
·        Mundos de Expiação e Provas: Nesses mundos, o mal predomina. Os Espíritos aí encarnam para prosseguir na sua evolução, passando por provas e expiações, decorrentes de seu processo de aprendizado evolutivo. Dentre os Espíritos que encarnam em um mundo de provas e expiações há os que acabaram de sair da infância evolutiva, vindos de um mundo primitivo, os que se demoram no aprendizado, precisando de inúmeras reencarnações para aprender cada lição evolutiva e os “degredados” de outros mundos, “de onde foram excluídos em conseqüência da sua obstinação no mal e por se haverem constituído, em tais mundos, causa de perturbação para os bons.”
·         Mundos de Regeneração: Onde a alma penitente encontra a calma e o repouso e acaba por depurar-se. O Espírito ainda se acha sujeito às leis que regem a matéria; experimentando as mesmas sensações e desejos, mas liberta das paixões desordenadas e dos vícios. O amor e o reconhecimento de Deus predominam e o esforço evolutivo é constante. Ainda suportam provas, pois são essas não mais que mecanismos de ensino necessários à evolução. Sendo o Espírito ainda falível, no entanto, ocorre de alguns recaírem no erro, fazendo com que voltem aos mundos de provas e expiações para aprenderem pelo método mais árido aquilo que pelo bem recusaram aprender no ambiente de amor e paz.
 ·       Mundos Ditosos ou Felizes: onde o bem sobrepuja o mal. A felicidade predomina.
·      Mundos Celestes ou Divinos: habitação dos Espíritos mais evoluídos, onde reina exclusivamente o bem e o conhecimento da verdade.

Em um exercício de comparação, com base na Escala Espírita e na Classificação dos Mundos, podemos imaginar o seguinte enquadramento para a reencarnação dos Espíritos, durante o estágio no Reino Hominal. 

Categoria de Mundo
Progresso Acadêmico
Classes Predominantes de Espíritos
Primitivo
Educação Infantil
Início de Jornada e 7a classe:
Espíritos Simples e Ignorantes e Neutros.
Provas e Expiações
Ensino Fundamental
9a, 8a, 7a, 6a, 5a e 4a classes: Espíritos Perturbadores, Neutros, Pseudo-sábios, Levianos, Impuros, Benévolos e Sábios.
Regeneradores
Ensino Médio
7a, 5a,  4a, 3a e 2a classes:
Espíritos Neutros, Benévolos, Sábios, de Sabedoria e Superiores.
Ditosos ou Felizes
Curso Superior
3a e 2a classes:
Espíritos de Sabedoria e Superiores.
Celestes ou Divinos
Pós Graduação
1a classe:
Espíritos Puros.

Em nosso enquadramento mostramos que Espíritos de ordem mais elevada reencarnam em mundos menos evoluídos que os que lhes correspondem. Tais Espíritos são os gênios das ciências, das artes e das demais áreas do saber humano, além dos ditos santos das diversas tradições religiosas.
Chamamos particular atenção para os nundos primitivos, destinados às primeiras encarnações das almas que ingressaram no reino hominal, tornando-se Espíritos, após a conquista da consciência moral. Nesses mundos, em nosso entendimento, Espíritos neutros podem reencarnar para desenvolver a tendência pelo bem. Dotados de mais conhecimento que os simples e ignorantes eles poderão ensinar àqueles o que sabem, tornando-se líderes de comunidades, seus sacerdotes ou conselheiros.

A Evolução do Princípio Inteligente

Até agora, por simplicidade, falamos da necessidade da reencarnação pensando somente na fase em que estagiamos no reino hominal. A realidade, no entanto, não se limita desse modo.
Tudo na Criação está em contínua evolução. Evolui o Universo em sua expansão incessante, evoluem os astros, evoluem os seres animados e os inanimados.
Diz Santo Agostinho em O Evangelho Segundo o Espiritismo Cap III, item 19:

“... Ao mesmo tempo em que todos os seres vivos progridem moralmente, progridem materialmente os mundos em que eles habitam. Quem pudesse acompanhar um mundo em suas diferentes fases, desde o instante em que se aglomeraram os primeiros átomos destinados e constituí-lo, vê-lo-ia a percorrer uma escala incessantemente progressiva, mas de degraus imperceptíveis para cada geração, e a oferecer aos seus habitantes uma morada cada vez mais agradável, à medida que eles próprios avançam na senda do progresso. Marcham assim, paralelamente, o progresso do homem, o dos animais, seus auxiliares, o dos vegetais e o da habitação, porquanto nada na Natureza permanece estacionário. Quão grandiosa é essa idéia e digna da majestade do Criador! Quanto, ao contrário, é mesquinha e indigna do seu poder a que concentra a sua solicitude e a sua providência no imperceptível grão de areia, que é a Terra, e restringe a Humanidade aos poucos homens que a habitam!...”

