http://youtu.be/JWHmD4e1JWw
Abrindo espaço para uma necessária discussão sobre “Casamento: A arte do reencontro”, numa atitude de gentil acolhida aos participantes, através de gestos, olhar, uso das palavras, a oração espírita de Alberto Ribeiro de Almeida ancora-se na dimensão de seminário que lhe é dada. Numa linguagem poética, ele prende ao seu discurso um varal de etapas, em que transitam múltiplas facetas das relações conjugais: amor, instinto, imposição, interesse, status, tomada pela força.
Pedagógica e competentemente, ele discorre sobre as formas com que o casamento se introduz socialmente. De um simples olhar, o casal avança nos campos de treinamento, que se aprofundam no autoconhecimento, conquistando confiança, respeito, intimidade e cumplicidade. Namoro, noivado e casamento são compromissos que vêm positivando a trajetória do homem e da mulher, em determinados contextos, embora o namoro deva assumir a transversalidade da existência, retroalimentando uma aliança conjugal estável, amorosa, espiritual.
Nessa balança, a vez da tradição confronta valores: de um lado, a perenidade dos sentimentos nobres; do outro, o amor descartável, no senso comum. O casal ainda teima em não consolidar a união, na sacralidade dos corações, reafirmando o dizer paulino: “o Cristo é quem vive”. Fervilham, então, desencontros, contratos superficiais, sacrifícios de seres armados (E não amados!...), que atestam distintos patamares evolutivos ricos de carências afetivas, as depressões.
Convivem relacionamentos de urgência ou de necessidade de proteção. Casamentos acontecem, pela identidade com a beleza física; pelo interesse econômico, social ou cultural; pela momentânea atração carnal; pela troca de nacionalidade, ou não acontecem. Qualquer das aproximações vem justificar uma tarefa não concluída, um desencontro de almas, não aceitação de acordos, motivo por que a dor clama no deserto dos corações e das mentes que não se evangelizam.
Pela resistência ao bem, pela quebra de compromisso, pelos corações partidos, os atores retornam à Escola Terra trazendo inadiáveis conteúdos a serem refeitos com bondade, compreensão, responsabilidade. Nesse sentido, além de significar perdão, reconciliação, casamento é saída do preconceito, da negatividade, da submissão, dos condicionamentos patrocinados pela cultura da violência, que são velhas crenças eivadas de superstição e medo.
Como ato de educar, o Espírito, casamento é doação; é serviço ao próximo; é tratamento dialógico; é sabedoria, na trilha intelecto-moral; é vivência divinal com a Natureza e com o outro; é transformação em aprendiz da vida; é equilíbrio das polaridades; é livrar-se de adoecimentos.
NÃO ADIANTA SE IRRITAR, ELE NÃO VAI MUDAR...OU VOCÊ APRENDE A SE RENUNCIAR SEM SE
MELINDRAR, APRENDENDO A TER MATURIDADE, COMPREENSÃO, COMPANHEIRISMO.