Criado simples e ignorante, mas destinado à Angelitude, o princípio inteligente evolui em sua longa jornada, estagiando nos diversos reinos, habitando em diversas moradas, tornando-se mais e mais complexo, individualizando-se, conquistando a consciência, o livre arbítrio, adquirindo sabedoria e bondade até o potencial máximo de que foi dotado, tornando-se, finalmente, Espírito Puro.
Quando falamos em Necessidade da Reencarnação, não podemos nos esquecer, portanto, que nossa jornada se iniciou muito antes de ingressarmos no reino hominal. Tudo na natureza nasce, morre e renasce. A reencarnação é uma lei divina e é através dela que o princípio inteligente evolui das formas mais simples da criação às mais complexas.
Não dispomos de tempo neste estudo para explorar os mecanismos da evolução em tempos anteriores ao ingresso no reino hominal. Sabemos, no entanto, que os animais, plantas e minerais são todos tão mais evoluídos e sutis quando evoluídos e sutis são os mundos em que eles habitam. Não é difícil, portanto, concluirmos que todos os seres vivos e inanimados necessitam, de certa forma, reencarnar e o fazem do mesmo modo que o homem, migrando de um mundo para outro e permanecendo maior ou menor tempo em cada um, conforme sua necessidade de aprendizado e estágio evolutivo.
Assim, por exemplo, ninguém deve esperar que aquele cãozinho, inteligente e sensível, que nos faz companhia, venha a ter uma de suas próximas reencarnações aqui na Terra como ser humano. Não, ele não terá. Primeiro, sua alma terá de estagiar em diversos outros mundos, adquirindo raciocínio mais elaborado e desenvolvendo suas emoções, até que sua consciência desperte em plenitude e ele possa, dotado de livre arbítrio e responsabilidade, interagir de igual para igual com outros seres do reino hominal. O ápice de sua evolução como membro do reino animal se dará, portanto, provavelmente, em um mundo ditoso e não em nosso planeta de provas e expiações. Do mesmo modo, seu ingresso no reino hominal se dará em um mundo primitivo, tampouco ocorrendo em nosso orbe.
Se aquela alma, hoje no estágio de um cãozinho, um dia alcançará seu hoje dono na jornada evolutiva, isso não nos é possível saber. Cada ser evolui de forma diferente do outro, uns acertando mais e outros menos, uns mais rápido e, outros, mais devagar. Aquele que hoje aprende comigo poderá, amanhã, ser meu professor.

Conclusão

Fomos criados simples e ignorantes, mas destinados à perfeição. A Lei da Evolução rege todos os seres e todas as coisas. Para que o princípio inteligente possa evoluir, ele necessita ingressar na matéria e interagir com ela. O percurso evolutivo, do átomo ao arcanjo, é imenso, impossível de ser percorrido em uma única existência. 
Estamos, talvez, a meio caminho na senda evolutiva. Se, por um lado, nos sabemos ainda longe da perfeição, muito longe também estamos dos seres mais simples que habitam nosso planeta. Conquistas importantes já fizemos e, tendo-as feito, é mister que saibamos fazer delas o melhor uso. Possuímos consciência moral e raciocínio maduro, sendo, também, dotados de livre-arbítrio.
Empenhemo-nos, portanto, tanto quanto nos seja possível, na reforma íntima. Busquemos, a cada dia, sermos uma pessoa melhor que no dia anterior. Ao final de cada dia, ao término de cada ação, ao concluirmos cada comentário, saibamos nos calar e refletir sobre o que dissemos, sobre o que pensamos, sobre o que fizemos. Analisando continuamente nossos pensamentos, palavras e obras, disciplinaremos nossa conduta para torná-la uma conduta verdadeiramente espírita, uma conduta verdadeiramente cristã.
A evolução não é uma corrida de obstáculos, sequer uma corrida é. No entanto, que a constação de que temos a eternidade para evoluir não sirva para nos amolecer o ânimo, mas, antes, como estímulo para acelerarmos a marcha, de modo a podermos ajudar aqueles que ficaram para trás, praticando, desse modo, a verdadeira caridade cristã. 


Fonte: http://www.ieja.org/portugues/Estudos/Artigos/p_necessdadedaencarnacao.htm
 

Postagens populares

LINKS DE ESTUDOS ESPÍRITAS - MARAVILHOSO

www.amigoespirita.ning.com Visite o site

www.radioboanova.com.br Visite o site

www.tvalvoradaespirita.com.br Visite o site

www.uembh.org.br Visite o site

www.momento.com.br Visite o site

www.folhaespirita.com.br Visite o site

www.luzdoespiritismo.com Visite o site

www.orsonpcarrara.com.br Visite o site

www.espiritismoemvideo.blogspot.com Visite o site

www.guaxupeespirita.blogspot.com Visite o site

www.paulazamp.com Visite o site

www.andreluiz.org.br Visite o site

www.ismaelgobbo.blogspot.com Visite o site

www.divaldofranco.com Visite o site

www.zildapinturasmediunicas.com Visite o site

www.bruno-tavares.zip.net Visite o site
www.tvcei.com Visite o site

www.tvmundomaior.com.br Visite o site

www.febnet.org.br Visite o site

www.feesp.com.br Visite o site

www.sbee.com.br Visite o site

www.mundoespirita.com.br Visite o site

www.mensajefraternal.org.br Visite o site

www.programatransicao.tv.br Visite o site

www.centroespiritafxs.com.br Visite o site

www.wellingtonbalbo.blogspot.com Visite o site

www.vansan.net Visite o site

www.pliniooliveira.com.br Visite o site

www.useregionaljau.com.br Visite o site

www.mansaodocaminho.com.br Visite o site

www.passosespirita.com.br Visite o site

www.aparfm.com.br Visite o site
Desenvolvido por: Euphoria Comunicação